I hit the ground

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Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
Remember when we used to play?

                          🔫🔫🔫

15 anos e ainda juntos. Tínhamos 15 anos, nossa mente era melhor do que antes, Jimin já tinha consciência de que o que ele fazia comigo era judiação, e eu também. Mas mesmo assim, nós não mudávamos, eu ainda era seu escravo e fazia de tudo pra agada-lo, mas depois daquele maldito aniversário de 11 anos, ele já não deixava eu chegar muito perto dele com medo que eu o "infectasse" com a minha "praga gay"

Eu já não era mais seu melhor amigo, se algum dia já fui, ele conseguiu novas amizades, eu só servia pra fazer seus trabalhos e tarefas, até o dia que eu resolvi botar para fora o que me angustiava

- Jungkookie, você pode fazer meu dever de casa? Por favorzinho

- Não.

- N-não?!

- É, não.

- E porque? - foi a primeira vez que eu vi Jimin assustado

- Porque eu não sou seu escravo, nem seu cachorrinho, eu sou uma pessoa com sentimentos.

- Ah, entendi. Quer ir tomar sorvete então?

- Eu tenho cara de quem toma sorvete depois de anos sendo usado? Tenho mesmo, vamo

Depois desse dia Jimin foi um anjo comigo, ou pelo menos eu achava que sim, ele já deixava eu encostar nele e passar a mão em seu braço, apesar dele claramente se sentir enojado com aquilo. Só que isso não importava, eu tinha Jimin de volta e nada iria tira-lo de mim.

Mas quando tudo estava indo bem, ou pelo menos eu achava que sim, seu melhor amigo, Kim Taehyung, chegou convidando Jimin para uma matinê, bem no dia do meu aniversário.

- Jimin, vamo na Lolly amanhã?

- Ai caralho, é amanhã? Vamo

Como assim vamo? Amanhã é o MEU aniversário

- Ei ei, licença mas o Jimin é meu, e ele não vai pra essa festa aí, ele vai pro meu aniversário

- Deixa disso Jungkook, seu aniversário nem é tão especial assim.

- Mas eu quero que você vá

- Olha aqui - ele susurrou para Taehyung não ouvir - eu tô pouco me fudendo pro seu aniversário, garoto. Eu vou sim pra essa matinê e não vai ser você que vai me impedir, ou alguém tá querendo relembrar das nossas brincadeiras de antigamente?

E então ele foi. E ninguém foi no meu aniversário. Lá estava eu, sozinho, de novo. Sem amigos. Sem ninguém.

Depois daquele dia Jimin voltou completamente diferente de como ele estava me tratando, ele me xingava, seus amigos me davam empurrões nos corredores, e no final do dia Jimin me bateu. Não, não me bateu. Me espancou.

Eu estava em direção a saída quando me deu uma vontade enorme de ir no banheiro, e eu fui. Chegando lá, Jimin estava na porta, me barrando.

- Por favor Jimin, deixe-me passar.

Mas ele não me ouviu, ao invés disso, ele me empurrou tão forte que caí no chão.

- Ei, porque está sendo assim? O que eu te fiz?

- Nasceu.

Nasceu. Essas palavras ficaram cravadas no meu coração. Depois dele dizer isso ele começou a me bater, a me chutar, ele chegou até a enfiar uma tesoura no meu braço, mas eu não ligava, minha dor emocional prevalecia, eu nem ligava mais para o que estava acontecendo ao meu redor, só nas palavras que ele havia dito. Nasceu. Realmente, porque eu nasci? Acho que ele está certo.

Quando Park finalmente parou de me bater, ele me pegou pela gola da minha camisa, olhou no fundo dos meu olhos com seu olhar escuro e sem vida, dizendo

- Isso foi pra você parar de viadagem e ser homem de verdade, garotinha.

Então eu fiquei lá largado, algumas pessoas viram ele me bater e não fizeram nada, eu fiquei deitado no chão sem saber o que fazer, humilhado, sem conseguir me mexer, até eu fechar os olhos e tudo ficar escuros, meus sentidos começaram a falhar e eu já não conseguia mais abrir os olhos.

bang bangOnde histórias criam vida. Descubra agora