The sun, The moon and The truth

The Kiss

Estava pensando em tudo que aconteceu em menos de uma noite. Eu descobri que sou uma true alpha, e já consigo escutar coisas distantes e os batimentos das pessoas também, e isso é novo pra mim, mas ao mesmo tempo legal.

Um apito soua pelos meus ouvidos fazendo eu levantar do banco assustada.

- Não ouviu? Todos para o campo. - Grita o treinador me olhando. - E vai pegar uma roupa com o Stiliski.

Suspiro e vou em direção a Stiles. Sento do seu lado e ele me olha e sorri, retribui e ele me estendeu uma camisa metade azul e a outra metade laranja.

- Laranja e azul não combinam. - Falo jogando a camiseta pra longe e ele me olha e ri.

- Tudo bem, talvez laranja e azul não seja a melhor combinação. - Fala e eu assento enquanto vestia uma camisa neutra.

- As vezes há outras coisas que parecem não ser uma boa combinação, mais acabam sendo perfeitas juntas. - Fala e eu o olho enquanto ele tentava colocar as suas luvas.

- Como duas pessoas que ninguém imaginaria que ficariam juntas, nunca. - Fala e me olha, normalmente eu conseguia ler seu olhar, mais agora ele estava indecifrável.

- Não, eu entendo. - Falo e sorrio.

- Entende? - Pergunta compreensível

- Eles são fofos. - Digo olhando Liam e Hayden.

- Fofos! - Ele revira os olhos e termina de colocar as luvas.

- Ei, vão por campo a.g.o.r.a. - Fala o treinador junto com seu apito.

[...]

O jogo estava indo bem, até Stiles se desconcentrar olhando pra floresta e um tal de Jackson fazer seu ombro se chocar contra a barriga de Stiles, que caiu no chão. Eu vi que foi de propósito, podia jurar que vi um sorrisinho de Jackson.

Stiles levanta do chão furioso, ele tira seu capacete bruscamente e o joga no chão junto com a luva e sai andando de volta pra escola.

Suspiro e mando um olhar pra Scott de "deixa comigo" ele assente e eu vou atrás de Stiles.

Mas antes eu passo esbarrando em Jackson que me olha, eu viro e começo a andar de costas, mostro o dedo do meio pra ele e viro novamente começando a andar normal.

Entro na escola e vejo Stiles andando em minha direção, assim que me viu, deu as costas e começou a andar pra outro lado. Corro atrás dele e consigo alcançar.

- Stiles. - O chamo e ele me olha. - Por que esta assim?

- Estou nervoso sabe, muito nervoso. - Fala e eu franzi o cenho.

- Por que? - Pergunto me pondo na frente dele fazendo ele parar de andar e me encarar.

- Por que? Você ainda pergunta? Simplesmente por que temos que encarar o benfeitor, que não sabemos nem por onde começar, e tem pessoas morrendo. - Fala dando uma pausa.

- E hoje já é sexta, amanhã teremos que encarar uma coisa que nem sabemos o que é, e nem que fraquesa ela tem.

- Nós vamos conseguir. - Ele nega.

- Não, e se não conseguimos, e se você for levada, e se você morr.... - Ele se interrompe e começa a respirar um pouco fora do normal.

- Stiles? - Chamo e ele começa a tropeça um pouco pro lado.

- Stiles! - Exclamo e ele se vira um pouco e aponta para o banheiro.

- Ta! Ta! - Falo e passo seu braço pelos meus ombros o apoiando em mim.

Abro a porta do banheiro com o pé, e por sorte não tinha ninguém, a chuto e ela fecha.

O banheiro estava meio escuro, metade do cômodo estava sendo iluminado pela luz da rua, fazendo o local ficar com a luz meio laranja.

Tento levar Stiles até a pia, mas ele se joga em um armário e senta no chão ainda com a respiração ofegante, me ajoelho do seu lado já preocupada demais.

- Stiles! Oque esta acontecendo? - Pergunto desesperada e ele para de encarar o chão e me olha.

- At..aque d..e pa..nico - Fala e olha pro chão e eu arregalo os olhos.

- Tabom. - Tento manter a calma. - Pense em coisas boas.

- Ti..po? - Pergunta ainda encarando o chão.

- Gatos, cachorros, família, Amigos. -Termino a frase e ele me olha de olhos arregalados. - Oh, não, amigos não.

(Música: Start of time - Gabrielle Aplin.)

- Respira Stiles, respira. - Falo fazendo carinho em sua bochecha e ele desvia o olhar a meus lábios algumas vezes.

Por impulso fui pra frente e dei um beijo calmo nele, fazendo nossos rostos se levantarem e as famosas borboletas surgirem no meu estomago.

Ficamos alguns segundos assim, até eu sentir sua respiração volta ao normal.

Nos afastamos por falta de ar, ele me olhava confuso, mais com um brilho no olhar.

- Como fez isso? - Perguntou.

- Eu li em um lugar que... - Falo pausadamente. - quando prende a respiração ajuda...

- E quando eu te beijei... - Mordi o lábio a procura de uma resposta. - Você prendeu a respiração.

- Prendi? - Fala ainda confuso.

- Sim... - Falo e ele sorri calmo.

- Obrigada. - Fala e eu sorrio.

- De nada. - Falo e sorrio.