capítulo 4

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     Já é de manhã e todos acordaram na mesma hora e com boas notícias, o pessoal que estava aqui antes de chegarmos voltaram. Me levantei, arrumei meu cabelo e fui para a entrada.
     Eram dois carros cheios, estacionaram logo atrás do ônibus que Maria usou ontem. Alisson estava toda alegre, ela me acordou com um sorriso enorme e falando: "eu sabia que eles iriam voltar, eu sabia". Fico feliz em ve-la assim. Agora eu é que tenho esperança de minha mãe e meu irmão estarem junto deles. Fiquei em pé ao lado de um dos carros esperando todos sairem. Esperei um por um, a cada pessoa que saía do carro era um pouco de esperança arrancada do meu peito, nenhuma era minha mãe ou o meu irmão. Uma lágrima desceu no meu rosto quando a última pessoa saiu de um dos carros, porém não era apenas pela tristeza de não ter encontrado minha família, era também de felicidade por encontrar quem eu não esperava encontrar. Minha melhor amiga Emily caminhava em minha direção, ela parecia feliz em me ver. Quando chegou perto o suficiente de mim ela parou um pouco e me olhou nos olhos, sem falar nada ela me abraçou, ela era a única pessoa que sabe oque eu estou sentindo sem precisar dizer. Eu a abracei forte e chorei, chorei muito.
     Fiquei um bom tempo abraçando Emy, ela também chorava.
     - Emy - falo enxugando minhas lágrimas - como é bom te ver.
     - É bom te ver também kath - fala tentando dá um sorriso, que resultou em mais lágrimas.
     - Não sei onde eles estão - digo tentando segurar meu choro.
     - Kath - diz ela colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha - Eles estão bem, você vai encontra-los, ou você esqueceu que a esperança é a última que morre?
     Dou um sorriso. Ela sempre sabia oque dizer.
     - E a sua...
     - Quando tudo aconteceu ela saiu para rua e me deixou lá em casa sozinha - Emy fala se afastando um pouco - eu não ligo.
     Quando a mãe de Emy morreu ela teve que ir morar com a tia dela, que era uma bêbada e que não se importava muito com ela.
     - Vamos entrar - diz ela apontando para a entrada.
     - Vamos.
     Emily entra em um dormitório logo depois ao de Alisson.
      - Então quando essa bagunça toda aconteceu você Veio para cá?
     - Na verdade eu estava indo para sua casa, mas teve um tulmuto e no meio da rua eu me perdi e não estava conseguindo encontrar o caminho, as pessoas estavam atacando umas as outras, eu não conseguia entender nada do que estava acontecendo - Emy tira a blusa suja, coloca uma outra branca e prende seu cabelo que era preto e liso em um rabo de cavalo. Ela senta do meu lado na cama - Depois de passar quase um dia andando para lá e para cá - ela dá um sorriso, daqueles que ela usa quando está pretes a atacar um garoto - Eu encontrei um cara...
     - Que era muito gato e que você ficou doida com ele - falo rindo, ela ri junto.
     - Sim ele era muito gato, mas não, eu não fiquei doida com ele.
    - Isso é novidade.
    - hahaha até parece que eu me jogo em qualquer garoto bonito que eu vejo por aí.
     - É exatamente oque você faz - digo levantando uma sobrancelha para zombar dela.
     - Tudo bem, mas esse cara era chato e estranho e parecia que ia me matar a qualquer momento, enfim, eu encontrei ele que me trouxe para cá.
     - Você disse que as pessoas estavam atacando umas as outras né? E o que aconteceu depois?
     - Eles pararam do nada e foram embora.
     Me deito na cama e olho para o teto. Emy deita do meu lado.
     - Não sei porque essa merda toda está acontecendo, mas não vou deixar que esses demônios façam oque quizerem aqui - digo
     - Ainda é estranho.
     Olho para ela
     - Demônios - diz ela - Pensei que não existiam.
     - Também pensei. Quando um deles me atacou - dou um sorriso - eu achei que era zumbi.
     Emy solta uma gargalhada.
     - Uai, foi a primeira coisa que veio a minha cabeça - falo tentando me defender.
     - Zumbi? Fala sério - fala sem parar de rir - Mas a aí? Oque aconteceu?
     - Um idiota me salvou.
     - idiota? - pergunta ela - sei - fala ironicamente.
     A porta do quarto bate e logo depois vem uma voz de trás dela:
     - É para todos nos reunir no refeitório.
     - já estamos indo.
     Emily se levanta e vai em direção a porta eu a sigo.
     Estavam todos reunidos em uma mesa no meio da cantina, o número de pessoa aumentou quase o dobro,deveriam ter umas quarenta. Vejo duas cadeiras vazias ao lado de Alisson e sento em uma delas, Emy senta ao meu lado.
