Capítulo III

22 3 0
                                    


- Ouviste sobre os "3 irmãos"? Parece que dois deles morreram... – Pergunta um homem, sentado numa mesa no canto direito do bar, com bastantes garrafas de cerveja em cima da mesma

- Sim, eu ouvi ...Parece que eles afinal são bastante fracos *Risos altos*. Pode ser que as nossas famílias obtenham o poder total da máfia agora. – Responde outro homem ao seu lado, que aparenta estar bêbado, tal como o anterior.

- É obvio, sem dois deles as nossas famílias vão passar a mandar nisto tudo *Risos* - Diz o homem de antes

Tch...Eu poderia matá-los a qualquer momento...Eles são apenas mais uns humanos inúteis. Mas é melhor não, não quero ter problemas com as famílias mais pequena da máfia, nós temos um acordo com eles...

- Senhor... Senhor? – Diz o empregado de mesa, o qual eu não vi por estar destraído e que estava bem à minha frente – Deseja algo?

- S-Sim, peço desculpa. Quero um Martini com limão e um pouco de gelo, por favor. – Respondo, fazendo, discretamente, um sinal com a mão.

- Muito bem, siga-me, por favor. – Responde o empregado de mesa

O sinal que eu fiz na verdade é um código utilizado pelos membros dos Três Irmãos quando há problemas (Ainda para mais que o bar nem sequer vende outras bebidas alcoólicas sem ser cerveja). O atendente leva-me até à dispensa, onde puxa uma alavanca escondida atrás de um armário e abre uma passagem para um pequeno corredor.

- Tenha um bom dia, Sr. Yarui. – Diz o empregado de mesa, fechando a passagem depois de eu entrar.

Esta passagem levaria-me até à sede da polícia, a qual está também sob o nosso controlo e nos ajuda na limpeza de corpos e na obtenção de informações. Vou até ao fim do corredor, abrindo a porta que lá está e entrando na sede.

- Ora, ora, se não é o Yarui. – Diz Akatsu, o polícia que normalmente me ajuda – Tens aqui o que me pediste antes.

Ele entrega-me uma capa com as identidades de quatro dos cinco membros do grupo (Faltando apenas o de Rank S+), para além de algumas informações sobre o seu estilo de luta e armas.

- Isso foi tudo o que eu consegui arranjar, miúdo. Desta vez não vou cobrar, já que é pouca coisa. – Diz Akatsu

- Obrigado, mesmo que seja pouca informação era mesmo disto que eu precisava. – Digo, um pouco desapontado

- Eu vou continuar a investigar, se encontrar mais alguma coisa ligo-te. – Diz Akatsu

- Muito obrigado, Sr. Akatsu. – Respondo

Nós já nos conhecemos à muito tempo, ele cuidou de mim praticamente desde o meu nascimento, quando fui abandonado pelos meus pais por ser um tatuado. Basicamente ele é como um pai para mim.

Viro as costas, despedindo-me de Akatsu de seguida.

- Hey, espera Yarui, há mais uma coisa. – Diz ele, puxando-me para o seu lado

- A polícia? – Pergunto, sussurando, com um tom sério

- *Risos* A tua intuição continua muito boa...Eles estão a organizar uma revolução contra o sistema dos Irmãos...Pode bem resultar numa guerra nas ruas. Eu vou ser obrigado a participar, mas quando chegar a hora vou estar do teu lado. – Responde Akatsu, também sussurrando

- Mantenha-me informado sobre isso por favor, Sr. Akatsu – Digo, colocando a minha mão no seu ombro e indo embora da sede, utilizando a entrada principal

Como a capa que ele me deu é bastante pequena, eu simplesmente guardo-a dentro de um dos bolsos do meu casaco e, após isso, sigo para o centro da cidade para comprar comida, já que não como nada desde ontem. Após chegar ao mesmo, caminho durante cerca de cinco minutos, até chegar a um restaurante local.

- Seja bem vindo. – Diz a empregada de mesa – Vai desejar algo?

- Sim...Quero o menu do dia, por favor. – Respondo, sentando-me num dos bancos que estão disponiveis em frente ao balcão.

