Localização Difícil

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Olha quem voltou!
Apesar de não ter certeza se tem gente lendo, pois não recebi comentários.

By the way....
Aqui tá o segundo capítulo, espero que vocês gostem.

ENJOY!

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Fiquei em estado de choque, vendo meu carro, que me custou suor e muitas lágrimas para manter, se distanciando a toda velocidade.
Acabei sentada, com as mãos no rosto, tentando pensar em algo. E sem demora, peguei o celular (que mais parecia um tijolo, pois pesava e tinha formato de um) e disquei o número da polícia. Quase uma hora depois uma viatura estacionou perto de mim e um policial acima do peso e da idade (como a maioria dos policiais daqui) saiu de lá vindo em minha direção.

– Senhorita Jauregui?

– Eu mesma. (Respondi e ele me olhou de cima a baixo como se tivesse avaliando algo.)

– Recebemos uma denúncia de roubo de carro, isso procede? (perguntou e eu assento.) - Interessante! (Disse anotando em sua caderneta.)

– O que é interessante? (o questionei com a sobrancelha arqueada.) - Meu carro ser roubado não é nada interessante.

– Okay... (Falou pausadamente, como se eu fosse algum tipo de ET e sorriu, continuando as suas anotações. Aquilo já estava me irritando.) - Tinha alguma coisa de valor no carro?

– Tipo o carro? (comentei ironicamente, cruzando os braços em uma maneira hostil. Mas que droga de policial era aquele? Acho que os donuts afetaram aquela cabeça imensamente redonda dele.) - Será que você não pode ir diretamente ao que interessa e mandar alguém atrás daquela maluca que roubou minha Francyne?

– Quem é Francyne?

– Meu carro.

– Que carro? (Ele perguntou confuso e eu bufei me segurando para não dar uma bolacha naquela cara de bolacha dele.)

– O meu que roubaram. (Respondi impaciente. Enquanto eu perdia tempo com o Matusalém ali, aquela doida já poderia estar fora da cidade com minha menina.) -  Escuta, será que outra pessoa não poderia cuidar disso? Tipo assim, alguém com menos de cem anos?

– A senhorita está insinuando que eu não tenho capacidade de executar meu serviço por conta da minha idade? (disse com um ar de magoado e eu bati a mão na minha própria testa buscando calma.)

– Não, senhor policial. Perdão por estar agindo como uma idiota. Mas estou desesperada. Apenas quero que me devolvam meu carro. Ele é de grande valor sentimental para mim. Usted entiende?

– Eu no hablo italiano. Pardon! (ele dizia bem lento, como se fosse para eu entender alguma coisa. Revirei os olhos. Sério isso?)

– Santa Madre de Diós... Estou mais ferrada do que posso admitir. (Lamentei com as mãos no rosto e ele tocou meu ombro.)

– Fica calma, senhorita... Onde estão os documentos de seu veiculo?

– Eu os deixei no carro.

– Pois isso só complica tudo, minha cara, mas verei o que posso fazer quanto a sua moto. (ele disse se retirando.)

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