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Olhei pro Robin.

-Você, fica aqui.

-Mas eu quero ajudar, tenho condições.

-Se você ir, você está fora dos Jovens Titãs. Tá avisada.

Droga! Mutano veio e me disse:

-Fica aqui gatinha, é melhor pra Você, não sei o que faria se te visse machucada daquele jeito.

-Tanto faz.

Virei e subi pro meu quarto. Vesti um pijama e fiquei mofando na minha cama até eles voltarem. Dormi. Quando acordei já estava de noite. Nossa, eu dormi muito. Desci pra cozinha e encontrei Mutano.

-Oi.

Ele me olhou e me respondeu um oi fraquinho.

-Ei, o que foi?

-Nada. Só tô chateado.

-Por que?

-Nada não.
Subiu pro quarto.

O que tava acontecendo?
Bebi agua e subi pro meu quarto.
Quando coloquei a mão maçaneta, ouvi um grunhido. Parei e fiquei ouvindo.
Ouvi um choro. Fui atras pra ver quem era. Estelar? Ouvi uma voz masculina consolando ela,  voltei pro meu quarto.
Robin estava consolando ela, então deixa ele. Todo mundo sabe que ele gosta dela.

Sentei no chão e comecei a me concentrar pra meditar. Depois de um tempo meditando reparei que eu não estava sentindo minha bunda no chão. Olhei pra baixo e vi que estava flutuando. Ah, pelo amor de Azarath. EU TAVA FLUTUANDO NOVAMENTE!! Levantei e fui pro quarto da primeira  pessoa que deveria saber. Bati na porta e ele me atendeu com cara de sono e com o cabelo espetado. 

-Ravena? O que foi?

Estava sorrindo igual a uma besta

-Nunca vi você sorrir assim.

Empurrei ele pra dentro do quarto e me concentrei. Me senti leve.

-Ravena?! Você ta flutuando! Recebeu os poderes de volta??

Levantei e tentei fazer algo flutuar tambem. Nao consegui.

-Pelo jeito é só eu. Mas pelo menos é eu! Eu to flutuando Mutano!

Estava me segurando pra nao gritar.

-É você...Ta flutuando, que demais!!

Ele disse feliz e me abraçou. Empurrei ele e fiquei olhando desacreditada.
Sai do quarto o mais rapido possivel. Entrei no meu e tranquei a porta. Como aquele incoveniente teve coragem de me abraçar?
Uma batida na porta.

-Rae? Rae, desculpa, foi na hora da emoção.

-Vai embora.

-Não até me desculpar.

-Ta, te desculpo. Agora some.

-Não, me diz me olhando nos olhos.

-Não mesmo, me deixa meditar.

Suspiro abafado.
Batida de uma porta.

Voltei a me concentrar. Não consegui mais flutuar desde então. Droga. Deitei no chão. Porque comigo? Por que tenho que ser metade demônio? Comecei a chorar, que droga, quando comecei a ser tao sensitiva?

Apenas o começoOnde histórias criam vida. Descubra agora