- Um demônio? - perguntei dando um sorriso irônico - até parece.
- Vai me dizer que você acredita em zumbis mas não acredita em demônios.
- Não é isso é que... sei la, aquilo parecia mas com um humano do que um demônio.
- Na verdade era um humano, mas estava possuído por um demônio.
Fiquei em silêncio por um tempo, eu tinha várias perguntas para fazer, mas o que mais me importava nesse momento era saber onde estavam as pessoas que ficaram nesse local a pouco tempo.
- Pra onde você acha que eles foram? - perguntei
- Provavelmente estavam fugindo - diz ele examinando a porta que fora arrombada.
- Fugindo dos... - Não terminei a frase, eu ainda não tinha engolido a ideia de estarmos sendo atacados por demônios.
- Sim, é uma hipótese.
Procuramos pelo resto local, mas sem sucesso, não tinha mesmo ninguém. Christian decidiu esperarmos pela Maria e os outros chegarem para tomarem uma decisão.
- Christian, o mundo inteiro está assim?
Assim que fiz a pergunta ele parou de descascar uma mexerica que encontrou na cozinha junto com outras frutas e alimentos conservados.
- Não tenho certeza - diz ele sem me olhar - mas algumas horas antes de acontecer aqui eu recebi uma ligação de um amigo que mora nos Estados Unidos, ele disse que estava acontecendo coisas estranhas e que ele e a família estavam sendo atacados por pessoas. Ele so falou isso e depois a ligação caiu.
- Nos Estados Unidos?
Fiquei um pouco preocupada, pois meu pai se mudou pra lá tem pouco tempo, mas minha preocupação não durou muito, logo depois eu me lembrei do que ele fez com minha mãe. Ele concerteza vai achar um jeito de escapar com sua nova"família''.
Estava muito tarde, já devia passar de uma da manhã. Não queria deixa o boboca aqui esperando sozinho, mas como tinha vários dias que eu não tomo banho eu não tive escolha.
- Eu vou tomar um banho, vê se não faça nenhuma burrice - falei me levantando da pequena escada que tinha na entrada do internato.
Ele não respondeu, parecia preocupado com alguma coisa. Entrei no primeiro dormitório que eu encontrei. Tinha duas camas, um guarda roupa, uma mesinha com um computador e vários outros objetos espalhados. Por sorte o guarda roupa estava cheio de roupas femininas e que serviam direitinho em mim, separei um jeans e uma camiseta preta depois fui para o banheiro. Fiquei parada por um tempo apenas deixando a água cair em meu corpo, fechei os olhos para relaxar. Meu corpo ainda continuava dolorido desde que eu acordei naquele lugar que na verdade ja foi minha casa e minha cidade.
Depois de uns quinze minutos eu resolvir desligar o chuveiro. Peguei uma toalha que estava pendurada na porta, me erolei nela e fui me vestir. Meu cabelo não era muito longo, mas era cacheado e por isso dava um pouco de trabalho para arrumar, fiz um rabo de cavalo e prendi.
Me deitei em uma das camas para descansar um pouco.
Acoredei com um grito, me levantei rápido e corri para vê oque estava acontecendo. Quando cheguei, vi Christian de pé segurando os braços de uma garota, que estava com uma faca na mão.
- O que aconteceu? - Perguntei me aproximando mais.
- Ela me atacou - respondeu Christian sem tirar os olhos sa garota.
- Eu achei que você uma daquelas coisas - gritou a garota que tentava se soltar.
Ela tinha cabelo loiro, olhos azuis e era mais ou menos da minha idade.
Quando eu abri a boca para pedir o Christian para solta- la, o lugar ficou todo escuro, a única claridade que tinha vinha de cima da mesa de uma vela pequena.
-O que foi isso? - ouvi a voz de Christian.
- Foi o gerador de energia, está com defeito - diz a garota - se você fazer o favor de me soltar eu poderia mostra- los onde está.
Demorou um pouco para ele decidir soltar. A garota pegou a vela e foi em direção ao corredor, eu a segui e olhei para o Christian fazendo um movimento com a cabeça para ele vir junto.
