|Capítulo 45|

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|Agatha|

Acordei tomei banho e coloquei uma calça jeans, uma regata preta e calcei havaianas.

Fui para o quarto do Isaac e entre sem avisar.

Encontrei meu irmão e a Ju numa situação, bom... Não muito agradável.

Fechei a porta e tentei sair dali o mais rápido possível, voltei para o meu quarto e mandei uma mensagem para o Ben dizendo que estava indo para o hospital.

Quando cheguei lá a Thaís havia acabado de receber alta e então eu trouxe ambos de volta para o colégio.

- Preciso falar com a assistente sobre os papéis da adoção... - a Thaís começa.

- PUTA QUE PARIU, THAÍS! - o Ben perde o controle e acaba gritando. - Você não vai dar o MEU filho para adoção, vê se você enfia isso na porra dá sua cabeça! - ele da ênfase a "meu".

- Ben vamos tentar nos acalmar...

- Agatha, ela não vai dar para adoção algo que ela não fez sozinha.

- Fica calmo, Ben. - falo tentando amenizar a situação.

- Não tem como ficar calmo. - ele retruca e sai do carro.

Ajudo a Thaís a se acomodar no quarto dela e depois os outros chegam e ficamos deitados conversando e tentando convencer a Thaís a aceitar a criança.

[...]

Eu voltei para o meu quarto sozinha, pois quase ninguém ficava mais lá.

E dormi.

Acordei e percebi que tinha perdido a hora, aliás, eram 12:00 eu nunca durmo tanto a menos que esteja de ressaca.

Mas eu não estou...

Decidi tomar banho e considera o dia como perdido.

Fiquei assistindo filmes e séries.

Até que me cansei e decidir ir para o jardim.

Olhando as árvores me deitei na grama escutando a música que eu já tinha batizado como minha e do Lucas.

Por que raios eu ainda pensava nele?

Eu não sabia, eu sentia saudades dele.

Como alguém pode sentir saudades do que só lhe machucou?

Com isso escuto um barulho de algo caindo.

Me levanto e vejo que é o Lucas.

Eu só falar no diabo...

Vou ao seu encontro.

O ajudo a levantar.

- Quem é você? - ele pergunta.

Cheirava a cigarro e bebida.

- Agatha. - falei.

- A Agatha é loira. - ele fala e depois começa a chorar. - Eu amo tanto ela.

Aquelas palavras!

- Eu pintei o cabelo. - falei o ajudando a ir para o quarto.

Parece que não falamos a mesma língua.

Arrastei ele para o quarto e dei banho nele.

O enxuguei e coloco que ele na cama.

- Por favor, não me deixa. - ele pede.

Sinto meu corpo ficar rígido.

- Melhor não. - falei e comecei a caçar analgésicos no quarto.

Colégio InternoOnde histórias criam vida. Descubra agora