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Já se passou uma semana desde que eu "acordei". Finalmente já consigo andar e já não tenho dores físicas. Eu disse que ia mudar...e bem...eu mudei. Mudei para uma pessoa que não liga a nada. Eu antes resmungava e respondia mal as pessoas mas agora eu apenas não ligo. Nao falo para ninguém é nem sorrio. O Niall raramente vem cá desde que se apercebeu que eu estou assim. Sinto saudades dele. Ele faz-me falta, sem ele as dores voltam.

Já consigo andar finalmente e a fisioterapeuta obriga-me a andar de um lado para o outro e fazer levantamento de pesos para ganhar forças. Mas não sao pesos tipo 30kg! São leves, é só para ganhar forças.

Os médicos e as enfermeiras gostam de ver os meus desenhos e as vezes levam alguns. Isso faz-me rir por dentro mas eles não precisam de saber que eu estou a sorrir.

Eu neste momento estou apenas a  olhar lá para baixo. Há sempre paparazzis la! São erritantes!! E sempre que vem algum dos rapazes cá há uma gritaria que se ouve aqui no 30 andar!

N-posso?

O Niall bate a porta mas não espera por resposta e entra. A sua educação não é a melhor.

T-já entraste.

Ando a cochear até a cama com o gesso a trás e ele rola os olhos.

N-como estas?

T- apenas estou cansada da fisioterapia.

Ele anda até mim e levanta o meu queixo para olhar para ele. Os seus olhos analisam toda a minha cara e eu não me mexo. Ele agora é médico?

N- as marcas passaram.

T-ya.

Viro a cara e sento-me direita.

T-amanhã vou tirar o gesso.

N-fixe. Como é que andas?

T-bem. Está tudo normal agora.

Ele sorri e eu não o que o faz parar de sorrir.

N-vou-me embora.

T-porque?

N-porque não mudas-te e agora es uma seca.

Ele vira costas e eu solto um suspiro. Se ele, sair por aquela porta tudo acaba. Ele consegue sempre partir às paredes que tanto me custaram construir para me proteger. Se ele as partir por completo vai ter que ser ele a proteger-me.

Eu levanto-me e o mais depressa que consigo viro-o para mim e beijo-o. Ele agarra a minha cintura e eu aperto-o contra mim. Desta vez o beijo vai mais longe quando ele pede para entrar na minha boca. Eu ando de vagar para trás atrapalhada com o gesso mas com a sua ajuda disfarçada ajudá-me a chegar a cama.

T-tu disseste que isto era um erro.

Eu disse contra a camisola dele e ouço o seu riso.

N-tu também o disseste.

T- mas eu sou eu.

N-e eu sou eu.

T-fixe somos nos próprios.

Ele ri e eu afasto-me para olhar para ele.

T- tu gostas da Bárbara?

Pergunto mais una vez sem pensar e ele muda para uma expressão mais séria.

N-não.

Ele larga-se de mim e senta-se ao meu lado.

T-então porque namoram?

N- porque....não posso acabar com ela. O teu...o Paul matava-me e...

Eu começo a rir e ele para.

Alive (Niall)Onde histórias criam vida. Descubra agora