4º Capítulo

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Alguem me mexia no cabelo e quando abro os olhos os dele estao inchados de chorar. O que fui eu fazer?

"Niall..." digo enquanto me sento.

"Sam!" ele diz e abraça-me.

"Onde é que estou?" o quarto é branco e o cheiro que há no mesmo é me familiar. No hospital nao estou.

"No meu quarto." ele diz largando-me.

"O que é que aconteceu?" a unica coisa que me lembro foi de estar na casa de banho e daquela dor insuportável. Oh nao. Olho para os meus pulsos e marcas de cortes sao visíveis nos mesmos. Puxo a camisola para baixo de modo a tapa-los.

"Porquê Sam?" ele pergunta e eu baixo a cabeça

"Niall eu..." digo e um nó na minha garganta forma-se.

"Porquê?" ele pergunta outra vez agarrando os meus pulsos e mostrando-me os cortes. O tom dele é zangado e eu apenas corro sem rumo. Estou numa ponte, o meu medo de alturas aumenta quando olho para baixo. O meu corpo inclina-se para a frente quando subo o muro da ponte e memórias da minha infância passam pela minha mente fazendo-me chorar sem parar. O meu corpo é puxado para tras e Niall aparece atrás de mim, os olhos dele estao brilhantes. Ele abraça-me e de seguida beija-me intensamente,  a lingua dele é quente enquanto roça na minha. As suas mãos na minha cintura sao quentes e provoca-me arrepios. Ele para o beijo e volta a abraçar-me.

"Tive tanto medo de te perder, por favor nao faças isto novamente." ele diz e olha-me nos olhos.

"E-eu peço desculpa." digo e baixo a cabeça.

"Porquê? Porque fizeste aquilo?" ele pergunta e pega no meu queixo de modo a eu olhar para ele.

"Desculpa." disse e abracei-o

"Nao voltes a fazer uma coisa destas." ele diz e eu largo-o.

Ele mete as mãos em volta da minha cara e junta os nossos lábios novamente.

"Vamos para casa. " ele diz e pega na minha mão,  entrelaça os nossos dedos e dirigimo-nos para o carro. A viagem é silenciosa e eu só olhava pela janela e pensava numa maneira de contar tudo a Niall. Finalmente chegamos e Niall levou-me para o seu quarto.

"Queres comer qualquer coisa?" ele pergunta e eu aceno negativamente enquanto muda de camisola.

O corpo dele é feito de traços perfeitos e a pele dele brilha com a luz do sol.

"Tens que comer, ainda não comeste nada desde ontem." ele diz sentando-se ao meu lado e pondo-me no seu colo

Ele repara no meu movimento desconfortável e tira-me do seu colo sentando-se ao meu lado.

" Desculpa, e-eu pensava que..." ele diz e baixa a cabeça.

Ohhh, coisa fofa, ele é tão querido para mim, ele quer a mesma coisa que eu, o problema é que eu tenho medo, medo que ele me deixe. Mas não posso pensar assim, agora estamos no presente e eu não posso sofrer sobre antecipação.

Ele olha para mim e eu aproximo-me dele dando-lhe um beijo nos lábios. Ele poe as mãos em volta da minha cintura e puxa-me contra ele, as minhas mãos no seu peito e as suas nas minha costas fazem-me arrepios por todo o meu corpo.

"Pensaste bem. "sorrio

"A serio?" ele pergunta largando mas deixando-me no seu colo.

"E-eu, pensei que era o que querias,mas esquece. " digo e saio do seu colo e ficando de costas para ele,  lagrimas começam a escorrer pelo meu rosto e eu limpo-as antes que ele possa ver. Como é que me pude iludir desta forma? É claro que ele não quer nada comigo, ninguem quer. Ele abraça-me por trás e dá-me um beijo no pescoço.

"És tu quem eu quero, és tu quem eu quero abraçar todos os dias,és tu a pesssoa com quem quero acordar todos os dias, és tu quem eu quero beijar e és tu que quero que seja minha namorada. És tu a unica pessoa que posso chamar de princesa e eu quero ser o único que te faz sentir feliz. Eu quero ser o teu príncipe. Eu amo-te Sam." ele diz e eu fico estupefacta. Como é que ele consegue ser tão fofo. Viro-me para ele e junto os nossos lábios num beijo apaixonante.

"E-eu não sei o que dizer." digo olhando-o nos olhos.

"Não precisas de dizer muito, apenas que sim." ele diz e eu coro.

"Tu sabes qual é a resposta. E eu sei desde o primeiro dia que te vi."digo e ele beija-me pondo-me no seu colo enrolo as minhas pernas na sua cintura e ponho as minhas mãos em volta do seu pescoço. Ele anda até à cama e deita-se na mesma pondo-se em cima de mim continuando o nosso beijo. A sua mão passa pelas minhas costas e eu agarro o seu cabelo.

"E-eu não consigo." digo e ele olha para mim

"Desculpa, fui um bocado precipitado. " diz levantando-se e sentando-se a meu lado.

"E-eu..." sento-me.

" Shh..nao precisas de dizer nada." diz e deita-se fazendo um gesto para me deitar a seu lado. Ponho a minha cabeça no seu peito e ele poe as suas mãos na minha cintura.

(...)

Acordo algum tempo depois com a luz vinda da janela que iluminava o pequeno quarto. Niall não se encontra a meu lado e eu meio que fico triste por isso. Levanto-me e vou até à casa de banho, não sei onde é e ando pela casa, abro porta a porta e finalmente encontro a casa de banho, entro e lavo a cara.

"Não! Deixa-me em paz!" Niall grita e eu apresso-me a descer as escadas. Chego à cozinha e Niall está sentado na mesa com o telemóvel na mesma e abanando a perna nervosamente. Quando ele olha para mim os olhos dele estao escuros e cheios de raiva. O Niall com raiva? O que aconteceu?

"Niall?" pergunto aproximando-me dele. Ele levanta-se bruscamente e sai porta fora. O que é que acabou de acontecer? Fico parada no meio da cozinha sem reação nenhuma.

(...)

Estou á espera dele à mais de duas horas e nem um sinal dele. Será que ele... não Sam, ele não te abandonou, ele está apenas a passar uma momento díficil. Decido que é melhor ir para casa e depois falar com ele. Subo e visto-me, acabo de me vestir e saio de casa, não sei para que lado é a minha casa e apenas começo a andar. Continuo a andar e chego a uma rua conhecida. Chego a casa e entro vendo o meu pai a andar de um lado para o outro muito nervoso.

"Samantha, por onde andaste? Fiquei tão preocupado." ele diz e abraça-me fortemente

"Fui passear com o Niall e depois fomos para casa dele, vimos um filme e acabei por adormecer." minto arranjando uma história credível.

"E estás bem?" ele pergunta preocupado

"Sim, e-eu vou para o quarto. " digo e subo as escadas em direcção ao quarto, mando-me para a cama e fico a olhar para o teto. O que será que aconteceu? Ele está bem? É melhor ir a casa dele ver se ele está bem, ele precisa de mim. E se ele não estiver em casa? Mas vou lá na mesma, é melhor. Levanto-me e dirigo-me para a porta, saio e vou para casa dele. Paro para pensar duas vezes antes de bater à porta e finalmente ganho coragem e bato. A porta está aberta e eu entro. Ele está em casa. Quando me dirigo à sala o meu mundo desaba e eu corro dali para fora voltando para casa. Foi um grande erro ir a casa dele.

Strong |N.H|Onde histórias criam vida. Descubra agora