Olá meu nome é Alice, meus pais colocaram esse nome por ter uma origem nas versões francesas e pelo significado de qualidade nobre. Muitos me chamam de Licinha e sinceramente eu odeio que me chamem assim, ECA que coisa de criança.
Eu tenho 19 anos, moro em um sobrado bem velho com a minha mãe Valentina e meu irmão Emanuel.
Meus dias são resumidos em: estudar, trabalhar e cuidar da minha mãe que está doente e não pode se esforçar tanto pelo fato de ter muitas dores por causa do tumor.
Na parte de cedo minha tia ajudava a minha mãe enquanto eu e meu irmão vamos para a faculdade, na parte de tarde meu irmão fica com a minha mãe enquanto eu tenho que ir trabalhar e enfim de noite eu que fico com ela. Eu não sabia a muito tempo o que era ter uma noite bem dormida, eu tinha medo de dormir e acontecer algo com a minha querida mãe..
Minha vida também se baseia em estudar e sofrer bullying naquela maldita faculdade.
Eu sempre fui aquela garota inteligente, tinha duas amigas que eram as famosas gostosas para os garotos, uma se chamava Alana era uma loira de olhos verdes, tinha seu corpo super definido, peitos maravilhosos e um bumbum maravilhoso. A outra se chamava Laura ela era uma morena com olhos azuis e um cabelo super cacheado que dava inveja em qualquer um, também tinha um corpo espetacular para a sociedade. E finalmente eu Alice que era a menina magra que não tinha um cabelo nada bom e nem uma pele perfeita que nem as minhas amigas.
Olha eu nunca fui de me importar com a opinião dos outros, o que me importava era como eu me sentia, eu sabia que várias pessoas falavam mal do meu corpo, do meu cabelo, eu sabia que eu era zuada por eles principalmente pelo grupo do Henrique um garoto maravilhoso para as garotas, eu não achava tudo aquilo mas tudo bem. Henrique era um garoto que usava roupas de marcas, tinha um estilo legal, usava jaquetas de couro e perfumes que cheiravam de longe, seus cabelos eram maravilhosos e ficava ainda mais lindo quando mexia com eles, seu sorriso? Impactante. Sua família era muito respeitada seu pai Bernardo era muito respeitado por ser um advogado famoso, e sua mãe Ester era uma arquiteta bem conhecida. Sinceramente Henrique era até que bonitinho mas muito mal educado e eu o odiava por ele ser assim. Ainda mais quando falava coisa horríveis quando eu passava perto dos seus amigos: junior e Pedro.
Eram lindos também e tinham uma família poderosa. Henrique andava com eles e fazia sucesso com as garotas, eles poderiam ter as garotas que quisessem porque maioria caia de joelhos perante eles.
O que eu acho disso tudo? Ridículo!
Eu e Henrique somos os mais inteligentes da sala, mas depois de un tempo percebi que Henrique mudou, suas notas diminuíram e estava tendo varias reclamações do seu comportamento. Parecia que ele agora ligava mais no jogo de jats até porque ele se tornou um dos melhores desse jogo.
Eu não estava nem ai para ele, o que importava era se eu estava indo bem e como andavam as minhas notas, o meu objetivo era ser uma grande escritora para que meu livro fosse um sucesso e eu ganhasse muito dinheiro.
Claro que eu adorava no que eu trabalhava mas é sempre bom sonhar.
Alice:
acordei hoje bem cedo para me arrumar e ir para a faculdade. Fui direto para um banho bem quente. Quando terminei coloquei o meu roupão e fui até a cozinha pegar uma maçã, enquanto eu mastigava aquela doce maçã meu irmão se arrumava também. Subi as escadas que deram até o quarto da minha mãe, quando cheguei no quarto dela lá estava ela sentada na beira da cama tomando um copo de água. Eu fiquei muito feliz pois vi que ela estava melhor e sem dor naquela manhã. Fui até ela e sentei pertinho pegando em seus cabelos finos, longos e castanhos. Enquanto eu passava meus dedos em seus poucos cabelos ela encostou o copo de água em uma mesa e me olhou e deu um sorriso, aquele sorriso me alegrou muito, depois de tanto tempo eu vi a minha mãe sorrir novamente como antes.
Peguei na sua mão que estava bem quente e olhei para seus olhos verdes que estavam brilhando
-Mãe a senhora esta bem? Quer alguma coisa? Emanuel esta preparando um delicioso café da manhã para a senhora.
- Alice minha filha eu estou bem querida, não se preocupe -ela me diz com um sorriso maravilhoso em seu rosto.
Ainda mais fiquei alegre pois vi que ela estava falando a verdade em relação de estar bem.
Emanuel meu irmão chegou no quarto com uma bandeja que trazia seus remédios um copo de água e umas torradas com um suco de laranja natural. Colocou na sua mesa e a minha mãe começou a comer e beber o suco com muita vontade.
