Linhas de um destino

Capítulo 2 _ Hanami

A brisa da manhã de primavera, balançava as cortinas do quarto de Sakura . E, com o corpo pesado e sonolento, ela notou que seu noivo já não estava em casa, o dia dele já havia começado, e ela deveria se acostumar com esse tipo de situação. Com os pés descalços, a rosada levanta da cama e encontro um bilhete de Deidara, dizendo que ele só voltaria no final da tarde.

— Vejo que terei que tomar café da manhã sozinha! -Resmungou a rosada um pouco frustrada.

Sakura Haruno nunca foi uma boa cozinheira, e fazer trabalhos na cozinha não eram sua especialidade, mas um café era algo simples. A louça do café estava limpa, e Sakura começou a organizar as coisas que faltavam ser colocadas no lugar, os portas retratos, os prêmios de Deidara, os discos, e os livros. Tudo estava agora em seu devido lugar, e não havia mais nada a ser feito dentro de casa.

O dia estava lindo, aquela manha marcava o inicio do Hanami, festival das cerejeiras em Tóquio, festival no qual Sakura sempre ouviu falar muito bem, em quanto esteve vivendo em Yokohama sua cidade natal. Então retirando o pijama, e tomando um banho rápido a rosada decidiu que ia ver as belas cerejeiras sem a presença de Deidara, pois ficar trancada no apartamento não era uma opção.  

As ruas de Tóquio estavam movimentadas, mostrando toda a sua beleza e diversidade, um grande fluxo de pessoas seguiam o caminho da avenida principal que levava ao belo parque onde o Hanami (festival das Cerejeiras) estava acontecendo. O sol brilhava e a brisa da primavera espalhavam as pétalas rosas e brancas das árvores, no chão do parque, Haruno sorria ao ver tamanha beleza e harmonia de tons em um só lugar.   

                                                                                                    ***  

—Eu quero um churrasco de porco! - Pediu Naruto Uzumaki chegando em uma barraca de comida, no meio do festival das cerejeiras. —Hinata quer um também?

A morena sorriu vermelha, e negou com a cabeça aguardando seu namorado comprar o churrasco. Hinata e Naruto estavam aproveitando a manhã acompanhados de Sasuke Uchiha, o Uchiha não encontrava um sentido para estar naquele parque, mas o convite de Naruto foi a  única coisa que lhe surgiu naquela manhã monótona.

—O que significa aqueles pesadelos? -Sasuke se questionava em silencio sentado em um dos bancos em baixo de uma das árvores.  —Quem é aquela mulher de cabelos rosa?                    

  O moreno sentia-se a beira da loucura, dormir já estava se tornando um castigo, ele não conseguia esquecer a voz, os gritos agonizantes daquela mulher de cabelos rosados. Com um livro nas mãos, Sasuke tentava focar nas palavras que estavam escritas, mas a sua memoria só fazia pensar naquele sonho, naquela mulher.    

—Sasuke, quer churrasco de porco? - Perguntou Naruto aos gritos a alguns metros de distancia. 

—Não quero nada, seu cabeça... -Gritou Sasuke Uchiha, antes de ver uma jovem garota de cabelos rosados andando em meio a multidão. 

Em um impulso, o Uchiha levanta do banco e começa a seguir em passos apressados a garota. Porem a grande multidão que caminhava em sentido contrario ao dele, fez com que Sasuke perde-se a jovem rosada de vista.

—Sasuke-Kun, está tudo bem? - Questionou Hinata chegando próxima a ele. —O que aconteceu, você me parece agitado!

—Sim... Sim Hinata. - Respondeu Sasuke sem deixar de procurar em meio a multidão. —Eu, acho que encontrei... Deixa para lá!

Uma chuva de pétalas rosas caem sobre a cabeça de Sasuke, enquanto ele continua a procurar, agora discretamente a garota rosada que havia visto rapidamente passar diante de seus olhos. Em meio ao gramado verde, Sakura olhava todas as pessoas que passavam pelo parque,  e sentido seu estomago roncar, a rosada foi a procura de alguma lanchonete aberta.

—No que posso ajuda-la? -Perguntou Rock Lee o jovem atendente da lanchonete.

—Eu quero um suco de laranja, um hambúrguer e uma gelatina! - Pediu Sakura Haruno, sem notar o olhar curioso de Rock Lee.

—Todos parados, e com as mãos para cima. -Chamou três homens armados invadindo a lanchonete. —Isso é um assalto!