Strong |N.H|

7º Capítulo

Um vulto preto aparece no fundo das escadas e eu assusto-me caindo das mesmas.

"Consegues ver-me?" alguém sussurra. O vulto desaparece e algo pousa do meu ombro, olho para o lado e uma mão ensanguentada está pousada no meu ombro, viro-me lentamente encarando o dito vulto. A sua cara está cheia de cortes e o seu cabelo bagunçado. Um clarão aparece e o vulto desaparece.

"Estou aqui."  Olho para trás.

"Mãe? És mesmo tu?" subo as escadas lentamente.

"A tua mãe nunca mais vai voltar." a sua cara muda rapidamente tranformando-se na anterior. Assutadora. A sua cara aproxima-se de mim  repetidamente e dou um passo para trás caindo das escadas novamente, mas desta vez deixando-me inconsciente.

(...)

Levanto-me rapidamente assustada. A minha respiração ofegante e o meu corpo a tremer.

"Está tudo bem, eu estou aqui." ele fala confortando-me e abraça-me fortemente.

"Era ela Niall, eu vi-a." olho para ele.

"Era ela." sussurro

"Ela quem? A tua mae?" ele pergunta.

"Ao principio sim, mas depois tornou-se num ser frio e assustador. Ele disse que ela nunca mais ia voltar." digo contendo as lagrimas.

"Nao tem como ela voltar Sam." ele diz baixo.

Eu sei que sim, mas quando se perde alguem tao proximo acredita-se sempre que ira voltar, mesmo que isso seja impossivel.

Nao respondo, apenas o abraço forte e choro contra o seu peito.

(...)

O som da campainha faz me acordar e eu viro-me para o outro lado para voltar a adormecer. Tocam outra vez e eu bufo.

"Eu vou la." Niall diz quando me destapo. Volto a tapar-me e enrolo-me nos lençois. Passado um pouco Niall aparece com uma carta na mao.

"É para ti." ele da-me a carta.

"De quem é?" sento-me e abro a carta.

"Nao tem nome." ele senta-se ao meu lado.

A tua mae nunca mais vai voltar. Leio quando abro a carta.

"O que diz?" Niall pergunta.

Mostro-lhe a carta e ele olha para mim. Quem sera? E o que quer de mim?

(...)

"A saudade doi. A saudade é como uma ferida e demora a sarar. Parece que a saudade faz as coisas pararem no tempo. A distancia é o pior. A distância  permite saudade, mas nunca o esquecimento, por mais longe que estejas, mae quero que saibas que estarás sempre no meu pensamento. A distância, a saudade e a tua falta fazem amar-te ainda mais. Fazem-me querer cada vez um abraco teu, um beijo teu. Gostava de ter mais uma dia. So mais um. Para poder ver-te mais uma unica vez, para poder abracar-te uma ultima vez. Ouvir a tua voz uma ultima vez. Tenho tantas saudades tuas mãe. Nao sabes o quanto eu queria voltar atras no tempo e fazer tudo de novo, reviver todos os nossos momentos. Reviver tudo contigo. Apenas mais um dia. So queria mais um dia para poder estar contigo. Fazes-me tanta falta. Amo-te muito mae."

A porta abre-se e Niall aparece sorridente. Ajeito-me no sofa e ele senta-se a meu lado.

"O que queres fazer hoje?" ele pergunta. Sinceramente hoje nao me apetece sair de casa, so quero ficar aqui sentada a ver televisao.

"Ficar em casa." digo.

"Oh va la Sam,tens que te animar...nao podes ficar assim o resto da tua vida. Tens que pensar no teu pai e seguir em frente. Eu sei que custa mas tens que perceber que se ela se foi embora era porque era a altura de ela ir." ele tenta consolar-me mas a unica coisa que faz é fazer-me sentir pior.

