The Origin

Jonathan e os Jasmim

Já se faziam dois meses que ele estava em Namíbia, longe de seus irmão e de seus pais, longe de casa.

Jonathan estudava com os feiticeiros pra ser um mestre em magia da ciência, nada o encantava mais, ele queria estudar cada origem de cada ser mágico da terra e não mata-los, Jonathan era sempre o oposto de Lucas. Ele queria cultivar o que a natureza os dava, ele queria o poder. E não a maior poder que o conhecimento.
Ele tentava passar os dedos pela a tela do celular com dificuldade para trocar de música, seus dedos estavam repletos de sangue e agora a tela do celular também, mas ele não queria escutar Lady Gaga e ele nem sabia como aquilo teria parado no seu celular, só poderia ser coisa da Milla. E isso o fez sorrir ao lembrar da irmã caçula. Como ele sentia falta das birras do gêmeos.

Ele obedecia as ordens de Marcos e estava abrindo o corpo do lobo, o animal havia sido encontrado largado em um vilarejo local faltando um coração, o que indicava que algum bruxo estava preste a praticar magia negra, magia de previsões do futuro.

O que Jonathan não entendia é porque alguém se arriscaria tanto assim sabendo que com certeza será punido com a morte. Magia negra é um crime horrendo no mundo sobrenatural, não importa quem faz ou porque se fez, deve ser punido. Imediatamente.

-Encontro algo a mais garoto? - perguntou um homem negro com a aparência de meia idade

- Nada falta mais além do coração?

-Não Marcos, não a nada estranho aqui, tirando a falta de um coração. - disse Jonathan o observando de baixo para cima. Ele estava de cócoras no chão ao lado do corpo do lobo, enquanto segurava uma lamina, fina e perfeitamente afiada.

-Caçador – Gritou Mou correndo pela estrada de areia chamando a atenção de Jon.- Chegou uma carta para você, de sua irmã Milla!

Jonathan salto do chão com uma rapidez estupenda, tomando a carta de Mou sem cerimônia alguma.

-Jasmim! -  disse em quanto sentia o aroma saltar da carta. Mou arqueia a sobrancelha parecendo não entender o que Jon disse - a carta cheira a jasmim, Mou... coisas da minha irmã.

O garotinho sorrio e correu de volta a escuridão como um fantasma, sumindo das vistas de Jonathan.

As cartas das mulheres da família Valmont eram inconfundíveis, sempre cheiravam a jasmim, Milla aprendeu isso com a Mãe elas eram únicas a fazer isso. Jonathan odiava jasmim, mas naquele momento tinha cheiro de casa, e era estupidamente agradável.

Jon lia a carta atentamente - Querido Jonathan, sinto muito em atrapalhar seus estudos em Namíbia, eu encontrei alguém...- Jon ficava surpreso a cada palavra desenhada na carta da irmã- ...seus olhos são vermelhos como sangue, mas quando humana, são azuis como o de nosso pai...- Ele estava boquiaberto com oque estava na carta, e precisa ver aquilo de perto, precisava descobrir... o que era a menina loba. Luna a Iluminada - aquilo não sai mais de sua cabeça. Quem é você Luna... Quem é.

-O que tem de importante na carta ,senhor Valmont? - interrogou Marcos

-Nada demais - disse Jonathan coçando os olhos- Eu preciso ir marcos.

- Tem certeza que não é nada? - falou Marcos seguindo Jon com o olhar até o carro prata- Me pareceu... preocupado de repente.

- Está tudo bem, Marcos.

- Skye - Gritou Jon entrando no apartamento de Skye - está aí? 

-Estou no quarto - ela respondeu.

Jonathan recolheu alguns livros da estante e levou direto ao quarto aonde Skye estava, os livros dela eram antigos o suficiente para já terem virado pó, eram passados de gerações por gerações de feiticeiros de sua família. E agora estavam com ela. A última feiticeira viva da família dela.