Cheguei na casa da minha mãe, ela estava bebendo um vinho olhando para o lado de fora da janela.
–Ei, mãe. – chamei ela
–Veio dar forças a rebeldia do seu irmão? – ela me indagou
–Não, mãe porque está agindo assim? – a interpelei
–Desde que o pai do Lee morreu eu não tive forçar pra continuar lá. Deixei meu emprego, vim pra RedWood, eu tive a chance de dar uma infância normal ao Lee. Só que eu quero seguir em frente agora. – minha mãe respondeu com lágrimas nos olhos
–Você pode seguir em frente, eu vou ficar em RedWood. Eu posso cuidar do Lee. – falei pegando em suas mãos
–Tyler, eu nunca fui uma mãe presente pra você, eu queria ser para o Lee. – minha mãe disse. –E me desculpa, eu nunca quis que fosse assim, mas o seu pai fez um ótimo trabalho. Você é um homem incrível.
–Obrigado mãe. – abracei ela
–Olha só dona Clarissa, não leva o Lee pra longe do Conrad. – Declan pediu. –Quando eu fui pra longe do Tyler foi a pior coisa que eu fiz, mas eu não queria deixar a minha mãe. O Lee sempre vai ser o seu filho e vai estar com você sempre, mas o Conrad é a pessoa que ele escolheu pra ficar junto, e é recíproco. Sabe o quanto é raro isso acontecer? E se você levar seu filho pra longe, ele vai sempre ficar se perguntando em como seria a vida se não estivesse saído do lado do menino que ele ama e por mais que ele tenha conquistado muito, vai sempre parecer que falta algo...
Minha mãe ficou encarando o Declan por alguns segundos.
–Eu e o Declan tivemos a sorte de nós reencontrar, mas isso pode não acontecer com o Lee. – ressaltei
–Você promete que vai cuidar do seu irmão? – minha mãe me pediu
–Eu prometo, e todo verão eu mesmo levo ele pra te visitar. – assegurei
–Eu vou lá falar com o Lee. – minha mãe se levantou. –Tyler a imobiliária deve vir amanhã, o nome dela é Max Wilder. Você pode receber ela por favor?
–Claro que posso, mas tem que ser cedo. Te o jogo do Declan a tarde. – falei
Ela subiu.
–E falando nisso, eu tenho que ir pro aeroporto daqui a pouco. – Declan se aproximou de mim. –Era pra você vir comigo, mas acho que não vai dar.
–Prometo que vou estar lá. – dei um selinho nele.
–Eu estou contando com isso. Já chamei todos os nossos amigos. – ele me jogou um sorriso e eu o beijei –Sua mãe está com pressa de ir embora.
Declan comentou
–Bom ela é assim, age no impulso. – falei.
Esperei ela voltar, depois eu fui com o Declan até o aeroporto, aproveitei e levei a minha mãe também. Me deu um nó na garganta quando vi ele entrar no avião.
–Amanhã você vai ver ele. – meu irmão disse
–Sim. – sorri.
–Atenção voo 180, com destino a Paris sai em dez minutos. –
–Está na hora de ir. – minha mãe disse
–Tchau mãe. – abracei ela. –Pode me ligar se precisar de qualquer coisa.
–Obrigado, querido. – ela disse. –E você, Lee Kennedy Evans, respeita o seu irmão e não faça bobagens.
–Pode deixar mamãe. – meu irmão a abraçou. –Vou sentir saudades.
–As férias de verão estão quase chegando. – minha mãe sorrio. –Tenho que ir.
Minha mãe sumiu na multidão.
–Arruma suas malas, vamos para o Texas. – falei para o meu irmão. –E o Conrad vai também.
Dormi na casa da minha mãe, acordei no outro dia com o Lee me chamando.
–A moça da imobiliária tá aí. – ele disse
–Pede pra ela entrar que eu to indo. – respondi.
Me arrumei rápido e desci.
–Oi me desculpa a demora. – cheguei ali e vi a Max. –Max !
–Oi Tyler. – ela sorriu. –Você é parente da Clarissa?
–Ela é minha mãe. – respondi. –Como você está? Porque no foi ao casamento da Karma?
–Eu tô bem. – Max respondeu. –Eu e a Karma não nos falamos a anos.
–Nem nós, você é corretora de imóveis agora? – falei dando a volta no balcão. –Aceita um café?
–Aceito sim. – ela sorriu gentilmente. –Bem, to aqui por puro nepotismo, a empresa é do meu pai.
–Ah é mesmo. E como você está e o Aaron? – puxei assunto
–Estamos noivos, ele dá aula na nossa antiga escola. – ela me contou
–Eu fico tão feliz por vocês. – entreguei a xícara
–E eu soube do casamento, quem diria que o Joshua Keller fosse gay. – Max tomou um gole do café
–Pois é, onde eu me meto tem um dedo de drama. – sorri
–Sim. Eu sinto falta da nossa amizade. – a loira disse
–Podemos retomar, eu vou voltar a morar em RedWood. – falei animado. –Ainda fala com a Bee e a Addie?
–Mais ou menos. – ela respondeu
–Vamos assistir o jogo do Declan? Eu posso conseguir entradas. – a convidei. –Vai ser uma chance de reencontro.
–Não sei. – ela hesitou
–Vai !! – insisti
–Tá bem, só assinta esses papéis aqui pra gente ir. – ela se deu por vencida.
A tarde me encontrei com Isaac, Apollo e Conrad no aeroporto.
–Já podemos ir? – Apollo me perguntou
–Canaã e Karma vão encontrar a gente no voo de conexão. – Isaac me contou
–A Bee e a Addie já estão lá. – avisei. –Mas cadê a Max e o Aaron?
–Ali ! – Apollo apontou os dois
Pegamos nosso voo.
–Oi Max. – Karma disse em graça quando viu a garota com a gente
–Karma. – Max sorriu
–Me desculpa! – as duas disseram em uníssono
–Me desculpa mesmo eu fui tão imatura. – Karma disse
–Eu sinto falta da minha melhor amiga. – Max abraçou a ruiva
Chegamos no estádio, Addie nos levou até o camarote.
–É tão legal estarmos todos aqui. – Bee disse animada. –Gostei da camisa.
Ela disse pra mim, eu usava a camisa com o número do Declan e o nome dele.
–Obrigado. – sorri
Nós sentamos, Lee brincava com a mão do Conrad que passava seu braço pelos ombros do meu irmão, era tão fofo. Bee, Addie, Aaron e Isaac vibravam a cada lance, Apollo, Max e Karma não paravam de conversar.
Eu percebi que ali eu estava em casa, porque eu estava com eles.
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Ele É Demais | Romance gay
RandomTyler vive uma vida tranquila com seus melhores amigos na pequena cidade de RedWood. Mas a chegada do ensino médio e a volta de Isaac, podem trazer algumas inseguranças a tona. Uma amizade inesperada com o ex namorado de sua melhor amiga desperta u...