"Tu nao sabes como e perder uma mae! Nao sabes! Nao sabes o que é chegar a casa e a tua mae nao te perguntar como te correu o dia. Nao sabes como é nao poderes vê-la, falar com ela,ouvir a sua voz. Nao sabes o que é perder uma mãe Niall. Nao sabes!" lagrimas comecam a escorrer pela minha cara e eu corro em direçao ao quarto fechando a porta atras de mim. Salto para a cama e enterro-me na almofada a chorar. Oiço a porta de casa fechar com força e presumo que Niall saiu.

(...)

4 horas. 4 horas se passaram e sem sinal de Niall. Nem uma mensagem ele mandou. Eu e que devia ter falado assim com ele. Pego no telemovel e marco o seu numero mais uma vez.

Nada. A.campainha toca e eu quase que corro para ir abrir a porta.

"Niall!" abraço-o fortemente quando abro a porta.

"Porque te foste embora?" pergunto ainda abraçada a ele.

"Achei que querias ficar sozinha. Estas melhor?" muda de assunto.

"Agora que estas aqui sim." ele sorri e beija-me suavemente nos labios.

"Podemos ir ao centro comercial." digo e ele olha para mim.

"Nao tens que ir se nao quiseres." ele senta-se no sofa e olha para mim estendendo a mao. Agarro a mesma e ele puxa-me para o seu colo.

"Eu quero. Tu tens razao, tenho que superar isto e seguir em frente. e desculpa por ter falado assim contigo..." baixo a cabeça e brinco com os dedos como que envergonhada.

"Nao precisas de pedir desculpa. Eu percebo." levanta a minha cara e olha para mim. Abraço-o fortemente e ele retribui. Ficamos assim alguns segundos e de seguida levanto-me.

"Vou-me vestir." digo sorrindo. Subo as escadas e dirigo-me ao meu quarto. Pego numa camisola e numas calças e visto-me. Calço os meus velhos e gastos All Star e vou ate a casa de banho. Pentei-o o meu cabelo, ponho um pouco de perfume e estou pronta.

"Niall?" chamo quando desco as escadas.

"Na cozinha." ele responde e eu dirijo-me a cozinha.

"Diz." ele olha para mim.

"Podemos passar pelo hospital primeiro? Queria ver o meu pai primeiro." ponho o telemovel no bolso das calcas.

"Claro que sim. Tudo por ti amor." ele sorri.

"Que querido que tu estas. Mas eu gosto." gozo.

"Vamos?" ele pergunta e pega na minha mao.

Vamos ate ao carro e Niall conduz em direçao ao hospital.

(...)

"Nao achas o meu pai um pouco estranho?" pergunto e ele olha para mim por meros segundos voltando a olhar para a estrada.

"Como assim?" pergunta.

"Parece que ele me esta a esconder alguma coisa." a serio que parece. Cada vez que pergunto se esta tudo bem ele comeca a brincar com os dedos e baixa a cabeça. Eu sei que se passa alguma coisa, eu conheço o meu pai.

"Porque dizes isso?"

"Nada esquece, deve ser so impressao minha." olho para a janela. A noite está clara e quente, as pessoas andam alegremente como se a vida sua maravilhosa. Como se a vida fosse perfeita.

"Queres jantar aonde?" Niall pergunta interrompendo os meus pensamentos.

"Tanto faz."ele estaciona o carro e sai. Faço o mesmo e ponho-me a seu lado entrelaçando os meus dedos nos dele.

"Nando's?" ele sorri.

"Pode ser." sorri-o de volta.

Continuamos a andar em direçao ao restaurante e de repente alguem vem contra mim.

"Desculpa." a sua voz roca, assustadora e familiar.

Mais um capítulo! Gostaram? Quem acham que foi contra ela? u.u
Queria pedir-vos que lessem as minha outras fic's e que votassem e comentassem e todas aquelas coisas que voces sabem ;)
Espero que tenham gostado e nao se esquecam de votar e comentar :)
Love you *-*