O PRIMEIRO DRAMA

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Essa história se passou nos Estados Unidos. Ela é sobre um rapaz chamado Pedro. Ele não era muito alto, branco, cabelo liso e preto, nada musculoso mas também não era considerado acima do peso. Um cara comum que morava em Nova Jersey, que é um dos 50 estados dos Estados Unidos localizado na região centro-atlântica do país. É o quarto menor estado em área por isso se mudou, estava em busca de novas oportunidades. Pedro cursava Jornalismo a noite e vivia uma vida conturbada durante o dia no seu trabalho como assistente pessoal do Ferdinã Tierry, um dos empresários mais ricos do estado, voltaremos a falar sobre ele mais tarde. E mesmo sendo um cara centralizado e focado em seus objetivos, as vezes Pedro tirava um tempo livre para ir em um bar ou outro se distrair um pouco. Foi em uma dessas paradas que ele conheceu Katrina, sua noiva. Se conheceram na boate em que ela trabalhava como dançarina de pole dance.
Eu diria que foi amor à primeira vista mas Pedro diria que foi amor a primeira sedução, afinal era uma mulher sexy, discreta e com um olhar penetrante que atingia o coração até de quem não tinha.
Pedro havia tido um péssimo dia e para relaxar decidiu ir nessa boate na qual nunca havia ido. Ao chegar lá pediu uma dose de whisky e sentou em uma mesa que ficava logo em frente ao palco. As luzes diminuiram e ao fundo começou a tocar a musica I Put A Spell da Annie Lennox. Katrina surge. Ela era alta, tinha os cabelos negros, longo e liso com uma leve onda de cachos. Sua pele era tão branca que se podia ver com clareza as veias dos seus braços. Naquela noite ela estava com uma peruca preta, curta e de franja. Estava vestida com um body de renda e tule vermelho decotado, junto com um espartilho justo e uniforme ao seu corpo que era um espetáculo. E estava calçada em um salto alto carpin Ala Verniz e Preto.
Katrina começou a dançar de forma lenta e suave balançado os braços de um lado a outro de uma maneira que sua cintura conseguia acompanhar esse movimento. Caminhou até metade do palco, sentou em uma cadeira, abriu as pernas, se inclinou um pouco para frente e olhou fixamente para Pedro como se estivesse finalmente notado sua presença no local. Em seguida caminhou de quatro até a ponta do palco ficando bem próxima. Olhou-o fixamente e ele apenas retribuiu intercalando os olhares entre sua boca rosada e seus olhos cor de mel que a pouca luz no ambiente refletia nela. Katrina sorriu de canto e no embalo da musica abriu as pernas por completo voltando a sua performance como se nada estivesse acontecido. Pedro permaneceu anestesiado por toda à apresentação.
Horas depois ao decorrer das apresentações ele a observou indo embora e foi atrás. Pedro não era nada discreto, assim que Katrina chegou ao seu apartamento ela virou ficando de frente para ele. Se aproximou, o encostou na parede e disse:

- Fala logo o que quer e não mente! Eu vi perfeitamente você me seguindo.

- É que... Eu, eu, eu.

Pedro tentou responder gaguejando mas ela o interrompeu apertando-o ainda mais a parede e disse:

- Fala logo!

- Eu só queria seu número. Achei que tivesse rolado um clima entre nós...

Nesse momento Katrina soltou-o e começou a rir muito.
Depois de um tempo ela disse:

- Há, para! Nem te dei tanta moral assim. Eu sou dançarina e poderia ter olhado daquele jeito para qualquer pessoa.

E em tom de deboche ela continuou:

- Quem fala "rolou um clima"?(Gesto com as mãos) (risos). Desculpa mas não resisti.

Pedro mais tranquilo disse:

- Ta, você me assustou! E eu falo que "rolou um clima" sim ( Gesto com as mãos). Você pode olhar para qualquer pessoa daquela forma mas essa noite olhou para mim.

UM PEDRO PARA TRÊS DRAMASOnde histórias criam vida. Descubra agora