Mom

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John bufava ao pé do telefone, decidido a falar com sua mãe e a esclarecer os ocorridos dos últimos dias. Mas a secretária do "hospício" não deixava nada mais fácil na vida do loiro.

- Eu só quero falar com a louca da minha mãe, cacete! - Bradou e bateu suas mãos na mesa, enquanto ouvia Greg rir de sua atitude agressiva.

- Os nossos pacientes não são loucos senhor, são apenas doentes mentais se reabilitando e se preparando para a vida lá fora. - A secretária bufou. Agora mesmo que não deixaria barato. - Tenha respeito.

- Quem nasceu da minha mãe foi eu e eu chamo ela de louca se eu quiser. Agora deixa eu falar com ela!

- Senhor o médico tem que autorizar...

- Porra eu vou ai então caralho. - E desligou o telefone na cara da maldita secretária que não facilitou sua vida nem um pouco.

Greg não parava de rir. Ele tentou muito, ainda mais quando John olhou para ele com um olhar mortal, mas toda a conversa com a secretária fora cômica é desastrosa o suficiente para gerar uma crise de riso.

- Tchau, babaca. - John proferiu, antes de abrir a porta.

- Espera! Leva seu namorado junto! - Greg disse, ainda se recuperando da crise terrível que acabara com seus pulmões.

- Quem? - John pensou um pouco e ficou vermelho ao ver o riso de Greg. - Você tá falando de Sherlock? Ahn... ele não me responde faz duas semanas.

- Sério? - Lestrade perguntou agitado. - Ele não aparece no serviço pelo mesmo tempo.

- Olha, depois falamos dele. Tenho que resolver os assuntos com minha mãe. - John bufou, saindo de casa e indo em direção ao carro.

Harry Watson, sua mãe, tentou se suicidar duas vezes no período de um mês. Depois de tantos pedidos e de tanto John implorar, ela aceitou ser hospitalizada.

Obviamente que o hospital era um lixo e que a comida era tão ruim quanto de prisioneiros, mas ela vivia melhor lá.

John não podia visitá-la sempre por conta de seus compromissos. Geralmente estava mais ocupado com Mary do que com qualquer outra coisa, mas agora que a loira havia o deixado ele não via o porque não ir ver sua mãe.

Chegou rápido. O hospital não era tão longe e o caminho era fácil. Assim que abriu a porta viu a secretária que fez da sua vida um inferno por telefone e se aproximou raivoso.

- Oi. Qual o quarto de Harry Watson? - Perguntou grosso.

- Você é o sem educação do telefone não é? - A secretária cerrou os olhos. - Você só pode entrar com autorização médica.

- Escuta aqui, vadia. - John se aproximou da mesa branca que impedia dele fazer uma brutalidade gigantesca perante a morena de cabelos bem presos. - A minha mãe é depressiva e tenta se matar se eu não contar as merdas da minha vida pra ela rir de mim. Ou você deixa eu entrar e visitar a minha própria mãe ou eu vou processar você.

A secretária não disse muita coisa, apenas grunhiu algo como um "vai tomar no cú" e passou a chave do quarto 707, que John pegou rapidamente e saiu correndo até o corredor.

-/-

Um som tranquilo de violino passeava pelo hospital psiquiátrico de forma graciosa. O dono do quarto era extremamente concentrado na melodia simples de Bach. Não era sua música favorita, mas era uma das que havia decorado.

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