2. 1-11 : O cântico de Ana
2.12-17 : Os crimes dos filhos de Eli
2.18-26 : O ministério de Samuel
2.27-36 : Profecia contra a casa de Eli
O Cântico de Ana
2.1-6 : Neste cântico Ana reconheceu a graça, o poder, a santidade e a soberania de Deus.
2.2 : Não há santo como é o Senhor. Aquele que é santo (hb. qadôsh) é marcado, separado e retirado do uso comum. Santo é o contrário de profano e comum. A imagem de uma rocha, quando aplicada a Deus, fala da Sua eternidade, estabilidade e confiabilidade (Dt 32.4; 2 Sm 22.2,3).
Ana mencionou três coisas - poder militar, riqueza e o nascimento de filhos - como exemplo de circunstâncias que Deus muda, humilhando o soberbo, e exaltando o abatido. Maria fez a mesma menção em seu cântico (Lc 1.46-55).
Em harmonia com o modelo de sabedoria da literatura antiga, Ana contrasta o justo e o ímpio. O Senhor não permitiria que seus santos caíssem.
2.6 : A palavra sepultura (hb. sheôl) se refere ao lugar dos mortos, onde tanto o justo como o ímpio era colocado (Gn 37.35). A soberania do Deus que traz a morte também é capaz de fazer subir da sepultura. Esse versículo pode referir-se ao poder de Deus de ressuscitar os mortos (SI 16.10; Dn 12.2).
2.9: Os pés dos seus santos guardará - Deus ordenará seus anjos a vigiarem por onde andarás, cuidadosamente em todas as situações da vida e os interesses dos fiéis, que se santificam. Santificação aqui não vem de se anjelicalizar, mas aqueles que buscam uma vida de temem e se mantém em retidão, habitando na presença de Deus (Sl 91.11).
2.10a : Os que contendem com o Senhor serão quebrantados - enfrentariam calamidades e serão derrotados.
2:10b : exaltará o poder do seu ungido" (1Sm 2:10). O termo para ungido é mashiac, que significa "Messias", usado pela primeira vez no Antigo Testamento nessa oração de Ana. Essa frase aponta para o último rei, diante do qual todo o joelho deverá dobrar-se (Fp 2.10). Ana viu o trabalho de Deus, garantindo a ela um filho, como outro passo para o cumprimento da Sua promessa às mães de Israel, de que Ele iria, um dia, prover o Messias através delas. Sem dúvida, também podemos afirmar que aquele foi um cântico profético, onde Ana, mesmo que bem vagamente, previu o aparecimento do Ungido de Deus, ao dizer "e dará força ao seu rei, e exaltará o seu ungido.
Outra característica interessante desse cântico de Ana é que ele possui muitas similaridades ao cântico de Maria, quando o nascimento de Jesus lhe foi anunciado (Lc 1:46-55).
Próximo Comentário versículo 12 até 36 deste Capítulo 2, também estarei fazendo aplicação pessoal !
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O Profeta Samuel - Heróis da Fé (Comentado)
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