- Muito bem, espere só um pouco. – Responde ela, entrando na cozinha

Eu vou precisar de melhorar as minhas habilidades...Talvez aquele seja o único sítio que eu possa ir. Já não vou lá desde os meus cinco anos *Risos*. Vou puder matá-los a todos de novo...

- Que tal eu pagar-te uma bebida? – Pergunta um homem velho, aparentemente bêbado, que está sentado ao meu lado

Sch...Outro bêbado...

- Vá lá, não sejas tímido – Diz ele, colocando a sua mão sobre o meu ombro – Senhora, uma bebida aqui para o rapaz!

- Já vai! – Grita a empregada de mesa de antes

- Tu pareces bastante forte...És um assassino ou assim? – Pergunta o homem, começando-se a rir

- Algo do género... – Respondo, com desprezo

- Ah...Achei estranho por não teres aquele pingente que todos os assassinos usam, mas isso não interessa, bebe lá, vamos celebrar! – Grita ele

É verdade...eu nunca fiz o exame de admissão de assassinos...Talvez vá lá hoje, é uma boa oportunidade para perceber qual é a minha força atual.

Após comer a minha refeição e pagá-la, saio do restaurante e sigo para o Centro de Assassinos, o lugar onde os assassinos e mercenários podem obter o seu pingente de rank e acessar às suas missões e contas bancárias. Entro e espero pela minha vez numa pequena fila, a qual é apenas constituída por três pessoas além de mim.

- Boa tarde. Deseja fazer o teste? – Pergunta o atendente

- Sim – Respondo

- Então preencha este formulário e siga para a sala à sua esquerda, por favor. – Diz ele

Faço o que ele disse, entrando na tal sala. Dentro dela estão muitas pessoas, tanto homens como mulheres, todos com olhares "mortos". Eles devem ser pessoas de fora...De certeza que viram alguém importante para eles morrer e decidiram virar assassinos já que é o melhor sustento por aqui... *Risos* Que inúteis...

Porém, ao fundo da sala, estão quatro pessoas cujos olhos não expressam isso...eles expressam determinação, vingança e vontade de matar qualquer um que apareça no seu caminho...

- *Risos* Interessante...Muito interessante – Sussurro, esboçando um grande e psicótico sorriso, que escondo deles colocando o meu braço à frente

- Vamos dar inicio ao exame de admissão de assassinos. – Diz um homem que acaba de entrar na sala e que aparenta ser um dos organizadores do exame – A primeira fase irá ser de eliminatórias e vai fazer com que apenas seis pessoas passem para a segunda. Podem usar qualquer arma que tiverem, desde que matem os vossos oponentes sem nenhuma hesitação. Têm um minuto para se prepararem.

Logo após ele dizer isso, todos os que estavam sentados no chão levantam-se, pegando em facas, pistolas e até katanas que trazem consigo. Como esses inúteis não me interessam, eu sento-me e começo a olhar para aqueles quatro no fundo. Eles, tal como eu, não reagem, ficando totalmente calmos à espera que o exame comece.

- Muito bem...Podem começar! – Grita o homem de antes, saindo rapidamente da sala.

Todos começam a lutar uns contra os outros, começando-se a ver sangue a espalhar-se por toda a parte e corpos mortos a caírem....*Risos* Que bela visão. Porém, nós os cinco continuamos sentados.

- A TUA CABEÇA É MINHA! – Grita um homem bastante alto (com cerca de 2 metros), vindo em minha direção com uma enorme faca

No momento em que ele tenta cortar a minha cabeça, eu pego na baínha da minha katana, que estava presa ao meu cinto, e retiro apenas cerca de 10 cm da mesma de dentro da baínha, cortando ao meio a faca que dele.

- Desaparece, humano imundo... - Digo, levantando-me a uma grande velocidade e usando apenas a minha mão direita para lhe transferir um golpe no peito e arrancar o seu coração, fazendo o seu corpo, já morto, cair naquele chão gelado.

- Quem é o próximo? – Pergunto, bem mais alto do que eu queria, sorrindo psicopáticamente.

O Terceiro Irmão (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora