Manhã.

27 2 0
                                    

Tentando acalmar-me dirigi-me até ao quarto.

Estendi-me na cama com as mãos sobre a minha face.

Tinha saudades de Guilherme, e tinham passado apenas umas horas desde que ele tinha acabado tudo aquilo quem tinhamos.

Olhei para o telemóvel. Nenhuma mensagem.

Ele teria a lata de me deixar, sem motivos ?

"Ele é que não me merece." tentei mentalizar-me, mas eu sabia que não era verdade. Ele merecia-me, aliás, ele merecia tudo de bom da vida.

E com todos esses pensamentos, adormeci.

Devo ter acordado no dia seguinte, por volta das nove horas, nove e meia talvez.

Olhei-me ao espelho.

A minha pele estava coberta por espinhas, como o costume, o meu caracóis estavam desaparecidos, os meus olhos estavam rasgados, as pestanas grandes teria desaparecido e a alma, essa tivera sido oculta por momentos.

"Estou um horror", pensei.

Uma boa dose de maquiagem resolvia tudo. Uma base bem espalhada e as espinhas desapareciam, espuma no cabelo e os caracóis ficavam definidos, sombra e rimel, os meus olhos "cresciam" e as minhas pestanas igualmente, mas à alma, a ela não poderia fazer nada, pelo menos de momento.

Saí de casa, peguei nas chaves, segui para o carro e dirigi-me para a faculdade.

Estava em férias de Páscoa, mas teria de terminar um trabalho com Bruna, uma colega da minha turma.

Destino ou coincidência ?Onde histórias criam vida. Descubra agora