Havia sangue, um mar de sangue, o som alto do estalar do chicote, e os gritos daquele homem. A dor que ele sofria do castigo que lhe impuseram, refletidos naqueles belos olhos negros, ele não suportaria mais sofrer tanto assim, sua morte estava chegando pelas mãos do carrasco que lhe maltratava.
—Obrigado, Sakura... Eu te amo!
Os olhos negros do homem foram perdendo seu brilho e se fecharam lentamente. Foi quando a dor de uma flecha atravessando o corpo de Sakura a fez despertar de seu sono. Era mais um dos muitos pesadelos que ela costumava ter, a rosada sempre foi assombrada por pesadelos horríveis, com mortes violentas e muito sofrimento.
—Sakura-Chan, outro pesadelo? - Questionou Deidara olhando sua noiva acordar em lagrimas, enquanto dirigia para Tóquio. —Quer conversar sobre esse sonho?
—Não, Deidara-Kun... -Respondeu Sakura Haruno limpando as lagrimas, e se ajeitando no banco do carona. —Deidara foi apenas um sonho bobo, como todos os outros!
Sakura Haruno estava mudando se para Tóquio com seu noivo Deidara, eles se casariam em um ano, logo após Sakura se formar no terceiro ano do colegial. Ele era um policial recém formado na academia de Yokohama cidade próxima de Tóquio. Deidara por ser um excelente policial rapidamente foi transferido para Tóquio, e aproveitando essa oportunidade, ele pediu a rosada em casamento.
—Eu acho que você vai gostar muito do nosso apartamento, ele é pequeno e foi oque meu salario no esquadrão antibombas da policia pode pagar no momento, mas eu lhe prometo que nada vai lhe faltar, Sakura-Chan! -Deidara sorriu e tocou os cabelos bagunçados de Sakura, ainda com os olhos fixos na estrada.
—Deidara-Kun, se quiser trocar de lugar e me deixar no volante, para você dormir um pouco! - Sugeriu Sakura, sorrindo e arrumando os cabelos que estavam desalinhados. —Você esta dirigido a muitas horas, deve estar cansado.
A velocidade do carro foi diminuindo, e o loiro mudou de posição com Sakura, deixando ela no comando do veiculo. Eram dez e quinze da noite, a estrada estava mais traiçoeira aquela horas para uma pessoa cansada, então voltando para o caminho, a rosada ligou o radio e começou seu caminho para Tóquio com a velocidade um pouco mais baixa que antes.
***
Havia sangue, um mar de sangue, o som alto do estalar do chicote, rasgando a pele de Sasuke Uchiha a dor que ele sofria do castigo que lhe impuseram, os gritos e as suplicas que aquela jovem mulher fazia ao carrasco que lhe maltratava. As lagrimas daquela bela mulher de cabelos rosados partiam seu coração.
—Sasuke, Cheguei! - gritou Itachi Uchiha entrando no apartamento onde eles moravam. —Sasuke, está em casa?
Com o susto, Sasuke cai da cadeira onde estava dormindo, em frente a sua mesa de estudos em seu quarto. O moreno estudava diariamente durante as férias escolares, pois ele não desejava perder seu posto de melhor aluno do Japão, Sasuke vivia com seu irmão em um grande apartamento no centro da cidade, sua família possuía um bom patrimônio, e isso dava aos irmãos Uchiha uma certa liberdade, afinal Itachi trabalhava na policia por prazer e não por dinheiro.
—Estou no quarto! - Sasuke gritou organizando a bagunça que havia feito com sua queda. —O jantar ainda está quente.
—Eu pensei que você estaria na casa do Naruto, afinal está de férias. -Itachi abriu a porta do quarto do irmão, e notou a pilha de livros que estavam acumulados nos cantos do cômodo. —As vezes você me assusta, estudando deste jeito!
—Naruto esta ocupado com a namorada, Hinata! - Disse Sasuke se alongando e saindo do quarto com o irmão ao seu lado. —O que me resta é estudar.
—Você precisa de uma namorada, alguém que te tire do meios dos livros, seu nerd! - Itachi passou um dos braços sobre o pescoço do irmão, e o deu um cascudo. — Viva um pouco Sasuke!
O jovem Uchiha se desvencilhou do aperto do irmão, e revirou os olhos com desdém, Sasuke não se dedicaria a uma caçada atrás de uma garota. A caminho da sala, o moreno se jogou no sofá e ligou a televisão em um canal esportivo, e ficou ali enquanto Itachi comia o jantar em silencio.
As ruas do condomínio estavam cheias de adolescentes aproveitando aquela agradável noite, Sakura com a ajuda do mapa conseguiu chegar ao apartamento, pois Deidara estava adormecido no banco do carona, e ela não queria o acordar. O carro estava cheio de malas, e alguns aparelhos mais frágeis, Sakura e seu noivo estavam iniciando a vida juntos, havia certa preocupação com os detalhes da nova casa.
—Deidara-Kun, chegamos! - Avisou Sakura Haruno estacionando o carro no estacionamento do prédio. —Bem Vindo a Tóquio!
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Linhas de um destino
RomantizmUma vez me contaram que todas as pessoas, desde o nascimento, levam amarrados ao dedo mindinho da mão esquerda, um fio vermelho que se conecta ao companheiro de alma. É um fio indestrutível. Dois companheiros de alma, guiados pelo destino através d...