6. De Volta à Hogwarts

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— PARTE I —

CRIAÇÃO


Capítulo Seis: De Volta à Hogwarts


— Eu não consigo compreender... Você mesmo me disse que Hogwarts é à prova de trouxas através do Repello Muggletum... Como espera que eu vá com vocês diante de tal proteção mágica?

— Já te expliquei isso, Jo. — falou Harry, tentando demonstrar uma paciência que certamente não possuía naquele momento. — Eu falei pessoalmente com o Ministro e ele me certificou que mandaria homens encarregados de cessar esse feitiço só por esta noite. Amanhã voltará tudo ao normal.

— É, Jo. Não é a primeira vez que isso acontece, esqueceu? Fizeram a mesma coisa há mais de cinquenta anos, quando os pais trouxas da Murta Que Geme foram buscar o cadáver dela na escola... Na verdade, isso acontece todos os anos em que há formatura com nascidos-trouxas. — lembrava Rony, enquanto se servia de uma xícara de chá quente feita por Joanne.

— Apenas peço que se lembre de que todos acham que você se encontra o tempo todo sob o efeito da maldição Imperio e que não temos nenhum vínculo fraternal ou algo do tipo, portanto aja como tal se por algum acaso correr o risco de alguém te ver lá. Para convencer o Ministro de me ajudar eu tive que mentir sobre a razão de te levarmos com gente, falando que ao fazer isso você absorveria todos os detalhes do castelo em sua memória para quando for descrevê-lo no livro, o que em partes é verídico se pararmos para pensar bem. — disse Harry.

Já era noite. Os últimos vestígios dos raios solares vindos do oeste já não eram mais visíveis. Os postes de luz, que iluminavam as ruas escuras daquela vizinhança em Edimburgo, já se encontravam acesos. E se Harry e Rony quisessem pôr o plano em prática, era melhor se apressarem o quanto antes.

— Eu ainda não sei... Acham mesmo uma boa ideia? — perguntou Joanne, sem mascarar sua tão aparente indecisão.

— Você vai ficar usando a minha capa durante toda a festa. Não há perigo... E, fala sério, Jo! Até parece que você nunca sonhou em visitar o melhor lugar que existe no mundo: a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!

— Sem dúvidas, este é o que eu mais desejo, Harry, mas a questão não é essa... Se a minha resposta for sim, como iríamos chegar lá à tempo?

— Isso é óbvio, não acha? Aparatando! — respondeu Rony.

— Mas eu sou...

— Sim. Você é uma trouxa. Sabemos disso. Mas isso não é problema. Basta você tocar em um de nós, que irá, automaticamente, desaparatar daqui junto com a gente. Isso também já foi feito com os meus tios e Duda, quando eu estava prestes a completar meus dezessete anos e eles já não podiam mais residir na rua dos Alfeneiros...

— Mas... mas é que... Tá, está bem. Vocês venceram. Eu vou com vocês. — declarou Joanne, não encontrando mais desculpas capazes de replicar os argumentos de Harry. — Afinal, na opinião de muitos, eu sou a criadora desse mundo e, nada mais justo eu ir conhecê-lo fisicamente.

Conforme Harry, Rony e Joanne iam se preparando para irem à Hogwarts, Hermione e Gina já estavam entrando pelas grandes portas de carvalho junto ao resto dos alunos, que subiam as escadas apressadamente.

O saguão flamejava à luz dos archotes, ecoando os passos dos que atravessavam o piso de lajotas em direção às portas duplas, à direita, que davam acesso ao Salão Principal e ao banquete de abertura do ano letivo.

Harry Potter e a Descoberta de J.K. RowlingOnde histórias criam vida. Descubra agora