5° caminho as vezes sem volta

15 3 0
                                    

Foram três anos de depressão profunda por conta do que houve,mas eu decidi que ia continuar minha vida de cabeça erguida e que aquilo não ia me abater mais.Eu conheci um pessoal bem maluco numa festa que uma tal de Priscila da época do colégio em que eu estudava deu,um deles era traficante de drogas,e drogas foi o que não faltou nessa festa,eu bebi muito,tinha vários tipos de bebida.Eu nunca tinha experimentado outras drogas,nessa festa foi a minha primeira vez,experimentei crack,cocaína,ecstasy e maconha,tive minha primeira overdose,fui levada as presas para o hospital.Quando eu acordei lá estava meus pais aflitos,minha mãe chorando,me disseram que amanhã teriam uma conversa seria comigo em casa.Amanheceu,eu já estava bem melhor,fui para casa,meu pai me levou de carro,quando cheguei,minha mãe não estava com uma cara muito boa e nem meu pai,me olharam com um olhar de decepção,raiva e tristeza,meu pai só disse:
-Kályta minha filha,eu conversei com sua mãe,e decidimos que queremos você fora desta casa,não queremos uma filha drogada,e nem problemas mais,dessa vez você foi longe de mais.Pega suas coisas e vai embora.
Eu questionei
-Mas pai,para onde eu vou ir?
-Não sei Kályta,mas aqui você não fica mais.
Eu fiquei sem chão mais uma vez,sem saber para onde ir,subi para o quarto,liguei para minhas amigas e elas rapidamente vieram e eu expliquei a situação,e cada uma delas ficaram do meu lado e me chamaram para morar com elas.Fiquei umas três semanas na casa da Pietra,mas eu não trabalhava,por tanto não tinha como ajudar nas despesas da casa e isso me incomodava.Eu e minhas amigas fomos para uma festa com aquele mesmo pessoal que conhecemos na festa da Priscila,chegamos lá,trocamos ideia,Pietra e Rebeca foram para um lugar mais reservado com dois caras que estava com a gente,e eu fiquei com a Raquel e o resto do pessoal.papo vai papo vem,acabei contando da minha situação pra eles,e eis que a Manu a menina que eu conheci junto com o pessoal na festa da Priscila,se pronunciou e disse que do lado da casa dela tem um bordel e que a prima dela dançou lá e ganhou quinhentos reais."Bom,caramba,só dançar e ganhou quinhentos reais? eu estou numa situação crítica,preciso arrumar dinheiro" eu pensei,peguei o contato dela e fui pra casa da Pietra com minhas amigas,contei o que a Manu tinha falado e no que eu estava pensando sobre,elas ficaram um pouco desconfiadas mas me apoiaram.Na manhã seguinte minhas amigas me acordaram,era meu aniversário de 18 anos,eu estava muito feliz,fizeram uma festinha pra mim na sala,e meus pais não foram,não porquê não foram convidados,e sim porquê não quiseram e isso me deixou bem mal,eu entrei no banheiro e comecei a chorar,derrepente ouço baterem na porta,era Raquel.
-Kályta,não fica assim não,vem,vamos curtir sua festa.
Quando chegou a noite nos fomos para uma balada com a Manu e a irmã dela,dançamos bastante,bebemos bastante,e eu precisei ir no banheiro e a Manu foi junto e tocou no assunto do bordel.
-E aí Kályta,pensou no que eu te falei?
-pensei sim
-e aí?
-eu vou lá amanhã mesmo.

Kályta Onde histórias criam vida. Descubra agora