Callahara 2: Depois do casamento (Degustação)

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 Viro para o lado ainda na cama e dou de cara com ele. Mesmo dormindo ele sorri e eu acabo fazendo o mesmo por instinto.

Como é bom acordar assim! Ter o sorriso do Felipe como primeira imagem do dia é a garantia de um dia perfeito.

- Para de me encarar enquanto eu durmo! – Resmunga sem abrir os olhos e eu sorrio ainda mais.

- Quem disse que estou te encarando? – Ele tenta abrir os olhos, mas a claridade do quarto o impede.

Meu sorriso se alarga com a cena e observo ele coçar os olhos e se espreguiçar. Ele está coberto da cintura para baixo, porém, seu tórax está exposto e sem dúvida é a minha imagem preferida dele.

- Eu sei que estava! Não preciso estar de olhos abertos para ver. – Vejo que ele estica a mão sobre a mesinha de cabeceira para procurar o seu celular.

- Ainda está cedo! – Adianto a informação.

- Impossível! Você sempre acorda em cima da hora.

- Está me chamando de preguiçosa? – Finjo estar ofendida e ele ri.

- Só estou dizendo a verdade! – Dessa vez ele me olha nos olhos esperando ver minha reação.

Faço cara de brava e me levanto, contudo, Felipe me segura pelo braço e me puxa com força para si.

- Volta aqui, amor! – Eu não o encaro. – Adoro sua carinha de rabugenta.

Olho para ele incrédula e Felipe, que já estava bem próximo a mim, aproveita para me beijar. Eu o rejeito, mas sou presa na cama com ele por cima de mim, sua gargalhada invade o quarto e eu me seguro para não acompanha-lo.

- Você já acorda me maltratando!

- Não tenho culpa! Gosto de te ver irritada.

- Não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei me casar com você! Um cara invasivo, abusado, ciumento .... – Ele me cala com outro beijo e dessa vez eu acabo cedendo, até que ele morde a minha boca.

Felipe sabe o quanto isso me irrita e faz de propósito! Ele sai correndo para o banheiro desesperado enquanto eu tento alcança-lo para me vingar.

Decido tomar banho no outro banheiro para não me atrasar, mas assim que eu estou saindo do quarto, sou agarrada pela cintura e arrastada para o nosso banheiro.

Entre carinhos e provocações tomamos o nosso banho junto, depois nos arrumamos para mais um dia no maravilhoso mundo dos negócios.

Tivemos que tomar café correndo porque essa brincadeira quase que nos atrasou, Felipe me deixou na empresa e foi em seguida para a dele.

Sigo até minha sala cumprimentando a todos e quando chego no meu andar vejo Ju falando no telefone, parece nervosa e eu paro na frente da sua mesa tentando entender o que está acontecendo.

Ela me olha como se pedisse ajuda e eu peço o telefone.

- Quem é? – Sussurro para ela.

- O fornecedor principal! Está irritadíssimo porque, segundo ele, está tentando falar contigo a mais de uma hora.

Atendo o telefone ali mesmo!

- Posso saber o porquê de o senhor estar reclamando com a minha secretária sobre o meu horário? – Pergunto já no telefone.

- Me-me desculpe ... – Ele tenta se explicar e depois entra no assunto que de fato é importante.

Cada uma! Agora eles acham que podem tomar conta da minha vida e de fato nem estou atrasada, eu poderia estar! Nunca tenho hora para sair e nem me atento a hora-extra, devo ter um ano inteiro de horas na casa.