Capítulo 34 - seja forte.

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Estava sentado naquela poltrona a horas, ninguém falava nada, Declan ficou ali comigo o tempo todo, Kat também não saiu dali um segundo.

Minha mãe chegou ali, ela cumprimentou a Kat e veio falar comigo.

–Filho, você não quer ir pra casa? – ela me perguntou

–Não! – respondi

–Você tá de terno, está aqui desde ontem à noite. – ela insistiu

–Eu já falei que não vou, mãe. – fui firme –Meu pai está a horas lá dentro e ninguém me diz nada.

–Filho se acalma. – ela pediu

–Eu não quero me acalmar, eu quero meu pai! – falei, quase gritando

–Tyler, vem comigo. – Declan me puxou até o banheiro –Você precisa se acalmar.

–Amor, eu não preciso que me digam o óbvio. Eu tô nervoso, meu pai está a horas lá, eu bebi muito café e não dormi, e nem consigo. – falei

–Eu tô aqui com você, eu te amo. – ele disse me abraçando –Olha, vamos pra casa. Pode ser pra minha, você toma um banho e troca de roupa daí a gente volta, eu prometo.

–Tá bom. – me rendi.

Fomos até a antiga casa dele, estava do jeito que eu me lembrava.

–Ty, você pode tomar um banho, tem toalhas limpas no armário do banheiro. – ele disse apontando –Eu vou fazer alguma coisa pra vc comer.

–Obrigado. – forcei um sorriso

Foi até o banheiro, coloquei uma música, mas não consegui me concentrar nela e nem no tempo em que eu passei ali. Quando sai do banheiro tinha uma muda de roupas em cima da cama, assim que as vi me lembrei do dia que elas ficaram aqui, nem sabia que ainda serviriam em mim.

–Eu tinha esquecido que essa roupa estava aqui. – falei assim que vi ele chegando no quarto

–Você fica lindo nela, preto é a sua cor. – ele me olhou com um sorriso –E sim, chegamos todos molhados.

–A sua mãe disse que ia chover a gente não ouviu. – falei sorrindo –Eu procurei essa jaqueta por todo canto.

–A minha mãe guardou. – ele sorriu. –Eu pensei em ficar com essa casa.

–Você é um fofo. – falei, ficamos nos em encarando por alguns segundos ele desviou o olhar e depois voltou a olhar pra mim

–Vem, eu fiz uns sanduíches pra gente. – ele me chamou apontando pra cozinha –Podemos passar no hotel e ir para o hospital.

–Então está pensando em ficar com a casa? – o questionei

–A Addie mora com a Bee no centro, ela queria vender, mas eu ... Aqui tem espaço pro Trew e quem sabe uma criança ou duas. – ele me puxou pela cintura

–Não seria uma má ideia. – falei depois de um selinho

–Mas antes eu vou cuidar de você. Vem comer. – Declan me puxou até a cozinha

Enquanto comia, recebi uma mensagem da Kat, dizendo que meu pai já estava no quarto. Isso me aliviou, eu finalmente respirei aliviado 

–Seu pai está bem? – Declan me perguntou eu fiz um sinal positivo com a cabeça

–Sim! – respondi ele me abraçou

Depois do café Declan me levou até a casa do meu pai, peguei algumas coisas que a minha madrasta havia pedido, coloquei os produtos de cuidados com a pele dele junto.

Chegamos no hospital, Apollo estava na portaria, sentado.

–Fala aí. Cadê sua mãe? – perguntei a ele

–Eles deixaram ela ver o seu pai. – o garoto deu um suspiro. –Mas, também depois da noite toda.

–Será que eu posso ir lá? – o questionei

–Só deixaram ela. – Apollo respondeu

–É.. cadê o Isaac? – Declan perguntou –A gente trouxe comida pra vocês.

–Ele foi comprar café, e obrigado. Você salvou a gente. – o garoto disse

–Porquê não vai pra casa? – o questionei

–Eu não consigo deixar minha mãe aqui, ela está super abalada. – Apollo respondeu

–A gente cuida dela caso queira descansar. – Declan disse

–Obrigado. – ele forçou um sorriso

–Amor, só tinha café puro. – Isaac chegou ali reclamando

–Os meninos trouxeram isso. – Apollo levantou as sacolas

–Obrigado gente! – Isaac disse aliviado

Ao mesmo tempo Kat apareceu ali.

–Tyler, já chegou?! – ela me recebeu com um sorriso –O seu pai ainda está sedado, mas você pode ir ver ele.

–A gente trouxe comida, a propósito. – falei 

Cheguei no quarto e vi ele ali, dormindo. Nem parecia que havia abado de sair de uma cirurgia.

–Oi, pai? Como que você está? – perguntei me aproximando, peguei em sua mão e não contive meu choro –Eu trouxe suas roupas pra quando você for pra casa e também aquele cubo mágico que você nunca consegue decifrar. – sorri ao me lembrar –Pelo menos você vai ter alguma cosa pra se distrair.

Me sentei na poltrona ao lado dele e fiquei mexendo no cubo por alguns minutos até uma enfermidade vir me avisar do tempo de visitas.

–Eu já vou indo, me desculpa eu perdi a noção do tempo aqui. – me levantei

–Tudo bem, você pode ficar. – ela sorriu compreensiva –Mas só mais dez minutos se não o meu chefe me mata.

–Eu agradeço o tempo. – falei com um sorriso amigável.

Depois dos minutos que ela me deu eu sai, fui de encontro ao Declan que me esperava ali.

–Não acredito que tá aqui até agora. – falei sem conter meu sorriso

–É pra isso que servem os namorados. – ele disse levantando os ombros de uma maneira fofa

–Bom, então quer fazer algum coisa? Eu já estou muito mais aliviado. – falei

–Eu vou te levar no píer, e depois a gente decide o que vai fazer. – ele disse com as mãos nos bolsos da jaqueta

–Tá bom! – não contestei, entrelaçamos nossos braços e fomos até o carro dele ...

Ele É Demais | Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora