Capítulo 3

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Solange chegou a sua casa exausta, porém muito satisfeita. Antes de terminar a faxina e ir embora, a senhora Flores havia chegado repentinamente ao apartamento, pois havia informado que não viria mais naquele dia e a surpreendeu perguntado se Solange aceitaria fazer um teste de trinta dias, mas em dias alternados. Sol aceitou efusivamente as condições propostas e prometeu fazer o seu melhor para permanecer no emprego.

No final das contas o seu dia foi muito proveitoso porque antes que o dia terminasse, ela ainda recebeu uma ligação do hospital informando que seus exames haviam sido marcados para a semana seguinte, exatamente no dia de sua folga. Ao abrir a porta e adentrar em sua casa, Sol foi logo colocar comida para seu querido e amado peixinho, bingo.

-Oh meu amorzinho..., a mamãe deixou você aqui sozinho o dia todo, foi? Bingo olhou para ela e a desprezou com uma sacudida orgulhosa de sua minúscula cauda. Sol sorriu com ar sonhador. -Eu consegui um emprego hoje, mas ainda não é garantido, porém vou me esforçar bastante para que o meu patrão não queira me dispensar. Solange suspirou fazendo bico. -Oh bingo..., torce por mim tá?

Duas semanas depois, Sol ainda não havia conhecido o misterioso dono do apartamento em que trabalhava, pois tudo o que precisava para agilizar seus serviços, ela se comunicava com a senhora Flores, a assistente dele.

Naquele dia, Sol estava em cima de uma escada limpando e espanando os armários da cozinha quando foi bruscamente interrompida por um barulho que ouviu. Ela parou o que fazia, baixou o som do pequeno rádio portátil que encontrou na dispensa e escutou um pouco tentando identificar o que teria causado o barulho. Ficou parada por um tempo, mas então sacudiu a cabeça a fim de espantar seus medos. Aquele apartamento era tão silencioso que algumas vezes dava até para ouvir o barulho de uma agulha caindo no chão.

-Ai Sol, você é muito boba! Sussurrou com um sorriso voltando a espanar dentro do armário.

-Quem é você? Uma voz grossa e zangada perguntou impaciente fazendo com que Sol gelasse e com um grito assustado perdesse o equilíbrio e despencasse escada abaixo direto em braços quentes e fortes. Ela fechou os olhos com força e com a respiração entrecortada ouviu os batimentos cardíacos dentro de um peito quente a aconchegante do qual estranhamente não queria sair nunca mais.

-E então moça? Quem é você e o que faz aqui? Insistiu com rispidez colocando-a bruscamente de pé.

-E... eu trabalho aqui. Gaguejou nervosa.

-Você? Mais parece uma garotinha. O estranho a olhou com estranheza.

-Tenho vinte e dois anos quase vinte e três. Estufou o peito e falou com orgulho.

-Nossa como é velha. Retrucou erguendo as sobrancelhas com cinismo. Seu olhar passeou com insolência pelas pernas descobertas de Solange e ela desejou está usado uma roupa mais folgada de que seu velho e surrado shortinho apertado que já havia visto dias melhores e a camiseta sem mangas por causa do intenso calor. -Então você é a faxineira?

-S...sim!

-Ótimo. Limpe a bagunça que está na sala. Ordenou com arrogância abrindo a porta da geladeira e pegando uma garrafa com água e bebendo direto do gargalo.

Sol ficou olhando boquiaberta tanta arrogância em uma única pessoa. Será que aquele era o seu patrão? Mas fugia de todas as características que havia imaginado. Alto, rosto anguloso e os olhos mais lindos que já vira em sua vida.

-Qual é moça, vai ficar apenas me olhando? Indagou cheio de azedume.

Solange ficou imediatamente rubra de vergonha. Reuniu toda a paciência de que era capaz e cruzou os braços tentando parecer mais segura do que realmente estava para retrucar com insolência.

Grávida por engano(DEGUSTAÇÃO)Disponível na AmazonOnde histórias criam vida. Descubra agora