Bem Vindas ao Lar - Bônus Especial

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Roi, fanfiqueiras, né?

Boa Leitura!

Pov Lauren Jauregui

Haviam se passados algumas semanas desde que Camz e eu resolvemos adotar a pequena Alice. Ela continuava no hospital devido ao nascimento​ prematuro e também pelos problemas pulmonares, asma pra ser mais certa em palavras.

Descobrimos isso quando acidentalmente, uma das enfermeiras que cuidava dos berçários acabou esquecendo de limpar a encubadora antes de colocar Alice lá dentro e uma única poeira entrou pelo seu minúsculo nariz fazendo nossa pequena filha ter uma crise respiratória.

Eu me desesperei e mesmo negando Camila também.

Ela ainda continuava contra a ideia de uma humaninha - como ela mesma chamava - entre vampiros e transmorfos, embora eu soubesse que seu coração mesmo que morto sempre parecia saltar para fora do peito todas as vezes em que Alice estava em seus braços.

Camila sempre parecia mais linda com Alice no seu colo. Eu poderia passar a eternidade apreciando a cena. Se não fosse por Camila interromper essa maravilhosa fantasia para matar a enfermeira que acabou colocando a vida da nossa pequena humaninha em risco.

Não vou negar, a ideia de matar pessoas ainda me atormentava sempre. Camila continha argumentos excelentes para me provar de que humanos não valiam tanto à pena e que matando, ela estava apenas livrando a sociedade dessas pragas que atormentavam por aí. Eu sempre revirava os olhos e fingia esquecer todos eles, quando você passa tanto tempo casada com alguém, você já nem se importa com os defeitos do mesmo. Agora eu estava aqui, olhando para o vidro do berçário vendo minha humaninha ter um sono tranquilo e profundo. Até que senti o meu cheiro favorito se aproximar.

Olhei para o lado e vi Camila sorrir ao me mostrar uma pasta amarela em suas mãos. Seus olhos castanhos brilhavam, fiquei com medo disso.

— Não se alimentou da pessoa que fez a documentação pra você, não é ? — Camila sorriu com a língua entre os dentes daquele jeito sapeca que apenas ela conseguia fazer.

É, ela tinha feito isso.

— Não o matei, ainda iremos precisar dos serviços dele. Apenas me alimentei, mas em breve ele estará melhor. — Chegou perto de mim para tentar beijar minha boca, mas fui obrigada a para-la com minha mão em seu buço. Ela me olhou de forma estranha. — Algum problema?

— Você tomou banho depois que se alimentou? — Seu rosto confuso se tornou ameaçador.

— Eu não estou fedendo! — Eu ri.

— Eu sei que não, mas não quero beijar você sabendo que sua boca deve ter estado em pescoços alheios. — Expliquei e ela revisou os olhos.

— Quem você pensa que é? — Eu rir baixinho. — Lo, me beije agora ou eu te agarro aqui mesmo. — Ela cruzou os braços sobre o peito fazendo um biquinho em seus lábios. Camila parecia tão angelical emburrada, nem parecia o demônio disfarçado. — Eu não me alimento sempre mordendo o pescoço, também me alimento pelo pulso, eu me sinto um pouco estranha quando tenho a boca perto demais de um pescoço que não seja o seu. — Se explicou e eu não resisti.

Acabei cedendo. Eu sou trouxa demais por Camila Cabello.


Nos beijamos no final das contas, mas nada que fosse muito fogoso porque estávamos no hospital e o médico que cuidava de Lice ficava nos cercando à todos os instantes. Eu lia seus pensamentos sobre mim e eu sabia que isso irritava Camila, mas tenho certeza de que se ele soubesse o que eu carrego entre as pernas pensaria duas vezes antes me me olhar de uma forma estranha que ele julgava ser sensual.

A Primeira Eterna - Livro II - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora