Joey
Minha Nossa Senhora das Causas Impossíveis! Como que eu posso ser tão burro? Tão estúpido? Tão... tão... idiota a ponto de não conferir para quem eu mando mensagem?
Tudo bem, não teria nada demais se fosse apenas uma mensagem de texto ou algo assim, mas não é. Eu tive que me superar em estupidez e ceder a vontade louca de fazer coisas indecentes com um cara gostoso e ter mandado um nude... 'PRO CARA ERRADO!
Ok, ok, quer saber como que tudo chegou a esse ponto? Eu falo (principalmente porquê eu também preciso de um tempo para pensar na situação).
Estava tudo as mil maravilhas (ou quase isso) nessa bendita sexta-feira que nos reunimos na casa das meninas, como sempre, para ter uma noite de estudos e bebedeira (equilíbrio é tudo). Eu até tinha conseguido irritar Joane na medida certa (talvez um pouco demais) por ela ter ousado sugerir que eu não sou o melhor amigo dela. Vê se pode uma coisas dessas? 'Tô a anos suportando os surtos dela para ela me trocar, oxi?
Na manhã seguinte depois de dormir como a princesa que eu sou acabei acordando com a movimentação ao meu lado. Abri os olhos apenas um pouco e consegui perceber que ainda era cedo demais já que a luz do porão não era muita. Travis estava se levantando ao meu lado e, aparentemente, ele só me acordou porque tentava tirar o braço dele debaixo de mim, eu nem sabia que estávamos dormindo abraçadinhos.
— Ei — chamei-o, minha voz estava estranha e seca, provavelmente por causa de toda a bebida da noite anterior e eu não ter tomado água nenhuma.
— Desculpa, eu não queria te acordar — sussurrou.
— Água.
— Eu pego.
Travis se levantou ao finalmente conseguir tirar seu braço debaixo de mim, mas por essa movimentação que eu fiz percebi que também precisava ir no banheiro. Ah! Que vida cruel. Estendi os braços para ele me ajudar a ficar de pé e percebi ele rindo ao ver que já não conseguia deixar os olhos abertos. Devo ter falado para ele que além da água eu precisava fazer xixi também, já que ele me ajudou a chegar até o banheiro enquanto tentava evitar que eu tropeçasse em meus pés durante o processo.
— Vai precisar de ajuda ou consegue fazer sozinho?
Respondi um xingamento para ele, mas acho que não deu para entender. Então, quando eu percebi, ele estava abaixando minhas calças e me colocando sentado na privada, mas não saiu de perto porque percebeu que ainda estava com o corpo meio mole e eu acabei ficando com o rosto escorado em seu estômago quase dormindo de novo enquanto fazia xixi. E foi aí que algo clicou no meu cérebro e me fez despertar.
— Ei — reclamei. — Sai daqui, isso é estranho.
Travis levou um susto quando eu me afastei de supetão, mas então começou a rir.
— Acordou?
— Sai — ordenei sentindo meu rosto esquentar e tentei puxar a blusa do meu pijama para me cobrir o máximo possível. Eu ainda podia ouvir ele rindo quando saiu do banheiro e fechou a porta.
Depois que tive coragem o suficiente para olhar na cara dele de novo eu sai do banheiro e ele me recebeu sorrindo e com um copo de água. Peguei a água mas fiquei de cara feia e de costas para ele, mas isso só o fez achar mais graça antes de entrar no banheiro ele mesmo.
Infelizmente eu sou como todo ser humano, então eu também acordo com esse gosto de esgoto na boca e logo fui catar minha escova de dentes ao perceber que usamos o banheiro do porão. Nós dois acabamos tendo a mesma ideia e dividimos a pia para escovar os dentes. Para aproveitar que não dava para entender direito o que se fala com a escova na boca eu aproveitei para xingar ele mais uma vez e ele começou a responder, mas não tenho certeza se ele realmente sabia o que eu estava falando ou só estava respondendo para me irritar.
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Amigos, amigos, jogos à parte [em revisão]
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