Depois de termos aquela surpresa dela estar melhor saímos de casa para ir até o ponto de ônibus onde passaria e levaria todos até a faculdade. No entanto quando eu e meu irmão estávamos entrando no ônibus avistei Henrique e fiquei surpresa pois ele sempre ia com o seu carro para a faculdade, então por que ele estava ali naquele ônibus? Que loucura!
Meu irmão saiu correndo até atrás do ônibus para sentar com seus amigos que eram muito loucos, digo isso pois quando eles se juntam só dão risada de tudo. Infelizmente aquele ônibus estava cheio e não encontrei nenhum lugar se quer e só no lado de Henrique, pensei em não sentar mas eu estava com muita dor nas pernas e mesmo não querendo eu fui até perto daquele banco onde ele estava, parei do lado e não me sentei. Eu vi que ele me olhou da cabeça aos pés e retirou a mochila, até parece que ele estava me esperando para que eu sentasse naquele lugar.
-Você não vai sentar? -ele perguntou
-obrigada por retirar a mochila- respondi me sentando do seu lado com muita vergonha.
Eu não entendi porque estava com vergonha. Olhei para ele com a minha boca entre aberta enquanto ele estava olhando para fora da janela do ônibus.
-Você é a Alice? -perguntou revirando seu rosto para me olhar.
-sim, sou eu -respondi
Ele sorriu para mim e encarou o chão do ônibus, eu também sorri e abaixei a minha cabeça.
Henrique
Alice deve estar se perguntando por que é que estou esse ônibus, mal sabe ela que meu carro estragou e fiquei com preguiça de ir andando até a faculdade. Quando avistei ela entrando no ônibus com seu irmão me deu um sentimento de alegria, eu não sei porque senti aquilo, mas foi bom. Eu não sabia o que falar com ela quando se sentou do meu lado, minhas palavras não saiam quando eu vi que Alice estava ali sentada naquele banco com uma calça azul e uma camiseta preta, com sua mala na sua perna e seu cabelo presso feito um coque com alguns fios soltos que estavam em volta da sua orelha. Foi a primeira vez que fiquei bem perto dela e pude ver que ela era bonita, seus olhos verdes, sua pele bem branca e sua boca rosada entre aberta me fez sentir uma vontade de a beijar.
Chega Henrique o que você esta pensando? Você mal terminou com a sua namorada super gostosa, com peitos e bumbum enormes. Por que você esta pensando em beijar a Alice?
Em uma hora eu e ela fomos perguntar um ao outro mas as duas perguntas saíram juntas e não entendemos nada.
-Pode falar você primeiro Alice- eu disse.
- está bem, eu ia perguntar por que você está aqui nesse ônibus indo para a faculdade? -Alice pergunta.
- infelizmente meu carro estragou e tive que levar no conserto, opa meu pai vai levar. -falei dando um sorriso forçado.
-entendi! - Alice diz desviando o olhar de mim para encarar o chão do ônibus. - e qual é a sua pergunta mesmo?
Quando eu fui falar o ônibus parou na frente da faculdade. Muitas pessoas estavam se empurrando e descendo o mais rápido possível, eu não estava acostumado com isso.
Alice desceu antes de mim e estava andando bem rápido até a nossa sala, eu corri atrás dela colocando a minha mão no seu ombro, ela se assustou e parou imediatamente.
As pessoas nós olharam com uma cara estranha, acho que por causa de eu estar com uma garota nada popular.
-Alice você volta de ônibus? -perguntei sem jeito.
-sim, por que?
- eu vou com você pode ser? - perguntei colocando minha mão no pescoço.
-por mim pode ser- ela respondeu com um sorriso e se retirou de perto de mim indo até a nossa sala.
Antes de eu ir também meu amigo Pedro chegou batendo atrás das minhas costas e com um sorriso malicioso. Eu não entendi e resolvi ir para a sala também.
Achei um lugar atrás de Alice e me sentei. Ela era tão organizada e perfeccionista. Ela era incrível.
Alice
Eu estranhei ele ter sentado atrás de mim até porque ele nunca fez isso. Eu me sentei reta na minha cadeira enquanto escrevia algumas coisa que o professor passava na lousa. Enfim quando terminei de copiar, meu caderno estava completo com a matéria do professor Feliciano.
Coloquei minhas mãos na minha perna limpando aquelas coisinhas da borracha e quando vi Pedro estava me chamando. Oi? O Pedro me chamando? O que sera que ele quer?
-Alice, Alice? -Pedro me chamava com um certo desespero.
- o que foi? -perguntei revirando minha cabeça para o velo.
-se o júnior descobrir que vocês estão vindo juntos para a faculdade não vai dar boas pro lado de vocês -ele fala abanando suas mãos ao ar.
Fiz uma cara de irritada e logo disse:
-ele só veio comigo hoje e nós não vamos continuar indo e vindo para a faculdade juntos, entendeu Pedro? - falei com uma voz mais alterada.
De repente vi que Pedro olhou para o lado e abaixou a cabeça com uma certa preocupação quando olhei para ver quem era que estava ali me deparei com Junior que estava parado se segurando na minha carteira, ele me encarava. Eu o fiquei o olhando e pensando que Henrique podia aparecer logo naquela hora.
- quer dizer que o Henrique veio com essa daí? Um pedaço de palito? - júnior disse cruzando seus braços.
Eu abaixei a cabeça e senti que um calor tomava o meu rosto, eu Fechei meus olhos e senti uma lágrima que desceu no meu rosto. Para júnior incomodava muito eu e Henrique ser amigos ou simplesmente vim até a faculdade.
-É Alice você não vai andar com o Henrique, pelo menos para não envergonhar o meu grupo, até porque lá só tem meninas gostosas e bonitas, e você?- ele da uma risada de deboche- você é só mais uma feia que ninguém quer como amiga. -Junior diz.
O sinal tocou para que todos fossem para casa, aquelas 5 aulas foram as piores, as palavras de júnior me magoaram muito e uma certa tristeza me dominou.
Eu fui até o ponto de ônibus com o meu irmão que definitivamente não estava nem ai com as coisas.
Do nada surgiu um carro buzinando e acenando para Emanuel.
- onde você pensa que vai? - perguntei brava
-eu vou com os meus amigos até a casa da minha namorada - ele falou com um tom de deboche- foi mal Maninha
O que? Meu irmão namorando? Enquanto eu terminei meu namoro e nunca mais soube o que é ter um ficante ou namorado a tempo. Eu olhei para o carro que havia três meninas no banco de trás e dois caras sentados no banco da frente. Ele saiu de perto de mim e foi entrando no carro e eu gritei:
-espera e a nossa mãe? Você tem que ficar com ela depois da faculdade- falei movendo meu cabelo de atrás da minha orelha.
Estava um vento forte aquele dia.
Ele me olhou e gritou já dentro do carro:
-a nossa mãe já esta bem melhor.
Ele deu um tchauzinho e logo o carro saiu com alta velocidade.
- espera- gritei indo até o meio da rua.
Já era tarde demais para o impedir. Um carro buzinou para eu sair do meio da rua, eu mostrei o dedo do meio e fui para a calçada.
Me encostei em uma árvore e coloquei minhas duas mãos na minha cabeça.
- o que aconteceu?
Eu olhei rápido e era Henrique.
-a é só você - olhei com os olhos entre abertos por causa do sol -o que você quer?
- saber se ta tudo bem, parece que seu irmão te deixou.
-cara eu só quero entender porque você quer ser legal comigo? Sempre me tratou mal e falou coisas horríveis para mim e agora quer ter uma amizade? Ou será que é só uma armação de você com seus amigos?- eu perguntei.
- Alice eu me arrependi.
Eu o interrompi:
-saiba que arrependimentos agora não são bem vindos.
Naquela hora nós dois estávamos se encarando, o ônibus logo para e eu logo subo para dentro do mesmo.
Me sento no segundo banco perto da janela e Henrique do meu lado.
A gente não disse nenhuma se quer palavra, ele só me olhava.
Cheguemos no ponto em que eu ia descer e eu me levantei e ele pegou no meu braço
-então vai ser só um tchau? -Henrique pergunta.
Eu não ligo e nem respondo ele e logo sai.
Eu vi pela janela que aqueles olhos castanhos estavam me olhando mas continuei mesmo sendo que a minha vontade era de ter ficado ali com ele.
Andei um pouco até chegar ao meu trabalho e vi que meu patrão Roberto me esperava na porta, como sempre disse uma boa tarde bem animada mas vi que sua cara não estava nada boa.
-Alice vou ser direto, você sabe que não gosto de enrolação -Roberto começa a falar- você não precisa mais trabalhar aqui, na verdade a nossa loja entrou em falência e precisamos fechar o quanto mais rápido.
Eu me espantei e dei um passo para trás, fiquei sem palavras e minha respiração ficou mais rápida, eu sai correndo dali. Ouvi ele me chamar mas não dei atenção.
Minha vida não esta nada boa. E agora o que farei sem emprego? Eu sou o sustento da minha casa.
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eu me chamo Alice
RomanceAlice é uma garota que sofreu na sua adolescência(bullying). no decorrer do tempo Alice encontra Henrique que sera o começo de uma nova paixão, mas terão que enfrentar muitas coisas para dar certo essa história. Alice perde sua mãe de câncer, seu p...