Adeus

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24/02/2017 , 20:00 da noite...
Juntos, eu e Giovanni, fomos para o enterro da nossa pequena Mianny. Ela estava serena naquele caixão branco com detalhes dourados, exatamente do jeito que ela falou quando era adolescente e pensava em cometer suicídio. Ah, que tempos tolos que vivemos!
Às 22:00 , saímos do local e fomos para a cobertura do Giovanni...

Na cobertura...
Fiquei repousando na vista da varanda :
-É lindo, não é? - Giovanni chega ao meu lado.
-É... Mia gostava de observar o movimento dos carros. - abaixo a cabeça e lágrimas descem novamente.
Giovanni me aconchega num abraço, apertado, com o cheiro perfeito daquele perfume que me estonteia. No mesmo instante, meu choro cessa!
Coloquei meus braços ao redor da cintura dele (porque assim, ele tem 1.72 m e eu 1.60 m) e o apertei de volta.
-Me diga que posso ficar aqui, Giovanni... - falo soluçando.
-Se você tivesse coragem, eu te traria para morar comigo. - Ele separa o abraço e limpa minhas lágrimas com a ponta dos dedos.
Nos encaramos por um tempo, os olhos dele brilham com a Lua fazendo reflexo. Ele tira o óculos e joga no chão.
-Você quer quebrar essa merda? É UM RAYBAN! - pergunto sem reação.
-Eu tenho dinheiro pra comprar uma filial da RayBan se eu quiser. - ele ri
Nem se amostra o coitado...
Ele segura meu rosto :
-Você vai ficar bem, eu vou fazer de tudo para que fique - ele olha para baixo - Faz muito tempo que não digo isso com sinceridade, mas...
-Mas? - indago com medo.
-Eu te amo, Hillary Savinon.
Pela primeira vez, eu tomo a porra da atitude e puxo seu pescoço :
-Eu também te amo, Giovanni Straight.
E assim nos unimos mais uma vez num beijo, mas dessa vez eu não senti tesão, nem fiquei molhada. Será que isso é amor, meu Deus?
Hillary, concentre : você está de luto...

Talvez eu demore para voltar a contar minha história, eu amava a Mianny...

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