Carnaconto: A Liga

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– Tem certeza que essa calça não tá esquisita? – pergunto pra minha amiga.

Não era acostumada a usar nada tão curto assim. Só podia estar maluca quando concordei com a Lia em ir vestida de Mulher Maravilha pro carnaval! Quem, em plenas faculdades mentais vai combater o crime com essa calcinha querendo entrar onde não deve?

– Para com isso Beca, já te disse que você está uma maravilha com essa fantasia! – ela não ia perder a chance de me encher a paciência.

– Fácil você falar... Afinal você está aí toda coberta com esse vestido de Cinderella...

– Deixa disso! Se o Felipe depois que te ver nessa fantasia não for falar com você, eu mesma vou questionar a masculinidade dele...

– Vai ver ele voltou com a namorada dele...

– Não pense assim. Vamos lá Beca... Nós vamos para o carnaval, você vai encontrar com ele, vão se olhar apaixonadamente e vão viver felizes para sempre com seus 5 filhos...

Caio na gargalhada e espero muito que ela tenha razão. Mas meus problemas começam logo no começo do carnaval. Está lotado demais. Como eu vou encontrar o Felipe no meio de tanta gente? Vamos nos espremendo na multidão, nossos corpos dançando sem nem a gente perceber, de tanta gente que pula ao som desses tambores. Nunca fui adepta a carnaval, ainda mais carnaval de clube.

- Amigaaaaaaaaaaaaaaa.... Sinto um puxão no braço e de repente estou sendo levada nem sei pra onde.

- Espera sua louca....pra onde cê tá me levando?

- Achei eles! E meu coração dispara, é ele, vestido de Super Homem, me fazendo que se ter um treco com os olhos quase me devorando por inteira.

Só pode ser o destino afinal estou de mulher maravilha, estamos combinando super, e ele ainda está de com essa cuequinha Nossa senhora dos super heróis que homem é esse.

Quando ele está lá me olhando vem a mulher gato e faz o que, lasca um beijo nele sem nem ao menos dizer oi, como assim e o que ele fez, ele simplesmente retribuiu o beijo dessa mulher agarrada nesse colan preto.

O que vou fazer? Aqui parada no meio da multidão?

Me afasto um pouco, vou para um barzinho que tem ali perto, assim que sento no banco, peço uma bebida, olho em volta e todo mundo está dançando e pulando.

Fico meio chateada, nos dois estamos super combinando e chega uma mulher qualquer, ele simplesmente retribui o beijo, mas tudo bem acontece.

Quando o cara me chama para dar minha bebida, sinto alguém tocando em meu ombro, quando eu viro, meus lábios são tomados de uma forma selvagem, quando eu abro, me deparo com nada menos que ele.

Contos de Quinta 2017 (criados por integrantes do Viciados em Wattpad)Onde histórias criam vida. Descubra agora