Teach me how to live

Para onde?

 - Lincoln, isso não é uma festa. – Lexa bufou estressada.

- Mas pra convencer eles tem que ter pelo menos umas coisinhas pra engolir e beber, temos que agradar se é pra eles aceitarem. – O homem botou as batatas na mesa.

Sem nem esperar Lincoln foi para a casa mais cedo e ligou para todos com urgência, não se sabia quando os homens de Jaha iriam localizar Clarke, o tempo que eles estavam lá já era tempo demais, e eles não podiam perder.

Quando Lincoln estava prestes a se sentar a campainha tocou. Clarke não se mexeu, só encarou o ponto fixo que encarava a alguns minutos. Ela tinha medo, ela nunca imaginou que seria assim, nunca imaginou que alguém se importaria, nunca imaginou que poderia salvar alguém como ela...De repente se sentiu meio egoísta em querer se livrar daquilo enquanto outras só ficavam lá.

- LEXA! – Uma latina de rabo de cavalo gritou se pendurando no pescoço da morena que riu.

- Oi, Raven. – Ela respondeu rindo enquanto botava a mulher no chão.

- E ai! – Um garoto magricela bateu no braço de Lexa que a olhou curiosa.

- Quem é você?

- Jasper Jordan, vim com o Monty. – Ele apontou para o asiático que acenou.

- Certo... – Ela deu espaço para que os três passassem.

Clarke observou a maneira boba mas ao mesmo tempo predatória que Raven olhava para Lexa, a única coisa que ela conseguia lembrar é que as duas já ficaram. Percebendo o olhar da loira sobre ela, a latina franziu as sobrancelhas a encarando de volta.

- Então...Você é a prostitua? – Raven sorriu maldosa. Clarke não respondeu e focou em brincar com os próprios.

- O nome dela é Clarke, Raven...E eu não admito que você aja dessa maneira com ela. – Lexa disse baixa mas séria o suficiente para gelar a espinha do próprio irmão que tinha dois metro de altura.

- Mas é o que ela é, não falei por mal. – A latina se fez de desentendida.

- Mas ela não é mais. – Lincoln interveio.

- Mas isso não interessa, eu sei o porquê dela dizer isso e eu não admito. – Lexa encarou Raven que a olhou como se tivesse levado um soco na cara.

- Tá tudo bem... – Clarke disse baixo.

- Não, você não tem que aceitar isso, Clarke! Você não é menos que ninguém por ter trabalhado nisso. – Lexa suavizou sua voz quando a campainha tocou.

- Deixa que eu atendo. – Lincoln correu para a porta. – Anyazinha, você disse que não vinha! – O homem abraçou a mulher asiática que riu.

- Você acha mesmo que eu ia deixar vocês se matarem sozinhos? Vocês não são nada sem mim! – Ela não esperou convite e se jogou no sofá ao lado de Clarke.

Quando Lincoln estava prestes a fechar a porta alguém a travou.

- Falta a gente! – Uma morena de olhos azuis de um largo sorriso apareceu atrás da porta.

- Octavia! – Lincoln exclamou ganhando um abraço apertado da garota.

– LEXAAAAAAAA! – Ela subiu no colo da morena que tinha um sorriso enorme no rosto. Clarke estranhou, era a segunda vez que Octavia fazia Lexa sorrir assim.

- Ai vocês são tão nojentas. – Uma morena de lábios cheios entro se sentando no chão e pegando o saco de batatas como se fosse a casa dela.

- Namastê. – Uma mulher com cabelos de leão se curvou diante de Lincoln que riu.

- Lexa, suas amigas são estranhas.

- Ela não é minha amiga. – Lexa e a mulher disseram juntas.

- Tá, vocês vão se gostar em algum momento. – Uma mulher de cabelos beijou o rosto de Lincoln e Lexa. – Eu já quis matar a Lexa...Realmente quis. – Ela riu.

- Agora que tá todo mundo aqui...Não espera, falta alguém. – Lincoln olhou para o corredor.

- Murphy...Clarke, ela garantiu que vinha? – Lexa olhou a loira que parecia intensamente deslocada, em um mundo paralelo.

- Ele garantiu.

- Então ele vai chegar atrasado. – A morena concluiu.

- Mas e o Bellamy? – Lincoln questionou.

- Esquece ele! – Lexa bufou.

- Ele vem, deve tá chegando. – Octavia deitou no tapete felpudo.

- Não vamos ficar esperando e ir direto ao ponto. Eu sei que todos vocês tem capacidade pra fazer o que.. – A porta bateu interrompendo Lexa.

Ela, aborrecida abriu a porta e pediu para que um cara de cabelos bagunçados entrasse e logo atrás veio Murphy que parecia desconfiado em estar entrando ali, tudo parecia muito surreal pelo telefone, como uma pegadinha ou armadilha. Com os olhos Murphy procurou Clarke e então se sentou no braço do sofá e acenou para ela com um pequeno sorriso.

- Como eu havia dito... – Lexa observou a interação de Clarke com Murphy se sentindo mais aborrecida ainda, se aquilo era possível. – Nós temos a ciência de..

- PELO AMOR DE DEUS ALEXANDRA, SÃO SEUS AMIGOS E NÃO EMPRESÁRIOS! – Anya bufou e Lexa a matou diversas vezes com os olhos.

- Eu acho fofo. – Octavia riu.

- Obrigada, O... Como eu ia dizendo, escolhemos vocês porque..

- Somos especiais. – Luna riu.

- CALA A PORRA DA BOCA, o próximo que falar eu vou trancar no banheiro pelo resto da noite. – Ela apontou para o corredor. Clarke achou o pavio curto de Lexa engraçado.

- Credo, Alexandra...Que bicho te mordeu? – Lincoln a olhou de olhos arregalados.

- Como eu ia dizendo, precisamos da ajuda de todos vocês, Existe uma organização de prostituição enorme por ai que usa crianças e as escraviza pelo resto da vida, e essa organização tem ajuda de policiais...Precisamos parar isso..

- O que temos haver com isso? Vamos arriscar a nossa vida por pessoas que mal conhecemos? – Luna questionou

-Nem todo mundo é egoísta que nem você. – Raven respondeu emburrada.

- Eu sei que alguns de vocês não sabem usar uma arma e os que não sabem serão treinados...Nós não temos pra ficar no mesmo lugar, temos que fazer as malas hoje pra viajar amanhã.

- Então eu preciso arrumar equipamento do exército? – Monty franziu as sobrancelhas. – Eu posso ser preso...

- Isso eu resolvo Monty, tenho meus contatos. – Lincoln tomou um gole da cerveja.

- Então nós vamos tentar acabar com uma organização multinacional que tem ajuda até da polícia...É isso? – Echo perguntou confusa, aquilo parecia algum sonho impossível.

- Sim.

- Pra onde nós vamos? – Anya parecia extremamente animada.

- Las Vegas.

- Por que?

- Não tem um porque, mas temos que começar de algum lugar...Longe daqui.

CONTINUA...