- Residência da senhorita Andy, com quem eu falo?
Isso nunca perde a graça:
- Me ajuda, vei. O João acabou de me convidar pra ir na casa dele pra jantar! - digo na maior empolgação do mundo.
- Como assim? - ela responde gritando extremamente curiosa - Ele te convidou pra ir na casa dele?
Paro pra pensar um pouco, e percebo que ela acabou de repetir o que eu falei:
- Foi isso que eu disse, não? - falo confuso.
- Não preciso nem dizer quem vai ser o prato principal, né? - ela fala na maior safadeza pra mim.
Nossa conversa se estendeu um pouco. Contei tudo pra ela de como cheguei até esse convite inesperado do João.
Gargalhamos um pouco juntos, e no final chegamos em um consenso de como eu iria. Nada muito arrumado pois eu iria para a casa dele, ou seja: algo despojado, porém bonitinho.
•••
Já estava com as roupas em minha cama, todas bem passadas e perfumadas do jeito que eu gosto. Tenho que tomar um banho, pois já está quase na hora.
Andy me ajudou muito, sem ela eu nem sei o que eu iria usar. Ela me recomendou ir com uma roupa mais casual, nada muito elegante, mas também não deixando de ir arrumadinho.
Estava usando uma blusa vermelha que ganhei um tempo atrás da minha mãe, uma bermuda preta e meus quase inseparáveis acessórios, como meus anéis, relógio e cordão.
Vou em direção ao banheiro. Entrando, me olho no espelho por uns segundos, observo meu rosto com cuidado. Chego mais perto e vejo que estou com um pouco de olheiras, algumas marcas de espinha, mas nada que um pouquinho de base não resolva.
Vou em direção ao box do banheiro e entro, ligando a água logo de cara, tenho que ser rápido:
- Ai, que gelo! - grito ao sentir a água fria no meu corpo - Você faz de propósito, né? - pergunto pro chuveiro, mesmo sabendo que ele não me responderia.
Mudo para o modo inverno, e a partir daí a água começa a cair mais quentinha. Sinto essa sensação maravilhosa que é estar debaixo do chuveiro, pra mim não tem momento mais relaxante durante o dia.
Ainda estou meio confuso com o João, estamos nos conhecendo ainda mas está sendo tudo um pouco adiantado ao meu ponto de vista.
"Mas quem disse quem tudo tem que vir de um jeito difícil?" - pergunto a mim mesmo.
Parando pra pensar até que faz sentido: crescemos com essa ideia de que tudo tem que vim com dificuldade, com muita "ralação", e batalha que esquecemos que algumas coisas podem vim de forma mais tranquila.
Acelera esse banho, Bruno!
E é exatamente isso o que eu faço: uso o sabonete e o shampoo ao mesmo tempo, preciso ser rápido. Depois uso o condicionador, óleo corporal, uso a gilete e fico lisinho do jeito que me sinto o mais confortável possível.
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Meu Bad Boy (Romance gay)
RomanceBruno e João se conhecem por acaso em uma pequena loja da cidade em que vivem, como se o universo empurrasse um para perto do outro. O que os aguarda nessa jornada de amor e aventuras?