capítulo: 4

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Alice depois de uma semana foi trabalhar. Ela estava tão linda com um vestido florido e aquele cabelo solto com cachos nas pontas.
-Alice, que surpresa menina -encontrei ela com um abraço.
Ela não estava nada bem ainda, eu percebi quando ela só sorriu para mim, seus olhos contavam a sua tristeza.
Fomos até o escritório do meu pai onde ela trabalha na casa, aquele lugar era um cantinho só dela.
-como você está Alice? -perguntei arrumando alguns papéis na mesa.
-sabe -falou se sentando na cadeira- agora estou bem.
Eu sentei em cima da mesa e comecei a olhar ela, levei uma das minhas mãos em seu rosto e cheguei mais perto.
-que bom -eu disse
Ela se levantou rápido da cadeira e cruzou os braços como se estivesse irritada.
- o que você esta fazendo? Esta tentando me beijar né? E se alguém entrasse e visse a gente se beijando?
-uau Alice quantas perguntas -dei uma gargalhada -bom vamos lá, eu estava tentando te beijar sim porque estou completamente apaixonado por você, ninguém sabe okay? só eu e você. E ninguém ia ver a gente se beijar porque ninguém esta aqui na casa nesse momento, meu pai e minha mãe estão viajando para Itália e não sei quando vão voltar aqui no Brasil.
Pulei da mesa e fui perto dela que estava perto de algumas rosas vermelhas.
-eu não acredito em você
-não acredita que eu já amo você?
Coloquei minhas duas mãos em seu rosto
-como você pode ter tanta certeza que isso é amor? Você não sabe o que é amor, você nunca teve esse sentimento -disse ela se afastando de mim.
Ela começou a andar depressa mas fui mais e logo peguei em seu braço, estávamos quase perto da porta.
-Henrique me solta.
Nós dois estávamos se encarando e eu ainda segurava em seu braço.
Eu não me aguentei e puxei Alice para os meus braços, segurei seu cabelo e a outra mão segurava sua cintura, enfim nos beijamos e aquele beijo foi prazerroso. Fui levando ela até a parede e quando cheguemos na mesma a apertei contra o meu corpo, vi que ela gemeu baixinho, suas mãos estavam fazendo um afeto no meu cabelo, senti um arrepio na minha nuca, aquele beijo estava muito bom, nossos corpos estavam bem perto e eu completamente me senti excitado.
A gente parou o beijo e eu fui no seu pescoço deixando leves mordidas, senti que ela estava arrepiada.
-Henrique para -disse ela me afastando - a gente não podia ter feito isso.
-para Alice, a gente pode fazer muito mais.
-não, não pode. As nossas vidas são diferentes, esse beijo não deveria acontecer, eu não sinto nada por você.
As palavras dela me deixaram triste.
-Alice se você falou isso pra tentar fazer eu desistir de você, esta enganada.
-um conselho: desista de mim, não vale a pena tentar alguma coisa comigo.
Ela abre a porta e sai do escritório me deixando. Não sabia se eu ia atrás ou ficava ali parado.
Resolvi ir atrás só que foi tarde e ela já tinha saído. Fiquei triste.
ALICE:
Cheguei em casa e aquele lugar não era mais feliz. Meu irmão saiu como sempre e tenho certeza que vai voltar tarde da noite.
Fui até a cozinha para preparar um chá para mim. Peguei o bule e preparei o chá para relaxar um pouco.
-que droga -falei na mesma hora quando aquele maldito bule tinha caido no meu braço com aquela água quente.
Ele ficou avermelhado na hora e estava queimando muito, fui até a torneira e liguei a mesma, a água gelada caía e aquela queimação passava.
Percebi quantas marcas eu já tinha no meu braço a anos, benditas cicatrizes.
Aquela dor aliviou, lembrei do beijo que tive com Henrique estou perdida com o que ele disse.
Fui até a sala e liguei a televisão, ca entre nós não estava passando nada de bom naquela porcaria.
Olhei para o relógio e era só 14:55 e não tinha nada pra fazer.
Ouvi a campainha tocar
-nossa quem será?
Abri a porta e era o carteiro.
-boa tarde senhorita, essa carta é para a Alice -falou me entregando a carta
-eu sou a Alice, muito obrigada.
Ele se retirou e eu Fechei a porta, estranhei pois naquela carta não tinha nenhum remetente. Resolvi abrir para ver do que se tratava, fiquei chocada quando li o nome Renato que seria o meu pai.
Okay até ai tudo bem, mas por que ele ia mandar uma carta justo agora se não dava sinal de vida a anos?
Comecei a ler em voz alta:
"Querida Alice aqui é seu pai Renato, soube da morte da sua mãe Valentina, tenho certeza que você e Emanuel estão muito triste, não deu para eu me retirar de Espanha e ir até ai pois é muito longe. Mas estou aqui para dizer que se precisar de dinheiro mande um email para mim e eu mandarei o quanto vocês precisarem. Um beijo a vocês e meus pêsames"
É sério que ele pensa que a gente só precisa de dinheiro? Sinto falta de amor e carinho de um pai e tenho certeza que meu irmão sente o mesmo, meu irmão só conhece o Roberto, opa quer dizer nosso pai, por fotos.
Olha depois disso eu acreditei que meu dia só ia piorar.
Joguei a carta no lixo e subi as escadas para ir ao meu quarto.
Cheguei até ele e fui correndo me jogando na minha cama, peguei meu computador e entrei no facebook já que fazia muito tempo que não entrava.
Uau 50 mensagens, espera um pouco, quem é Jéferson?
Esse cara me mandou mensagem e ele parecia ser conhecido, acho que já vi ele.
Ele apenas me mandou oi e eu como não consigo só visualizar e não responder, respondi com um oi novamente.
Ele ficou online na hora e começou a pergunte se eu estava bem. Uma conversa normal.
Ele disse que me conhece da Faculdade e que me achou muito linda.
Linda? Eu não sou linda.
Eu falo isso porque todos colocaram isso na minha cabeça.
Sabe, mesmo eu não me importando com o que eles falavam aquilo me afetava muito e eu comecei a me odiar depois de um tempo.
Fraca? Talvez sim...

eu me chamo AliceOnde histórias criam vida. Descubra agora