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O Niall está deitado na minha "cama" a olhar literalmente para as estrelas que estão no teto e o gato sem nome está deitado ao lado dele.

-A tua casa é fixe.

Ele comenta quando me vê encostada à ombreira da porta.

-Eu sempre quis ter uma casa para desenhar as paredes. Mas esta casa não é minha por isso limito-me a pintar nas folhas e depois a por nas paredes.

-Podias pintas as paredes da minha casa...

-Pois...a tua casa! Eu queria ter a MINHA casa.

Ele não responde e eu aproximo-me do colchão e sento-me.

-E nós?  Vai haver um nós?

Ele pergunta e eu dou com os ombros.

-Não sei.

-Vá lá...eu sei que ainda gostas de mim. Ignora os outros por favor.

-Niall! Não vai resultar.

Eu afasto-me do seu toque e deito-me no sentido diferente do dele.

-Não gostas de mim?

-Fodasse! Gosto! Gosto de mais!

Volto a sentar-me e fico frente a frente com ele.

- Então fazemos assim...nós não namoramos. Tu tens a tua casa...eu tenho a minha...vamos ser tipo...parceiros de crime ou amigos coloridos. Estas a ver onde quero chegar?

A ideia agrada-me...não somos nada um ao outro mas não perdemos o contacto um com o outro.

-Agrada-me. Mas quanto tempo vai demorar até toda a gente descobrir?

Eu testo o quanto ele quer estar comigo.

-Não sei... Depende do quanto descritos nós conseguimos ser. Parceira.

Ele faz aquele sorriso perverso e pisca o olho e eu logo faço um também.  As ideias que me estão a passar pela cabeça são tão...saudáveis?

-Ok. Parceiro.

Eu sorri de maneira a fazê-lo perceber o que eu quero e acho que consegui. Porque os seus lábios colam-se rapidamente aos meus e a sua habel língua invade a minha boca.

***

Estaciono o carro em frente aos estúdios e saío em direção ao edifício. Hoje voltei à velha Jessy sendo uma nova pessoa.

O barulho dos saltos fazem-me sorrir por dentro e está a dar-me vontade de me apresentar alguém. Do tipo... Olá! Eu sou a Jessy. E tenho 18 anos.

Ontem tive a melhor festa de anos de sempre com o meu parceiro e com o meu novo bicho que ainda não tem nome. Acho que lhe vou chamar de bicho. Acho que é original...

Entro no meu atelier e todos ficam a olhar para mim. Não apareço aqui à uns dias...

-Oi.

Eu digo quando me sento na cadeira fofa a trás da secretária desarrumada por papeis e restos de ecidos.

Não venho aqui uns dias e isto fica uma corte!

-As roupas já foram produzidas.

Alguém que agora não me lembro o nome avisa  e eu bato palmas. Boa...mas também eram só umas calças e uma camisa.

-Ok. Podem ir para casa. Hoje não há trabalho!

Eu digo alto para todos ouvirem e logo o barulho das máquinas para.

-e não quero ouvir mais nada.

Aos poucos eles desaparecem e fico sozinha.

Não quero barulho. Apenas quero acabar estes protótipos e ir embora! Tento pegar num simples lápis mas mesmo isso faz-me confusão.

Mas que raio é que se passou ontem?! Aquilo foi tão estranho!!

Do nada eu e o Niall somos parceiros de crime? Como é que isso aconteceu?

Tipo.. Ele chegou do nada, salva-me daquele pssicopata e numa manhã viramos parceiros de crime sem sentimentos? Porque é que a minha vida tem de ser sempre a mesma confusão que nem eu própria a percebo?

E o pior disto tudo é que eu gostei! Eu gosto sempre! Mas um dia isto vai acabar e eu sei que sou a única que vou sair magoada! A nossa história devia de ter sido esquecida! Não do nada voltar!!

Eu já nem consigo pensar!

Levanto-me e saío do atelier.

Segundo aquilo que o Niall me disse ele hoje não tem nada. Por isso...a casa dele parece-me um ótimo sitio para pensar, mais precisamente na sua cama..

Saio dos estúdios e entro no carro. Nem quero saber se não trabalhei hoje!

  Acendo um cigarro e a sensação de liberdade volta, liberdade ou não...ainda não cheguei a uma conclusão...o que interessa é que eu gosto mesmo disto.

Ando em direção ao meu carro e espero até ao cigarro acabar.

Adoro esta sensação...

Quando infelizmente acaba ligo o carro e abandono no meu local de trabalho meia hora depois de ter chegado. Se o meu patrão não fosse quem é o meu trabalho era de sonho!

No fundo da estrada vejo um carro da polícia e logo a minha memória relembra-me de à uns tempos passar aqui e estar um carro no mesmo sitio. Será que nesta zona tem sempre polícia?

Obrigam-me a parar e eu obedeço.

Abro a janela e a cara do homem dá-me vontade de vomitar.

-saía do carro.

Ele diz sem mais nem menos. E aquela cena dos documentos? Estive assim tanto tempo sem sair de casa e agora as leis mudaram?

-Por favor acompanhe-me.

Ele agarra-me no braço e leva-me até à beira do carro.

Mas que raio? Eu não fiz nada de mal. Mas mesmo assim não luto contra ele.

-Como é que se chama?

Ele pergunta e eu abro a boca para falar mas alguma coisa me bate na cabeça. Uma dor gelada evade o meu corpo e toda a minha visão ficou com faíscas. Em questão de segundos essa dor multiplica-se mas todo o meu corpo perde os sentidos e cai no chão.

####

E acabou.... Não sei quando é que vou começar a postar a segunda temporada.

Escrever esta fic foi mesmo muito fixe e tenho pena que os primeiros capítulos não estejam tão bons como os últimos mas a minha escrita vai melhorar e muito na segunda temporada!!!

Eu estou muito feliz porque consegui acabar a primeira e que vocês tenham gostado!

Votem e comentem...(pelo menos no último capítulo)

Alive (Niall)Onde histórias criam vida. Descubra agora