~ Novembro de 2009
- Que história à de vocês meu jovem.
- sim, de bastante superação - falei ao voltar meu olhar fixo para a estrada.
- me diga porque está aqui?
- Como?
- Se ela foi morar com você. Porque você está aqui nesse ônibus?
* Flashback onn
~Outubro de 2009
Dois meses. Esse foi o tempo em que Gaby havia se instalado em minha casa. Ela tinha mudado todo o ambiente é minha rotina.
Quando ela apareceu naquele dia na lanchonete, e falou que foi transferida. Eu pensei até em dúvida, mas quando avistei seu carro e suas coisa no porta mala. Apenas dei a chave da minha casa e ela fez o resto.
Antes minha vida se resumia em trabalhar e dormir. Mas com ela aqui, o tempo passar devagar, e surgir até coisas novas para fazer. Como por exemplo agora, em pleno na noite de sábado, estamos aqui na praça deitada na grama, observando as estrelas.
- olhar aquela - ela fala apontando.
Gaby parece uma criança, no corpo de uma mulher.
- Não apontar, ou nasce verrugas no seu dedo - falei.
- Isso é asneira Chico - ela falou.
- Minha mãe dizia isso, e eu acredito nela. - falei.
- Você sente falta da sua mãe?
- eu aprendi a viver com a ausência dela. - falei me lembrando do quanto era difícil falar da minha mãe, mais com a Gaby, eu achava isso leve.
- você é bastante forte Chico, eu não seria tão forte assim. Não sei se aguentaria perder alguém que eu ame. - ela falou e pode sentir um nó sendo feito em sua garganta.
Então fiz uma coisa que minha mãe havia me ensinado quando perdi meu pai.
- Fecha os olhos Gaby - mandei e ela fez - o que você sentir?
- O vento - ela falou sorrindo
- apenas o vento? - falei me aproximando e falando em seu ouvido.
- Agora sinto uma sensação boa, como se...
- Apenas escutar. - ela fez que sim com a cabeça e eu continuei - Nem sempre eu irei estar perto, nem sempre poderei te abraçar e dizer "Ei Gaby vai ficar tudo bem". Mas minha mãe sempre me ensinou que o vento é o melhor mensageiro. Então Gaby, mesmo que eu esteja longe e você não possa me vê, quando o vento soprar em seus cabelos e você sentir um conforto em seu coração. Saiba que sou eu; dizendo que tudo irá passar e que eu sempre te amarei, em qualquer lugar, em qualquer estação à qualquer momento eu te amarei. E estarei contigo.
Gaby não falou nada por um longo tempo.
- Felipe? - Ela perguntou virando para mim. - Promete?
- Prometer?
- Que mesmo longe, o vento vai me trazer uma mensagem de você?
- Eu prometo Gaby, que sempre Estarei Contigo.
- Eu gosto de você Chico.
- e eu te amo Gaby.
Essa era a forma dela falar o quanto gostava de mim. E eu entendia não julgava.
Depois de mais alguns minutos observados as estrelas e cada um perdido em seus pensamentos, resolvemos ir para casa. Gaby foi o caminho toda calada, um vez ou outra olhava para mim, porém não falava nada.
Já em casa ela seguiu para o banheiro e eu para cozinha. Depois que ouvir o barulho do chuveiro se fechando, apenas gritei.
- Você está com fome Gaby?
Ela não respondeu, e eu apenas escutei um "ai" em seguida de xingamentos.
Apenas segui para o quarto e encontrei uma Gaby, sentada no chão frio do quarto.
- está tudo bem?
- o que você acha? - ela falou meia irritada.
Caminhei até ela e ajudei a ela se levantar, mas o chão estava molhado e fez nós dois caímos sobre a cama e Gaby caiu por cima de mim.
Eu apenas observei seus olhos brilhando, eu sabia que ela me amava, da forma dela.
- Seja minha?- eu perguntei sem arrodeios.
Okay! Estava sendo um pervertido com aquela iniciativa, mas durante esse tempo todo que estamos morando junto nunca havia avançado nenhum sinal. Mas tê-la ali em cima de mim me fez ter essa atitude.
Ela apenas em encarava com aqueles olhos dela que brilhavam.
-Desculpe, eu não…
Ela não deixou eu terminar e apenas colocou seu dedo indicador na minha boca e falou.
-E que disse que eu não quero isso - ela falou com um sorriso no rosto - eu serei sua e você será meu
Então ela selou nossos lábios, e dessa vez o beijo era quente e nada inocente. Sua mão foi direto
ao meu cabelo enquanto nossas bocas dançava um pelo rock selvagem.
Quando ela parou o beijo para respirar, eu ainda vi aquele sorriso bobo em seus lábios.
-Que beijo - Ela falou e voltou a depositar beijos no meu pescoço.
Passei minhas mãos em seus corpo, e levantei sua blusa e ela me ajudou atirar, e eu joguei para bem longe, mas em nenhum momento tirei meus olhos dela. Segurei em sua cintura e lhe coloquei para baixo de mim, eu via em seu olhar um brilho, o desejo. Eu beijei cada pedaço do seu pescoço, e fui fazendo o percurso e parei na sua barriga.
- Somente Minha - olhei para ela e ela sorriu.
Continua...
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Estou Contigo - [CONCLUÍDA]
Short StoryEle se chamar Felipe, mas todos insistem em chama-lo de Chico. Felipe tem apenas dezoito anos e já apreendeu muito sobre a vida, teve que superar muitas coisas, inclusive a morte da mãe. Mas apesar de tudo sempre foi um bom rapaz e foi esse seu lado...