O Assustador e Doentio Livro de Histórias de Terror

Me chamou?

Marcelo era um cara marrento, bem forte e fazia questão de mostrar o quanto deixando seus músculos a mostra quando usava camiseta regata ou até mesmo saía sem camisa. Morava com sua família, mulher e um casal de filhos em uma cidade boa de viver, tinha um bom emprego e boa vida. Mesmo assim insistia em dizer que tinha problemas demais, e a cada mísero problema, soltava o mesmo palavrão. Uma palavra forte, que muitas pessoas temem dizer o nome desta criatura.

A mulher de Marcelo insistia para que ele parasse de falar o tal nome, porém o homem continuava sem medo, e se defendia dizendo que só com palavrões que a raiva passava.

E foi exatamente por esta questão que o seguinte caso aconteceu com Marcelo, e sua força não ajudou a evitar.

Marcelo teve que ir até uma cidade vizinha para uma reunião da empresa onde trabalhava. Como a reunião demorou, alguns dos acionistas ficaram em hotéis na própria cidade, mas Marcelo não quis deixar a sua família a esperar. Então pegou estrada por volta das Três da manhã e rumou para sua cidade.

A estrada estava deserta, mais escura que de costume e cheia de neblina, e um vento gélido fazia jus ao local. Marcelo passou por uma ponte antiga, cujo esta, segundo a população, era amaldiçoada, segundo a lenda da ponte, uma garota havia se enforcado naquele local e sua alma havia ficado presa ao local, perturbando os caminhoneiros que passavam naquele local no horário de sua morte.

Marcelo sentiu um frio na espinha, mas pensou consigo que era forte e que nunca havia dado liga para estas historias, lendas urbanas e outras coisas do tipo. Mesmo assim, ficou um pouco impressionado, olhou para o céu e visualizou a lua cheia e foi neste momento que ouviu um estouro e o seu automóvel começou a ser puxado de leve para o lado esquerdo, e então percebeu que o pneu do seu carro havia estourado.

 seu carro no acostamento da via, ligou o farol e com um pouco cismado desceu do veículo, foi até ao porta-malas para apanhar o pneu step, então sentiu um frio anormal e a neblina encobriu tudo, nem mesmo o farol conseguia abrir visão no meio de tanta fumaça. Então algo muito estranho aconteceu, Marcelo ouviu um barulho de pneu murchando, com raiva foi até o outro pneu traseiro, e então soltou o habitual palavrão.

Uma luz forte seguida de um ronco de motor de carro invadiu o local, e Marcelo pôde notar que era um carro e pensou: "Que sorte encontrar uma carona agora".

Marcelo foi até a janela do carro que havia parado e pediu ajuda, o motorista do carro aceno positivo, mostrando que o ajudaria, seu rosto estava escondido na penumbra e usava um chapéu contribuindo para que Marcelo não visualizasse seu rosto.

Um pouco desconfiado do motorista, mas como era um carro caro, e o motorista parecia ter muito dinheiro, Marcelo desencanou e chamou um resgate para seu carro e em seguida foi até o carro do recém chegado entrou e em seguida o motorista arrancou.

Um pouco a frente, o motorista começou a acelerar o carro, e em alta velocidade o carro ia pela pista:

- O que é isto? – Perguntou Marcelo preocupado

– Está fugindo da polícia?

E o homem nada respondia, apenas aumentava a velocidade, o carro já estava quase levantando vôo de tão veloz, e Marcelo fritou:

- Para este... – E disse mais uma vez o nome do demônio, era seu palavrão padrão – Que eu quero descer!

Foi neste momento que o motorista contorceu seu rosto num sorriso maldoso e disse:

- Faz tempo que você me chama! Faz tempo que você vem me chamando! Agora eu vim, e vou te levar comigo para o inferno!

Então o motorista misterioso girou o volante do carro com violência e jogou seu carro num precipício do lado esquerdo da pista, e foi ali que encontraram o corpo de Marcelo no dia seguinte. Na sua testa estava tatuado um numero diabólico, e em seu pulso o palavrão que ele tanto falava, e o nome que ele tanto chamava...