5. Invasores na Plataforma 9¾

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— PARTE I —

CRIAÇÃO


Capítulo Cinco: Invasores na Plataforma 9¾


— Harry, Rony! Acordem! Nós vamos nos atrasar!

— Hermione, meu amor, você tem uma voz linda... Mas por favor, NÃO GRITE NO MEU OUVIDO NUMA MANHÃ DE SEGUNDA-FEIRA! — bradou Rony, mal-humorado devido ao modo que fora acordado.

— É, Mione... Só mais cinco minutos... — pediu Harry, ainda sonolento, cobrindo o rosto com o travesseiro.

— Falam isso porque não são vocês que têm que estar às onze da manhã em King's Cross! Vamos... Vocês prometeram nos levar!

— Está bem. Já vamos descer... Pelo menos espere a gente se arrumar... — pediu Rony com uma voz rouca.

— Certo. Sua mãe já fez o café. Aguardo vocês lá embaixo em dez minutos! — avisou Hermione, se retirando do quarto.

— Ninguém merece! Justo no meu dia de folga... Se não bastasse ter que acordar cedo todos os dias para ajudar Jorge naquela bendita loja... Eu daria tudo para poder dormir até mais tarde hoje.

— Olhe pelo lado bom. Esse é o último ano de Hermione. — falou Harry. — Eu ainda vou ter que levar Gina de novo ano que vem...

— Falando nisso, você sabe se Gina já contou a verdade para Hermione? — quis saber Rony.

— Não. Gina me disse que só contaria quando elas estivessem dentro do trem. Por enquanto Hermione ainda acredita que Gina vai estudar no sétimo ano junto com ela...

— Tadinha... Vai ficar sozinha na nossa turma... — falou Rony, chatiado. — Acha que ainda é tarde para eu voltar atrás?

— Ah, nem vem, Rony! Decidimos não estudar mais em Hogwarts. Nós já sofremos demais... Ou você ainda tem vontade de fazer os N.I.E.M.'s?

— Pensando melhor... Você tem razão, Harry. Seis anos naquela escola já estão de bom tamanho. — dizia ele, ao mesmo tempo que colocava pasta na sua escova de dentes.

— Ei, você viu aquela minha camisa cinza? Já tentei usar o feitiço de invocação e nada. Não consigo encontrá-la... — Harry olhou para todos os lados do cômodo, procurando por ela. — Aliás... Eu vou te falar uma coisa... Isso está um verdadeiro chiqueiro, Rony! — acrescentou Harry com uma expressão de nojo no rosto.

— Chiqueiro que você contribuiu a desenvolver, Sr. Potter. — disse Rony, dando risadas. — Enfim, eu a vi perto do lugar onde eu ponho todas as minhas correspondências... Deixa eu ver se... Ah! Aqui está ela! — exclamou ele, pegando e entregando-a para Harry.

Embaixo de onde se encontrava a camisa, havia um envelope de carta bastante amassado. O remetente estava manchado de tinta, deixando ilegível o seu nome. Rony pegou e abriu a carta de imediato. Vendo que Harry estava concentrado em terminar de amarrar os cadarços do tênis, Rony começou a ler a carta para si:


"Queridos Rony e Harry, se estiver aí.

Espero que tudo tenha corrido bem, que Harry esteja bem e que você não tenha feito nada ilegal para tirá-lo de lá, Rony, porque isso criará problemas para o Harry também. Tenho estado realmente preocupada e, se Harry estiver bem, por favor, mande me dizer logo, mas talvez seja melhor usar outra coruja, porque acho que mais uma entrega talvez mate essa.

Harry Potter e a Descoberta de J.K. RowlingOnde histórias criam vida. Descubra agora