Capítulo 14
1Este é o livro das palavras de retidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao mundo, (18) de acordo com o que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu sonho que eu estava então falando com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na bôca dos homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou, "os quais (são) da eternidade" (Knibb, p. 95).
2Eu entendí com o coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e deu a mim o poder de reprovar os Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3Julgamento passou sobre vós: vosso pedido não vos será atendido.
4De agora em diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará, tanto tempo quanto o mundo existir.
5Mas antes destas coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis, mas eles cairão diante de vós pela espada.
6Nem pedireis por eles, nem por vós mesmos;
7Mas chorareis e suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi.(19)
(19) Mas chorareis... Eu escrevi. Ou, "Assim também, a despeito de vossas lágrimas e orações, não recebereis nada, de tudo o que está contido nos registros que eu tenho escrito" (Charles, p. 80).
8Uma visão então me apareceu.
9Eis que naquela visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos impeliram-me e pressionaram-me
adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu vôo, acelerando meu progresso.
10Eles elevaram-me no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construido com pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual começou a golpear-me com terror.
(20) Chama de fogo vibrante. Literalmente, "uma língua de fogo".
11Nesta chama de fogo vibrante eu entrei;
12E aproximei-me de uma espaçosa habitação, também construida com pedras de cristal. Seus muros também, bem como o pavimento, eram formados com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam queribins de fogo num céu tempestuoso.(21) Uma chama queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente, "e seu céu era água" (Charles, p. 81).
13Violentamente agitado e tremento, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14E ví que lá havia outra habitação mais espaçosa que a primeira, cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrate.
15Tão grandemente superou em todos os pontos, em glória, em magnificiência, em magnitude, que é impossível descrever-vos o esplendor ou a extenção dela.
16Seus pisos eram de fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquamto o telhado exibia um fogo ardente.
17Eu examinei-a atentamente e vi que ela continha um trono exaltado;
18A aparência do qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circumferência assemelhava-se à órbita do sol brilhante; e havia a vóz de um querubim.
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Livro de Enoque
SpiritualEsse livro é um apócrifo, retirado do site: http://www.buscandoluz.org/estudos/133_O%20Livro%20de%20Enoque.pdf ; com Tradução livre para a língua portuguesa por Elson C. Ferreira, Curitiba/Brasil, 2003, podendo conter direitos autorais. Esse livro...