03 - Guardiã

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O normal seria sentir medo daquela criatura, mas a única coisa que eu sentia era familiaridade sentir isso por  um ser daquele me assustava.

"Está se sentindo melhor?" Ele torna a repetir, e eu apenas balanço a cabeça afirmando. "Você se lembra de que esteve aqui?" A sua voz, me lembrava da voz que eu via escutando até aqui.

"Eu... Eu me lembro. O que é esse lugar?" Consigo perguntar, minha voz  sai rouca e baixa. Eu não consigo olhar diretamente a ele, era difícil. Eu podia estar louca.

"Se lembra de tudo?" Ele pergunta tentando se aproximar de mim, mas eu recuo não estava preparada, sem falar que podia não estar com medo mas estava assustada com sua fisionomia. "Não precisa ter medo de mim, não vou te machucar. quero te ajudar."

"É confuso, e não entendo sobre o que eu me lembro daqui."

"Quer dar uma volta? A nossa comunidade cresceu mais, desde da última vez que esteve aqui."

"Pode ser." Ele me espaço para que eu passasse. Há um longo corredor onde no final dele, tem uma luz.

"Está preparada para encontrar mais criaturas como Eu?" Eu o olho, agora consigo olhar para seu rosto, era estranho, sinto necessidade de toca-lo. "Pode me tocar, se quiser." Nego com a cabeça, eu queria mas estava com vergonha. "Então vamos?"

Eu o sigo, e fico surpresa por me deparar com um tipo de comunidade, cheios de criaturas, algumas era altas mais altas que jogadores de basquete, e as cores eram diferentes uns dos outros, haviam pequenas casas uma do lado da outra, era feitas de Madeira,  tudo feito de Madeira e raízes haviam folhas grandes e troncos que serviam de bancos, o chão era de terra. Era como se eu tivesse na floresta mas em um lugar menos sombrio.

"Continua assustada?" Eu o olho enquanto caminhamos. Eu realmente tinha estado aqui quando me perdi. Eu fui salva por eles.

"Tenho muitas perguntas, e quero respostas. Eu lembrei agora, como que faço pra ajudar o meu pai? Quem foi que atacou os amigos do meu pai?" Sinto meus olhos ficarem marejados ao imaginar meu pai machucado, sofrendo.

"Estamos ameaçados, a minha raça está ameaçada, tudo isso pode acabar. Podemos morrer."

"Estão sendo ameaçados por quem?"

"Pelo seu pai, e aquela família que querem construir algo em cima da nossa terra. Sem as árvores morremos. Estávamos procurando um jeito de impedir que fizessem isso de uma maneira que não machucassemos ninguém."

"E o que deu errado? O que fizeram com o meu pai?"

"Alguns ficaram revoltados, e resolveram revolver com as próprias mãos."

"Vocês machucaram meu pai e as outras pessoas que estavam na festa. O que vocês são. São monstros? O que vocês vão fazer comigo?"

"Aqui ninguém vai te machucar, você é a nossa guardiã. E o seu pai está bem e vamos te levar até ele." 

Eu o interrompo; "Espera! O que quis dizer com que eu sou a Guardiã?"

"Você é a nossa guardiã, você é filha de uma guardiã o legado dela passou pra você."

Minha cabeça começa a dar um nó. Se isso for eu sonho eu quero acordar O quanto antes. Isso tinha que ser um sonho. Olho ao meu redor tudo aquilo, mas era tão real.

"Eu não sou a Guardiã."

"A Rainha Kira vai te explicar, tudo.  Assim você entenderá Tudo."

Eu apenas concordo, tonta com tudo isso duvidava que entenderia alguma coisa.
Aquela voz, mais uma vez aparece. "Você vai entender."

Olho assustada para aquela criatura ao perceber que era ele que estava falando na minha mente, e que ele podia ouvir o que eu pensava.

•••

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