Capitulo 5

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Elizabeth: N-não é da sua conta!! - Falou nervosa - Sai do meu quarto!

Eu: Não enquanto você não me explicar isso! - Falei corajosa.

Elizabeth: É-é apenas uma proteção! Vai se arrumar pra voltar para escola!

Eu: Mas o dia de voltar é no Domingo!

Elizabeth:Mas você vai hoje e pronto! Sem perguntas! Uma menina curiosa assim é feio sabia.

Bufei e fui para meu quarto e arrumei minhas coisas com o maior prazer, ficar naquela escola sozinha, bem melhor que ficar aqui!

[...]

Cheguei na escola pensando em tudo que aconteceu, minha tia esconde algo, tenho certeza disso! E eu vou descobrir!

Na escola não tinha muita gente, apenas algumas pessoas que vi pelos corredores, acho que vi apenas umas 3 pessoas, pois todos os outros estão com seus pais, pois eles tem PAIS, tem pessoas que os amam verdadeiramente, pessoas que os repreende quando fazem algo errado, que fazem sua comida e se preocupam com a sua alimentação, que tem aquele abraço apertado e cheio de amor, que cuidam.

E eu não tenho pais, na verdade não tenho ninguém na minha vida que me ame e eu possa amar também, não conheço o amor de pais, nem nenhum outro, não tenho uma mãe para me dar conselhos e nen um pai cuidadoso e ciumento, NÃO TENHO! E nunca vou ter porque meus pais estão mortos! MORTOS!

Quando percebo já tem várias lágrimas escorrendo em meu rosto, volto para o quarto e pego uma lâmina em minha bolsa, vou ao banheiro e começo a cortar meus braços, prefiro sentir essa dor na carne do que a dor que sinto na alma, do que a angústia que sinto, pois dói, e dói muito, o vazio que sinto.

Sai muito sangue de meus braços, lavo e enrolo um pano para parar, ponho um moletom e saio andando pela escola, até que aqui tem lugares bonitinhos...

Vou até a biblioteca e procuro um livro, me interesso por "Cidades de papel", começo a ler e realmente é muito bom, só assim esqueço meus problemas, lendo!

Logo depois volto para o quarto e fico pensando em coisas aleatórias, logo adormeço...

[...]

Acordei com o barulho do sinal, hoje já era segunda, não fiz nada de interessante no domingo, quase a mesma coisa que fiz no dia anterior, logo vejo as cobras já aqui, vou falar com a diretora para me trocar de quarto pois esse está impossível!
Faço minhas higienes matinais e me arrumo.

Estava indo para minha sala, pois já já irá tocar e encontro o Matheus no corredor.

Matheus: Oi Kate!! - Falou todo feliz.

Eu: Oi - Falei forçando um sorriso de lado, logo vejo ele mudando de expressão.

Matheus: Aconteceu alguma coisa? - Falou preocupado e tocou no meu braço, deixo escapar um gemido de dor. - Kate o que tem no seu braço?

Eu: N-nada! - Gaguejei.

Matheus: Kate deixe eu ver!

Eu: Não é nada Matheus!

Logo ele puxa a parte do meu moletom que cobria meu braço e arregala os olhos, puxo meu braço.

Matheus: Kate o que aconteceu? - Falou me olhando sério.

Continua...

O Propósito De Uma VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora