Capítulo 2

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A manhã passou tranquila e sem muitos acontecimentos. Estive maior parte dela trabalhando junto a Dra. Leila em seu consultório e não soube de nada a respeito do novo diretor e das possíveis mudanças no hospital.
Na hora do almoço estava pronta para encontrar com a Dani no térreo para que pudéssemos sair para almoçar fora. Não costumávamos fazer isso com frequência, apenas na segunda-feira após o pagamento que era quando estávamos com dinheiro para nos darmos a esse luxo.
Distraidamente caminho pelo corredor quando percebo que o elevador está pronto para descer. Como já estava um pouco atrasada, aperto o passo e dou uma corridinha para me aproximar mais rápido e mesmo achando que não daria para pegar este, peço:

– Por favor segura o elevador para mim!

Para a minha surpresa alguém me escuta e impede a porta do elevador de fechar para que eu pudesse entrar, o que faço prontamente. Assim que elevo o olhar, dou de cara com meu salvador o que faz com que o ar fuja completamente de meus pulmões devido a corrida e aquele encontro.

– Obrigada! – murmuro.

Ele sorri, dá de ombros como se não fosse nada e volta sua atenção para o celular que vibrava em sua mão.
Me concentro em minha respiração: inspira, expira, inspira, expira...
O único som que se escuta além de nossas respirações é o dele digitando em seu iPhone.
Olho para o painel e me pergunto por que raios está demorando tanto para chegar ao térreo.
O elevador para no segundo andar e mais pessoas entram, o que para mim ajuda e muito a regular mais minha respiração. Logo chegamos ao térreo e todos saem. Estava saindo também quando sinto alguém me segurar, me viro para olhar e é ele.

– Espero que dá próxima vez você retribua o favor e segure o elevador para mim também. – fala próximo ao meu ouvido com sua voz grave me fazendo estremecer.

Me dou conta de que era ele hoje mais cedo pedindo para eu segurar o elevador. Apenas aceno em concordância e o vejo sorrir ao se afastar.
Que homem é esse, meu Pai Eterno?!
Consigo me recompor e caminho até a recepção onde a Dani me aguarda.

– Está 13 minutos atrasada! – reclama enquanto me puxa para a saída. – Vamos ter que comer correndo por sua causa!

– Não é minha culpa! A última paciente da Dra. Leila desta manhã se atrasou e como era preventivo tive que esperar a paciente com ela. – argumento.

– Você sempre tem uma desculpa, Jú! – brinca.

Saímos do prédio colocando o papo em dia. Andamos por mais alguns minutos e chegamos ao restaurante onde costumávamos comer. Era um lugar agradável, a comida era gostosa e o melhor: não era tão cara quanto nos outros locais aqui da Zona Sul, algo que por si só já me conquistava.
Entramos, sentamos no lugar de sempre e escolhemos nossos pratos.

– Já conheceu nosso novo chefe? – pergunta Dani enquanto saboreia sua macarronada.

– Ainda não. Passei a manhã inteira no consultório com a Dra. Leila. – olho para a salada e para o mísero filé de frango que escolhi como almoço.

– Também não conheci ainda. Tive uma manhã agitada, emergência atrás de emergência...

Aceno concordando e dou a primeira garfada em meu almoço delicioso.

– Sabe o que andam dizendo?! – pergunta – Que o Dr. Carlos e a Dra. Marcela estão se separando! –
ela mesma responde ao ver minha negativa – Maior babado da história! – Dá outra garfada em seu macarrão.

Love Is Worth Fighting ForOnde histórias criam vida. Descubra agora