LEXA
Eu não sabia qual era meu problema, o que eu tinha na cabeça para simplesmente deixar de estudar para vim a uma merda de uma boate só porque Costia pediu? Eu estava com raiva, sentia minha pulsação aumentar cada vez que ouvia a voz dela me chamando em minhas costas. Quando ela me segurou eu explodi.
- NÃO ME ENCOSTA! EU NÃO QUERO MAIS! NÃO QUERO MAIS TER QUE LIDAR COM VOCÊ SUA FILHA DA PUTA DROGADA! VOCÊ ME CHAMOU AQUI SÓ PRA JOGAR NA PORRA DA MINHA CARA O QUANTO VOCÊ É UMA PUTA, É ISSO? TRANSOU COM AQUELE CARA PRA ME CULPAR POR ESTUDAR DE MAIS? QUAL É O SEU PROBLEMA, NÃO QUERO QUE VER A PORRA DA SUA CARA NUNCA MAIS, E SE VOCÊ ME PROCURAR DE NOVO...
- VOCÊ VAI FAZER O QUE? ME BATER? – Ela gritou de volta. – POR FAVOR, VOCÊ NÃO É CAPAZ DE BATER NEM NUMA MOSCA, TODA CERTINHA, PASSA A VIDA MAIS ENFIADA NOS LIVROS DO QUE FUDENDO COMIGO. – Cerrei meus punhos e não a respondi, apenas andei apressada até a porta de saída. – VAI SE FUDER! – Ouvi ela gritar e a ignorei sentindo meus olhos se inundarem, sequei apressada e resolvi andar por ali antes de pegar o carro. Eu me sentia com tanta raiva que não confiava em mim mesmo para dirigir um carro sem querer atirar ele contra um poste.
Eu realmente era uma garota que botava os estudos no primeiro lugar. Cursava música de noite, visitava hospitais, orfanatos ou abrigos a tarde e na parte da manhã trabalhava na empresa da família. Já estava no último período de psicologia e ainda queria visitar tantos museus pelo mundo que tinha uma lista.
Não sabia onde estava na cabeça para namorar uma garota que claramente estava perdida dentro da faculdade e se encontrava nas bebidas e drogas de uma boate. Apertei os punhos lembrando das palavras dela e sabia que ela estava sendo sincera, ela era na maioria das vezes. Apesar de ter treinado lutas e ter feito academia, não usava aquilo para agredir ninguém, mas odiava injustiças e as vezes sentia meu sangue ferver para socar certas pessoas.
Me virei respirando fundo para voltar para meu carro quando ouvi gritos de uma mulher. Olhei para em volta e então ouvi vozes e risos masculinos, senti meu sangue gelar percebendo de cara o que aquilo era. Eu não sabia qual era meu problema mental para me envolver naquilo, eu podia simplesmente chamar a polícia mas eu queria bater em alguém e pelo visto havia achado os merecedores.
Andei a passos leves em direção ao beco quando um homem negro entro em minha frente. Antes que ele pudesse falar qualquer coisa e soquei seu rosto e passei minhas pernas entre as dele o empurrando ao chão.
- Guardas! – Ele gritou e eu o soquei mais uma vez o apagando.
- Merda... – Sussurrei quando vi um dos homens vindo em minha direção. Corri em direção a ele e desviei de um soco que acertaria meu nariz chutando o membro do homem que gemeu dor. Aproveitei e acertei meu joelho com força em seu rosto.
- Você é maluca? – O homem negro correu em minha direção e de repente mais dois deles vieram junto e eu olhei o pedaço de madeira no chão a minha frente e corri o pegando e tentei acertar o homem negro que havia chegado em primeiro mas errei acertando o ar, antes que ele pudesse me acertar chutei sua barriga acertando a madeira na cara do loiro que tentou me segurar, o acertei repetidas vezes e quando o baixinho musculoso tentou me segurar acertei meu cotovelo em sua cabeça e me virei acertando-o na cabeça até ele parar. Quando percebi os quarto homens que havia encontrado já estava desacordados no chão.
- Meu Deus... – Olhei a garota jogada no chão sentindo tristeza. Seus seios estavam exposto com o vestido rasgado, a parte inferior havia parado na barriga e havia sangue em sua intimidade. Apesar da pouca luz eu podia enxergar seu rosto com uma careta dolorosa.
- Você precisa vim comigo, moça...antes que eles levantem. – Sussurrei enquanto tirava meu casaco e para cobrir sua nudez e proteger do frio que estava naquela noite.
Puxei ela para mim e ouvir ela gemer e choramingar, a levantei no meu colo e senti que suas costas estavam machucadas. Senti vontade de chorar e nem ao menos a conhecia, o que será que ela fazia ali? Eu me perguntava enquanto a levava.
- Minha mala. – Ela sussurrou. Então percebi o objeto jogada no chão ao lado de lençóis.
- Oh merda... – Troquei ela de braço e me agachei quase caindo para pegar a mala do chão. – Espero que você seja uma pessoa legal... Porque eu estou te ajudando bastante aqui. – Ri nervosa percebendo que ela havia dormido em meu colo em apenas alguns segundos.
Quando cheguei no meu carro vi Costia parada lá, de braços cruzados me encarado como se eu tivesse feito algo errado.
- Quem é essa?! – Ela perguntou como a porra de namorada possessiva que ela era.
- Costia, eu mandei você não encher mais o meu saco, ela está machucada. – Tentei manter a calma enquanto ajeitava a loura estranha no meu banco de trás.
- Se ela tá bêbada não é problema seu.
- Se eu quero ajudar ela o problema é meu e não seu, me deixa em paz. – A empurrei da frente do meu carro e entrei no banco do motorista trancando a porta antes que ela entrasse.
- Lexa me dá mais uma chance! – Ela tentou entrar pela janela do carro mas a empurrei fechando o vidro. E dei ré ignorando os gritos dela enquanto tentava manter a calma.
Olhei para o banco traseiro e a estranha parecia dormir como um anjo, me acalmei enquanto a olhava, ela parecia familiar de certa maneira, mas definitivamente muito bonita.
CONTINUA...
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Teach me how to live
ActionClarke estava no escuro enquanto aos poucos as pessoas a sua volta lhe roubavam um pedaço da alma, quando Lexa chegou como um um anjo ou super herói a loira se agarrou a isso que ela não tinha a muito tempo, Proteção. Mas Lexa não era o tipo de pess...