Epílogo

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Harry estava bem. Ele estava voltando para sua antiga cidade, Holmes. Sua mãe estava voltando para lá pois tinha um emprego melhor naquela cidade. Harry não reclamou, ele gostava de Holmes Chapel. Aquela cidade tinha muitas coisas legais, principalmente lembranças. Eles sempre iam naquela cidade nas férias, Harry adorava tudo que tinha ali. Tinha una casa que ele adorava, falavam que ela era mal assombrada — não que ele acreditasse nisso — mas era a casa Styles. A mãe dele não gostava quando ele falava que queria entrar naquela casa, mas ele não dava a mínima. Ele sabia que não havia nada ali dentro, de qualquer modo. Mas aquela asa o deixava intrigado, isso era verdade.

— Harry? — ele saiu de seus pensamentos quando sua mãe lhe chamou. — Chegamos.

Ele olhou para fora e viu a casa verde que eles sempre ficavam, era uma casa bem aconchegante e bonita. Ela ficava no centro de Holmes, era perto de uma padaria e uns comércios que tinham ali. A casa estava meio empoeirada — ele não ia ali fazia uns 2 anos. Mas continuava sendo um de seus lugares preferidos na vida. Ele sorriu.

— Aqui me traz uma paz tão grande. — falou o garoto.

— Sério? — perguntou Anne. Harry balançou a cabeça positivamente.

— Não sei, aqueles sonhos estranhos que eu andava tendo... sabe? Eu sempre estava aqui, naquela casa doida.

— Entendi. — Anne beijou a testa de seu filho. — Vamos ir ao centro jantar, depois a gente arruma as coisas.

— Tudo bem.

Que sonho estranho Harry estava tendo? Bem, ele sonhava que estava dentro de uma casa — a casa mal assombrada dos Styles que fica em Holmes — e que estava preso ali dentro para sempre. Ele não lembrava de muita coisa de seu sonho, ele só sabia que tinha ele dentro da casa, um gato preto com olhos cinzas e uma pessoa com olhos azuis. Uma pessoa não, mais precisamente, um garoto — homem.  Ele sonhava com ele sofrendo, ele triste por que esse homem havia se esquecido dele. Ele estava triste. Olhos azuis sempre estavam nesse sonho. Ele havia morrido de depressão, ou algo assim. Ele adoeceu bastante, e não sabia como havia morrido. Mas foi algo desse gênero. Harry se sentia mal por ele mesmo — no sonho, nesse caso — ele sentia o aperto no coração que ele mesmo sentia. Isso é algo meio estranho, mas era real.

Quando chegaram no local onde iriam jantar, Harry e Anne receberam olhares estranhos. Harry se perguntou se aquilo era normal. Ele não era acostumado com pessoas olhando para ele — pessoas estranhas. Um menino em especial, estava parado olhando para Harry com a testa franzida. Harry demorou um pouco, mas ele percebeu que já tinha vista os olhos desse menino antes. Ele tinha olhos azuis. Olhos. Azuis. Harry ligou isso ao seu sonho. Dessa vez, Harry que franziu a testa. Como aquilo poderia ser possível?

— Mãe, eu vou ali rapidinho. — Harry disse.

— Onde, meu filho? — perguntou Anne.

— No banheiro... pede qualquer coisa para mim. — respondeu Harry. Anne fez que sim com a cabeça. Harry deu um sorriso fraco para ela e foi para o banheiro. Algumas placas indicavam o caminho. Ele as seguiu, e logo achou. Harry se encarou no espelho e franziu a testa. O menino era tão... ele já tinha visto aquele menino. Mas ele sabia que não era possível, ele se lembraria de onde. Os olhos são iguais aos olhos do sonho, como isso é possível?  Não, não é possível. Harry encheu sua mão com água e jogou em seu rosto. Ele suspirou.

— Você me é familiar, sabia? — falou alguém, atrás de Harry. Ele levantou o rosto de viu que o menino de olhos azuis olhava para ele. Ele realmente era bonito, tinha o rosto branquinho com algumas espinhas, poucas. Seu cabelo era liso e caia sobre os olhos, o menino usava uma blusa polo vermelha e uma calça jeans com um tênis de marca. Harry encarou ele.

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