Capítulo 17

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No dia seguinte, tudo aconteceu normalmente. A agenda de Alfonso estava cheia de reuniões, e Anahí mal havia conseguido almoçar. A tarde, quando as reuniões acabaram, e o expediente acabou, Anahí já terminava de arrumar suas coisas quando Alfonso saiu de sua sala. Ela passou o olhar por ele rapidamente e ele já parecia pronto para ir embora, e falava no celular discretamente.

Anahí: O senhor também já está de saída? -perguntou, já com a bolsa no ombro, estranhando. Alfonso nunca ia antes dela-

Alfonso: Sim. -respondeu, guardando o celular no bolso- Vamos? -ofereceu, dando passagem a ela para entrar no elevador-

Os dois entraram, ficando lado a lado, ambos de frente para porta que se fechou rapidamente, os prendendo. E de repente, o ambiente ficou pequeno demais para toda a tensão que os cercava. Durante todo o dia Alfonso tivera que se conter para não agarrá-la em qualquer momento. Sentia-se um adolescente, sem conseguir controlar os próprios desejos. Anahí estava lhe deixando louco, e era uma sede insaciável, que quanto mais a tomava, com mais sede ficava.

Havia somente o silencio, e então Anahí ouviu Alfonso resmungar um palavrão, e quando ela virou o rosto para olhar para ele, ele já estava próximo demais, agarrando seus braços e os prendendo acima da cabeça, encostada na parede metalizada do elevador enquanto sua boca era invadida deliciosamente pela dele.

O hálito dele invadindo-a como uma onda, a levando para os mais inertes pensamentos. A língua dele tão invasiva, tão faminta, a consumindo da maneira mais depravada possível.

E antes que o elevador chegasse ao térreo Alfonso girou a chave, o travando onde estava. O celular de Anahí começou a tocar em sua mão. Inicialmente, o som não atrapalhou em nada do que Alfonso estava fazendo, beijando-a da maneira que quis fazer durante todo o dia. Mas o toque continuou, insistente, e então Alfonso afastou seus lábios, ambos ofegantes, Anahí muito mais que ele, de olhos fechados, ainda com os braços presos acima da cabeça. Alfonso olhou para cima, para a mão dela que segurava o celular, e viu o nome de Jamie outra vez lá, o mesmo que ligara no dia anterior.

Alfonso: Quem é Jamie? -perguntou descendo o olhar para ela, Anahí abriu os olhos, surpresa com a pergunta, e só então ouviu seu celular tocando em sua mão. Ela se mexeu, puxando os braços do domínio dele que a soltou. Ela olhou a tela do celular, o peito ainda ofegante, mas não atendeu-

Anahí: É só... -quem diabos era Jamie mesmo?- É só um amigo. -respondeu, desligando o celular e o jogando dentro da bolsa. O corpo de Alfonso ainda encostado no seu, a parede de músculos imprensando-a-

Alfonso: E você está dando um gelo nele? -sussurrou com a boca próxima a dela, que inebriada fechou os olhos novamente, ansiando para que continuasse o que havia parado-

Deus, aquele homem iria lhe enlouquecer.

Alfonso: Me responda uma coisa, Anahí... -continuou, agora com os lábios no ouvido dela, fazendo seu corpo inteiro arrepiar- Você já transou com ele? -Anahí abriu os olhos, engolindo em seco com a pergunta, a barba dele roçando em sua pele ao redor da orelha. A voz não saiu outra vez, e ele continuou- O hipnotizou da mesma forma que está fazendo comigo? -a voz de Alfonso era rouca, grave, a excitando- Não é isso que você faz com os homens, Anahí? Os hipnotiza.

Ela nem conseguia lembrar do próprio nome com ele a empresando daquela forma, falando aquilo em eu ouvido, e era ela que hipnotizava ali?

Anahí: Sr. Herrera... -conseguiu dizer, mal se tocando da formalidade que saiu habitualmente-

Alfonso grunhiu em seu ouvido, pressionando ainda mais, a fazendo arfar ao sentir a excitação dele lhe tocar.

Alfonso: Você sabe o que causa em mim, quando me chama assim, Anahí? -Anahi sentia a umidade da boca dele em sua orelha, a voz descontrolando-a, seu sexo já inquieto- Diga de novo. -a mão dele subiu pelo corpo dela, chegando aos seios, e apertando um deles com força, com a mão livre, enquanto a outra ainda a prendia pelos braços-

Olho por OlhoOnde histórias criam vida. Descubra agora