     - Bem, já que estam todos aqui vou explicar oque eu e Robson - Maria aponta para um homen de meia idade que sentava ao lado dela - planejamos para lutar contra os demônios - ela se levanta - primeiro, vamos formar grupos que irão treinar defesa pessoal, segundo, vamos proucurar um padre que vai explicar exatamente oque está acontecendo e se tem um jeito de ajudar um humano que está possuído, ou seja se tem como exorcizar-lo, e terceiro, vamos proucurar por comida e por sobreviventes.
     Dei um sorriso enorme quando ouvi essa última parte, tem outros sobreviventes, e eu vou encontra-los tenho certeza. Afinal esperança e a última que morre. Olho para Emy que estava distraída encarando o Christian.
     - Esse é o idiota do qual eu te falei antes -sussurro em seu ouvido.
     - A é? Bem, ele não parece ser um idiota.
     Christian estava conversando com um rapaz que... sim ele era bem bonito, tinha cabelos pretos, olhos azuis e estava vestindo uma jaqueta preta que o fazia ficar mais charmoso ainda.
     - E esse é o cara chato que parece um serial killer que te falei - diz Emy olhando para o rapaz charmoso que conversava com Christian.
     - A e? Ele não parece chato é muito menos um serial killer.
     - Eles são irmãos - Diz Alisson
     - Irmãos? - me lembrei de Christian falando que tinha mesmo um outro irmão. Mas ele não parecia nada com o Christian, os dois eram lindos, mas eram diferentes.
     - Sim, ouvi eles dizendo.
     Emy da uma risada.
    - Como eu estava dizendo - fala Maria atrás de mim - Vamos fazer seis grupos de seis pessoas e os líderes serão: Robson, Lucas, Agatha, Christian , Joseph e eu. Todos nós sabemos sobre defesa pessoal é mais algumas outras técnicas para se defenderem.
     As seis pessoas ficaram de pé na frente da mesa.
     - Quem eu falar o nome se levanta que eu direi com que vão treinar.
     Depois de falarem vários nomes Maria disse o de Alisson que ficou no grupo de Christian. Logo em seguida disse o meu.
     - Você pode ficar no grupo do Lucas.
     Fui em direção do rapaz alto e moreno.
     - Espera - disse Alisson - eu quero trocar com ela.
     - Se Katherine concordar então está tudo bem.
     Olho para Alisson e dou um sorriso. Tava na cara que ela gostava desse tal de Lucas e deve ser por causa dele que ela estava tão triste antes.
     - Claro.
     Caminho para o grupo de Christian. A única pessoa que sobrava era Emy
     - E você Emily vai ficar no grupo de Joseph.
     Depois de Maria falar mais algumas coisas sobre como vão ser os treinamentos e que irão começar amanhã ela nos liberou.
     - Espera - grita um homen careca e meio musculoso de meia idade - porque você é a líder?
     - Porque eu sou a mais forte diz Maria dando um sorriso.
     O homem solta uma gargalhada.
     - Bem, já que o senhor insiste eu posso te demonstrar uma parte da minha habilidade em combate - ela dá sorriso - contra você.
     - Fala serio, você quer lutar comigo? - zomba o homem.
     - Está com medo senhor Hockings?
     - Eu não luto contra mulheres. E é claro que você não pode me derrotar.
     - Me mostra do que é capaz - diz Maria indo para uma quadra e esportes e tirando a blusa de frio ficando com uma camiseta preta.
     O homem a seguiu e todos que estavam ali. Assim que chegamos na quadra fizemos uma roda onde dentro estavam os dois que iriam lutar. Maria se alongou, primeiro as pernas depois os braços. Quando Robson deu início a partida, Maria ficou parada, o homem sa irritou e foi para cima dela, ele preparou o punho para dar um soco, que foi em direção ao rosto de Maria, ela desviu, o homem deu outro e ela desviou novamente. Assim que o homem tenta acerta-la novamente ela abaixa dá um pulo girando no ar e dá um chute que acerta na cara do homem, ele cai no chão com o nariz sangrando.
     - Mas alguma pergunta senhor Hockings?
    O homen balança a cabeça negativamente.
     - Muito bem, pessoal estão dispensados, quem quiser ir embora e tentar sobreviver sozinhos com essas criaturas, fiquem a vontade.
     Nenhuma palavra dita.
     - ok, o treinamento começa amanhã.
     As pessoas saíram e foram para vários dormitórios.
     - Uau, oque foi aquilo? - digo assim que me aproximo de Emily.
     - Pois é eu também fiquei assim quando eu vi ela lutando com um demônio.
     Vou para cozinha e pego um puco de macarrão que estavam distribuindo. Depois caminho para o dormitório e me deito ao lado de Emy, ficamos conversando sobre várias coisas até anoitecer.
    
    
    

    
    
    

   
    
    
    
    
    
   
    
    
    
    
    
    
    
    
    

    
 
    

DESTRUIÇÃO - O início da batalhaOnde histórias criam vida. Descubra agora