A Sereia. (Repostando 01/08/2021)

CAPÍTULO 02.

    Os cardumes possuiam diversos seres com dons diferentes e opostos a cada cardume.

  O Cardume do Sul era composto por Sereias que continha uma beleza irresistível e hipnotizante. A cauda de uma sereia do sul possui uma camada de escamas mais grossas e resistentes que as demais, possibilitando-as de nadarem a temperaturas congelantes, isso aplicava-se também ao cabelo que era mais volumoso, com fios mais longos e duradouros.

    Cada cardume possuía características específicas, e geralmente, ligadas as forças do oceano e as mudanças climáticas. Sereias do sul possuiam peculiaridades e dons ligados mais as variações do tempo, sendo a nervasca sua maior especialização. Já as sereias do norte possuiam habilidades distintas e especiais, sendo elas as sereias mais rápidas de todo o oceano pacífico e índico, a cauda era composta por quatro barbatanas sendo duas laterias, uma nas costas na parte de cima e outra próxima a nadadeira, essa que no qual possuía cinco pontos de ligações que ao atingirem uma maior velocidade subaquática dividiam-se aumentando o comprimento da nadadeira, tornando-a com duas pontas longas e pontiagudas.

    Era quase impossível alcançar uma sereia do Cardume do Norte quando atingia sua velocidade máxima, sua agilidade ao redirecionar as correntezas ao seu favor é surreal, e a cada velocidade alcançada sua cauda sofria uma transformação no comprimento e largura, a nadadeira aumentava seu tamanho e a cauda afinava mais, adequando-se aos movimentos ágeis.

    Os cardumes eram divididos em grupos de força, agilidade, magia e dons. Sereias e tritões possuiam especialização diferentes e cada um continha uma obrigação a seguir para manter a harmonia e a segurança do oceano e das pequenas criaturas indefesas. O mar por ser cheio de riquezas e pedras preciosas era sempre visitado por turistas e amadores, mas ao chegarem ao fundo do mar morriam, por conta de sua maior ambição.

     Ouro, muito ouro. Rubis, safiras e diamantes eram os mais comuns na areia do fundo do mar, era possível ver os cristais brilharem nas águas profundas e cristalinas, toda a beleza atraia e conquistava a ambição humana. As ondas sempre traziam consigo pérolas, esmeraldas e pratas, mas ao navegar pelo recife de corais era possível ver ao fundo do mar, cristais e diamantes coloridos enfeitando a areia branca e pura, uma armadilha, um encanto, um perigo. Só havia algo mais belo e encantador do que as maravilhas aquáticas e as riquezas do mar, elas. As princesas do oceanop.

     A beleza delas era maior que qualquer pedra preciosa por mais valiosa que seja, o encanto delas sobressaia a qualquer maravilha que já tenham visto. Elas encantavam e hipnotizavam com o encanto tão tropical que possuiam, e isso era perigoso. Toda beleza oceânica, significava perigo.

    Sēllėnå apesar de possuír habilidades do Cardume do Sul, era uma sereia tropical, pois passou metade de sua infância em águas congelantes e logo voltou para as águas termais do Cardume do Norte, então seus costumes são dividos entre os dois, sua velocidade e agilidade são maior que sereias normais, mas não chegava perto das sereias do norte.

    Os raios solares tocaram as ondas, adentrando a água salgada já movimentada pela manhã por diversos peixes que nadavam rápidamente pelos corais enquanto tartugaras rodopiavam e golfinhos saltavam as ondas cantarolando, um animalzinho nadava alegremente pelo recife em direção as cavernas de cristais, ao chegar deu rodopios feliz ao ver sua sereia nadando suavemente para fora da caverna.

      Seus olhos lilás foram de encontro ao animalzinho que rodopiava na água alegre. Apesar de ser apenas um filhote, era grande. Os Sliyps eram criaturas grandes e de aparência inofensiva, digamos que era até mesmo fofinho, mas eram extremamente agressivos e ferozes. Sua boca possuia três carreiras de dentes afiados e retráteis, seu corpo apesar de ser uma criatura aquática, não possuía escamas e sim pelos em tons de violeta e vermelho. O corpo era robusto e bem definido, as patas dianteiras continha garras afiadas em todos os dedos que eram grudados por uma fina pele. Ao chegar no comprimento de seu corpo, a longa cauda afinava transformando em uma grande barbatana.