Prisioneira do Amor [PAUSADA]

Notícia Indesejada

EYLAM

Acordo com um círculo horrível em baixo dos meus olhos, resultado de uma noite muito mal dormida.
Assim que lavo meu rosto vou preparar o café dá manhã, já que fui a primeira a acordar.

Ainda estou com o mesmo pressentimento de ontem, sinto que algo ruim irá acontecer.
Preparo a mesa e assim que termino vejo meu pai. Corro até ele e beijo sua mão, sinal de respeito com os mais velhos aqui no nosso país.

- Bom dia meu pai. O que quer comer?
- Tudo minha filha. Seu velho pai acordou com um apetite daqueles! - Diz ele sorrindo.

Meu Deus! Vai ter uma chuva de meteoros, meu pai sorrindo e feliz ? Que coisa estranha.
Faço o prato de meu pai. Coloco ovos, bacon, presunto, mussarela. Há também como opção pão, chá, suco ou café. Realmente muita coisa. Minha mãe e meus irmãos chegam e se sentam também.

- Você é a cozinheira mais competente que eu já vi minha filha, sua comida é simplesmente divina.

- Obrigada pai.

Sento a mesa, pego pão, presunto e suco. Quando termino, meu pai dirige-se a mim.

- Se apronte para ir se embelezar com Ayşe, você é a dama dela, precisa se arrumar igualmente.

- Sim Senhor.

Me retiro assim, esperando Ayşe chegar para começar os preparativos. Enquanto isso decido arrumar meu quarto, já que iremos ficar lá, não quero que minha cunhada tenha uma primeira impressão ruim de mim.

Arrumo minha cama, escrivaninha, armário, os vários livros jogados, roupas e muitas outras coisas. Assim que termino ouço batidas na porta. Ela já deve ter chegado, mas olha a minha situação! Não deveria ter feito uma "pequena" faxina a uma hora dessas.

- Oi. - Falo envergonhada, porque afinal, nunca nos falamos.

Já ela, fala comigo muito animada. Deve estar bem feliz já que irá se casar com o homem que ama.

- Oiiiii cunhada. Eu tô tão feliz que você vai ser minha dama de honra. Seremos grandes amigas !!! - Bate palmas de tanta empolgação.

- Oh, claro. Perdoe meu acanhamento, sou muito tímida com quem nunca falei. Mas sim, seremos grandes amigas. - Dou um sorriso e abraço-a.

Ficamos conversando, nos conhecendo. Minutos após as criadas chegaram para nos arrumar. Mesmo sendo ricas o único dia em que há criadas para nos servir é no dia de nosso casamento.
Elas vestem a mim e Ayşe. Fazem uma simples maquiagem e um penteado elegante. Nos enche de jóias de ouro.
O vestido da noiva é dourado com vermelho. O dourado significa riqueza, já o vermelho, simboliza o amor, a paixão. Até num simples vestido vemos que para eles a riqueza é mais importante que tudo; já que o vestido é todo dourado.
O que mais me intriga é ver que meu vestido é igual o da noiva. Quando percebo isso, aquele pressentimento ruim volta novamente e com tudo dessa vez.
A hora se aproxima cada vez mais, e a cada momento, sinto que irei desmaiar. Talvez eu desmaie mesmo...

* * * * *

Já no carro dá noiva, o clima é de tensão entre todos. Parece que todos estão escondendo alguma coisa de mim. Ayşe não, sei que ela apenas está nervosa com o casamento que se aproxima a cada minuto. O carro para enfrente a casa dela. Assim que descemos somos aplaudidas com palmas e muita alegria.
Nos colocam em cima de cadeiras e nos começam a carregar, para minha surpresa. Pelo que eu saiba, apenas as noivas podem ser carregadas em seus casamentos, a dama não. Mas bem, ela deve ter pedido isso, já que é irmã do líder deve ter alguma autoridade.
O casamento começa, e com ele, o maior desgosto da minha vida.