Após passar a noite chorando, Anne não estava afim de ir ao colégio, mas tinha que ir, então, por mais que estivesse muito deprimida, ela se levantou, vestiu uma blusa de frio, uma calça jeans, e calçou um tênis all-star preto. Lavou seu rosto na esperança de que sua mãe não perceberia que a filha estivera chorando durante toda aquela noite.
Ela não estava apaixonada por Mark, não. Ela só queria poder ter amigos sem sofrer depois, mas ela sabia que isso não iria acontecer. Pegou sua necessaire e foi para o colégio, ao chegar lá, abriu seu armário, guardou sua necessaire, pegou seu fichário e foi para a sala, sem nem sequer olhar para alguém. Tentou parecer fria, mas aquilo não combinava com a personalidade daquela garota que sempre fora tão meiga e gentil. Aquilo era desconfortável para ela, ela sabia que aquilo era ridículo, mas em sua cabeça, aquilo era necessário. Ela ficou sozinha como no dia anterior, aguardando o sinal. Ela sabia que não deveria demonstrar tristeza, e que deveria focar nas aulas para não se prejudicar, seu coração houvera se tornado pedra, mas só por fora ao menos. Ainda haviam chances de mudar, mas Anne não queria mudar, ela estava disposta a ser daquela forma. Assim que o sinal soou, ela abriu seu fichário, tirou os cabelos de seus olhos, pretendeu agir como se nada tivesse acontecido com ela e começou a copiar no ritmo de seus professores, após outros três horários cansativos, ela sabia que não iria querer reencontrar Mark, afinal, ela havia sido extremamente inconveniente com ele, e havia o feito passar por um constrangimento exorbitante, então ela decidiu que o melhor a se fazer seria ficar na sala, escondida, por mais que fosse estritamente proibido. E assim o fez, ficou em baixo de sua carteira e aguardou que o professor trancasse a sala. Ela sabia que não conseguiria mais segurar, então começou a chorar. Ficou nesse estado até que o sinal soasse, secou suas lágrimas e continuou copiando como se nada houvesse acontecido, mas no fundo, ela já não aguentava mais aquela dor, mas sabia que se fosse se desculpar com Mark, iria acabar criando um elo com ele. Quando o sinal de saída soou, Anne foi ao seu armário, guardou seu fichário e pegou sua necessaire, em seguida, foi embora para casa. Ao chegar lá, entrou e sem nem sequer dizer oi, foi para seu quarto e trancou a porta. Lá era seu espaço pessoal, ou como ela chamava: "Cantinho da Solidão". Pegou seu smartphone, se jogou na cama e ficou lá por um bom tempo, ouvindo músicas pra lá de depressivas. Não conseguia parar de pensar em tudo aquilo, sua consciência pesava como uma grande pedra que ela carregara em suas costas. Após horas pensando, Anne decidiu que independentemente do que iria acontecer, ela tinha que se desculpar com Mark, porém, ela nem sequer conhecia ao certo aquele garoto que fora tão gentil com ela, não sabia nada sobre ele, como iria se desculpar com ele, se nem mesmo sabia onde ele morava? A resposta era simples, ela teria que se desculpar com ele no dia seguinte, porém, ela não conseguiria esperar tanto tempo, aquilo estava doendo muito, parecia uma lâmina afiada a rasgar sua consciência. Tudo parecia tão vazio, ninguém para aconselha-la sem julga-la, ninguém para com quem desabafar. Nada para fazer, ninguém para conversar...
Por mais que Anne estivesse acostumada com tais coisas, ela sentia falta de quando podia ser quem ela quisesse, fazer o que quisesse, viver livremente. E agora, só o que lhe restava eram seus sentimentos e suas lembranças, nada mais. E no meio de tudo isso, após chorar muito, Anne adormeceu. Será que ela irá conseguir se desculpar? Será que ela irá conseguir evitar se relacionar? Ou será que ela irá desistir de tudo isso? Descubram no próximo capítulo!
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Acho que fiquei até sem o que dizer sobre esse capítulo, bem, então...
Obrigado por ler até aqui! Espero que tenha gostado desse capítulo!
Caso não tenha, sinta se livre para fazer críticas construtivas ou sugestões! Até a próxima, darlings! 😄😆😊
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💔 Heartbroken Souls 💔
Teen FictionHeartbroken Souls conta sobre a dramática e difícil vida colegial de uma menina chamada Anne, que fora abandonada por seus pais quando ainda criança, porém fora adotada por uma família comum com a qual viveu feliz no Canadá, na cidade de Ottawa, até...