𝕯𝖆𝖚𝖌𝖍𝖙𝖊𝖗 𝖔𝖋 𝖙𝖍𝖊 𝕷𝖎𝖌𝖍𝖙 ░ 𝙴𝚕𝚍𝚊𝚛𝚢𝚊

Humana III

Texto revisado e atualizado no dia 17/SET/21.

***

Não demorou muito até o elfo, Ezarel, me entregar um frasco que estava em seu cinto alegando que ajudaria com os meus hematomas além disso ele me deu ordens expressas para descansar um pouco após beber o liquido. Fiz de alguma forma o rapaz me prometer que essa bebida não iria me fazer mal de alguma maneira sequer, assim ele fez, mesmo lançando alguns deboches e reclamações. Totalmente convencida eu ingeri o liquido de uma vez só e fui tomada pela surpresa, esse liquido tem um gosto de pistache mesmo que a consistência não seja a mais agradável de todas. Aos poucos vou sentindo meu corpo formigar e os roxos sumirem gradualmente, esse mundo de fato estava me deixando fascinada.

Quando retomei minha atenção aos homens que estavam em minha frente percebi que eles estavam conversando sobre um topico que aparentemente não agradava o elfo: Minha aceitação na guarda.

— Eu não quero ser babá de humana.— Resmungou Ezarel cruzando os braços e fazendo uma expressão de nojo.— Já não basta eu gastar meu precioso tempo examinando essa coisa, vocês querem que eu cuide disso?

Não pude deixar de me sentir magoada por estar sendo referida como um simples objeto que pode ficar passando de mão-em-mão até resolverem onde eu poderia ficar. Continuo observando aquela conversa até que definiram uma espécie de rodizio até tudo for decidido definitivamente, queria que o Leiftan ficasse aqui comigo mas o meu colega de enfermaria seria o Nevra, o rapaz de cabelos negros e olhar hipnotizante. Aparentemente o Leiftan é o braço direito da Miiko enquanto os outros três são lideres de sub-guardas. Os rapazes saíram deixando-me a sós com o Nevra.

— Humana, como está obvio eu estarei protegendo seu sono.— Disse o rapaz.— Sou o chefe da guarda Sombra, Nevra.

— Ametista.— Me apresento ainda cheia de sono.

— Eu iria pedir para escutar mais um pouco de sua doce voz mas vejo que você precisa descansar um pouco.— Disse ele sorrindo.— As poções do Ezarel são eficientes e no seu caso vai ajudar muito um bom descanso.

Concordei com ele e me deito do divã, admito que um descanso seria muito bem-vindo. Sentia o olhar do homem em mim e estranhamente conseguia sentir a curiosidade junto com desejo, levei meu olhar em sua direção. Aos poucos vou cedendo ao sono e minha visão deu lugar a escuridão de um sono sem sonhos, minha mente estava tão exausta que era incapaz de me fazer sonhar. 

...

Abri meus olhos ao sentir algo acariciar levemente em minha bochecha seguido de um pequeno sussurro, me sento no divã olhando ao redor procurando a origem do som e do toque. Ninguém estava na enfermaria, o ambiente estava escuro. O dia deu lugar para a noite, me levanto caminhando para a janela e me debrucei no parapeito admirando as estrelas que desfilavam com intensidade no céu, meu olhar desce para a terra tendo minha atenção em um muro alto que circulava protegendo o local. Afasto da janela caminhando para fora da sala e depois do imóvel já olhando ao redor admirada com varias lojas e barraca diante dos meus olhos, a maioria estavam fechadas mas não deixava de ser bonitas. Caminho em frente a algumas lojas e olhei a vitrine curiosa. As roupas desse mundo são lindas como se eu estivesse em um videogame ou em um conto de fadas.

— Por todos os deuses, que trapos horríveis.— Escuto uma voz feminina aveludada, olhei para trás mas não tinha ninguém.— Olhe para baixo, querida. — Abaixei meu olhar e me deparo com uma gata de cílios longos e uma echarpe felpuda, ela era adorável.— Entre, querida. Irei fazer essa caridade e cuidar desse horror da moda.