18 (Blur)

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"Blur vive!"

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Em Chernowelt, Darcy corria desesperada. Ela estava fugindo de Anne. Porém seu braço estava encharcado de sangue. Ela havia tentado tirar a flecha de seu braço, mas a tentativa falhou, abrindo ainda mais o ferimento. Mas ela fez uma grande besteira... Como não tem onde colocar seu braço para aparar o sangue... Ele está pingando no chão, deixando rastros.

– Droga... - Ela vai em direção ao Templo de Hades.

– Não adianta tentar escapar de mim, Darcy... Você não vai conseguir. - Anne continua lançando flechas.

Darcy entra no templo e procura suas instalações. Ela entra em um corredor repleto de salas. Ela controla sua respiração para que Anne não ouça. Então seleciona uma das portas e entra. A sala onde ela está é uma sala escura. Apenas uma luz ilumina-a parcialmente.

O sangue do braço dela continua saindo, e ela nem percebe que há umas marcas no chão. Quando seu sangue atinge as marcas, começam a escorrer e a preencher uma espécie de labirinto.

– Droga... Que ela não me ache aqui... - Ela enrola sua blusa no antebraço. A essa altura, as pequenas gotas de seu sangue que caíram já preencheram todo o mini labirinto no chão. Aquilo fazia parte do ritual de nascimento do Blur. Era o sangue de Chloe que a Seita queria... Mas, tudo deu errado.

Anne está do lado de fora, e anda devagar, pretendendo ouvir alguma coisa que entregasse onde Darcy estava. Apenas os sons de seus sapatos ecoavam.

Dentro da sala, algo começa a acordar em um dos cantos da sala.

Darcy nem percebe e se levanta. Ela anda a passos pequenos, e se aproxima da porta. Ao abrir um pouco para ver onde Anne estava, ela acaba vendo a líder da Seita muito perto. Anne também a vê.

– O que está fazendo ai? - Ela vai em direção a porta, mas a mesma se fecha sozinha.

– Mas o que está... - Ela ouve uma respiração atrás de si. Um ruído parecido com o de um porco ecoa. Ela se vira devagar, e se assusta ao ver que há uma criatura horrível parada atrás dela.

É uma criatura que tem cabeça de porco, e um corpo muito magro. É horrível mesmo.

Ela tenta abrir a porta, sem sucesso.

– NÃO FUJA DE MIM... VOCÊ SERÁ MINHA... - A coisa com voz demoníaca praticamente avança em Darcy que não tem chance... Ela tem suas roupas arrancadas.

– Ahhhhhhhh... Não... Não... Por favor... Não... Não... - Ela está pelada.

Anne ouve os gritos de Darcy dentro da sala. O ritual estava sim se cumprindo, porém não era como ela queria. Darcy estava sendo estuprada brutalmente pelo ser horroroso.

***

Vou me acordando lentamente. Uma luz brilha, fraca e percebo que estou deitada em um chão gelado. Aos poucos recobro os sentidos.

– Nolan? - Chamo, vendo que ele não está em nenhum lugar. Só então me dou conta de que estou em um corredor de hospital. Há cadeiras de rodas, seringas, macas... Vários objetos abandonados e jogados por toda parte.

– Você não deveria estar aqui. - Uma voz rouca feminina ecoa de repente. Olho para trás e vejo a senhora que sempre rondou as ruas.

– Onde eu estou? O que fez com o Nolan? - Pergunto, desconfiada.

– Eu sou a sua mãe. - O que ela está dizendo?

CHERNOBYL: O Medo Mora AquiOnde histórias criam vida. Descubra agora