Hunted

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1820

— Senhor Styles, temo que você esteja tentando fugir de casa. — disse o mordomo, puxando Harry pela argola de sua blusa.

— Ugh, Stefan. — respondeu Harry, dando um tapa na mão de Stefan, que logo o soltou.

— Você sabe que seu tio não gosta quando faz isso. Você sabe a má reputação que sua família tem, não? — Falou ele, curvando o pescoço para olhar lá para fora, querendo ver se tinha alguém lá fora.

— Não tem ninguém ali fora, não sou louco de mandar alguém vir para cá. — falou Harry, ríspido.

— Vá para o seu quarto, antes que eu chame seu tio. — disse ele. Harry bufou, se virou e foi para o seu quarto. Morrendo de raiva.

A família Styles, sempre morta a pedradas, queimadas e enforcadas por serem relacionados a magia negra e feitiçaria. Isso que aconteceu com os pais de Harry, desde então ele foi morar com seu tio.

Ele mesmo viu seus pais serem assassinados, o que foi horrendo para o menino. Ele só tinha 10 anos na época. E isso é traumático para qualquer criança, por mais que ele já tenha tido experiências com algumas feitiçarias.

Mas naquela época não era nada demais, os poderes só "aflorecem" aos 16 anos, tanto em homens quanto em mulheres. Mas Harry era meio diferente, ele sempre tinha feito feitiçaria. Desde seus 10 anos, e aquilo intrigou muitos magos — tanto do mau, quanto do bem. Então seu tio, Sebastian, o levou para a casa dele... em Holmes Chapel. Que era uma cidade pequena e pacata. Mas estava "salvando" a vida de Harry.

E agora o menino estava com seus 16 anos, e não aguentava mais ficar em casa estudando para ser o melhor de todos, o melhor feiticeiro, o melhor mago... o melhor o caralho a 4.

A única pessoa que ele falava, além de seu tio e Stefan, era o Jardineiro. Tal que ele não sabia o nome, pois nunca havia perguntado. Mas o menino era bem lindo, e isso era um péssimo pensamento para um menino. Mas era a verdade.

Harry foi para o seu quarto e deitou na cama, suspirando. Ele estava cansado de ficar preso naquela casa sempre. Cansado de não poder falar com ninguém, e viver com o pouco medo de que se ele sair de casa e alguém o chamar de "bruxo" e o matar.

Como se eles conseguissem, Harry era forte demais para alguém conseguir pega-lo. Mas não era disso que ele tinha medo, ele tinha medo do seu tio.

Ele resolver dormir, não tinha mais nada para fazer mesmo. Ele fechou os olhos e foi para seu próprio mundo, onde ele era livre para fazer qualquer coisa, com qualquer um.

Harry se sentiu com 10 anos de novo. Ele estava de baixo da mesa, encolhido, olhando para dois brutamontes invadirem sua casa. Seus pais o avisaram para não sair dali de baixo, mesmo que qualquer coisa acontecesse, não era para ele sair dali, até que seu tio Sebastian chegasse.

Anne, sua mãe o beijou na testa e o abraçou, falando que ela o amava mais que tudo na vida e aquilo que ela estava fazendo era para ele. Harry sorriu com as palavras de sua

mãe. Ela chorava, e ele estava começando a chorar também. Seu pai, Des, se abaixou do lado dele — lágrimas corriam nos olhos de seu pai. Aquela era a primeira vez que ele via seu pai chorar, não era uma coisa muito boa de se sentir. — Des olhou nos olhos do filho e beijou a testa dele e o abraçou falando repetidamente "Eu te amo". De repende, ouviram umas batidas na porta e grunhidos.

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