Descemos uma escada e entramos em uma porta que provavelme era o porão. A garota caminhou até uma máquina e mecheu nos fios, fazendo a luz piscar várias vezes e por fim ficar acesa.
- Obrigado - falei para quebrar o silêncio.
A garota me olhou de cima a baixo depois revirou os olhos.
- Eu gosto muito desse jeans então vê se não estraga ele - diz ela.
Fiquei sem graça.
- Não vou - falei dando um sorriso - você estudava aqui?
- Estudava.
- E onde estão as pessoas que estavam aqui a pouco tempo? - perguntou Christian.
- A três dias fomos atacados pelos demônios, eu me escondi e quando saí não tinha mas ninguém.
- E você sabe para onde eles foram? - perguntei.
- Não - respondeu ela retornando para a porta.
Ficamos apenas eu e Christian na pequena sala desarrumada e que cheirava a mofo. Ele parecia mais preucupado do que antes.
- O que foi Christian?
- Meu irmão estava aqui.
- Huum... Não se preucupe, se ele é forte que nem você e a Maria conceteza ele está bem.
- O problema e esse, ele nao e nem um pouco que nem a gente. Como soube que Maria era minha irmã?
- Quando estavam discutindo - dei uma risada me lembrando das brigas que eu tinha com Max - e como assim ele não é parecido com vocês?
- Esquece - diz ele indo em direção a saída - vamos, eu acho que Maria chegou.
Eu o segui até chegarmos a porta principal. E realmente, Maria acaba de chegar, ela é a primeira a sair do ônibus seguida por algumas outras pessoas que saem logo depois.
A garota que atacou o Christian antes está sentada em uma cadeira perto da mesa Central. Me sento ao lado dela.
- Oi - digo.
Ela parece estar meio triste, talvez porque as pessoas que estavam com ela antes fugiram e a deixaram para trás.
- Eu sou Katherine - digo mesmo sem ela ter repondido ao meu comprimento.
- Alison - responde.
- Talvez eles voltem - falo tentando consola-la. Eu sempre fui boa em em consolar as pessoas. Me tornei melhor ainda quando eu conheci a Emily, (minha melhor amiga). Espero que ela esteja bem.
- Eles vão voltar, tenho certeza - ela se levanta e caminha para fora da sala.
Em alguns minutos o lugar ficou cheio de pessoas. Maria e Christian convesrsavam no canto, pareciam que não queriam que ninguém ouvisse a conversa, mas eu na aproximei do mesmo jeito.
Quando eu chego perto o suficiente eles param de conversar e olham para min.
- Estou interrompendo? - pergunto apenas por perguntar, porque eu ja sei a resposta.
- Sim - responde Christian.
- Katherine você pode nos da um minutinho? - diz Maria com aquele jeito gentil dela, tão diferente do Christian, nem sei como eles são irmãos.
Fui para o dormitório de antes. Alison estava lá, deitada em uma das camas.
Tinha me esquecido de que o dormitório era dela.
- Me desculpe eu...
- Não - fala enquanto se levanta- pode ficar, se você quiser.
- Tudo bem - digo dando um sorriso.
Vou até a outra cama e me deito.
- Por que você acha que está acontecendo tudo isso?
Me viro para ela, sem entender do que exatamente ela estava falando.
- Esses demônios invadido e acabando com tudo.
Eu não tinha uma resposta para essa pergunta, na verdade eu também queria saber o motivo. Maria disse que ia me contar sobre isso, mas será que ela também sabe?
- Não sei - respondo por fim.
Não quero apenas saber o motivo, eu quero lutar contra eles, quero encontrar minha família, antes eu também queria muitas coisas, mas tudo isso acabou por causa dessas criaturas idiotas é isso o que eu quero vingança.
Após alguns minutos eu acabo adormecendo.
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DESTRUIÇÃO - O início da batalha
ParanormalPrimeiro livro da duologia "Entre anjos e demônios". Katherine é uma jovem de 17 anos que levava uma vida tranquila e normal, mas um dia tudo isso muda quando ela acorda e encontra sua cidade destruída, sem saber oque aconteceu a jovem vai em bu...