Capítulo 4 Leandro

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(SEM REVISÃO)

- Quem é o rei dos idiotas?! É você! - Proferiu com ódio. O máximo que pude fazer para ela foi sorrir, torci para que ela escutasse os inúmeros pedidos de desculpas que eu estava dando em silêncio - Por que achou que conseguiria enfrentar os modificados sozinho? Seu idiota! E se você for meu companheiro? O que irei fazer?

- Achei que não queria que eu fosse seu companheiro. - Levei minha mão até sua bochecha, desviando do assunto, e limpando suas lágrimas.

- Cala a boca. Você devia ter sido mais cuidadoso. - Ela me deu um soco fraco no peito, depois me abraçou com força. Nunca pensei que veria Ellen assim, totalmente frágil, ainda mais por minha causa. Retribui seu abraço. Erick deu um sinal para mim, depois murmurou um sinto muito. Apertei com força Ellen, depois a afastei de mim, e lhe dei um beijo na testa.

- Está na hora de você ir. - Falei, ela negou.

- Vou ficar com você.

- Você sabe que não pode.

- Lê...eu sei que sempre teve medo de morrer sozinho, me deixe ficar com você.

- Prefiro morrer sozinho do que machucar você. Você sabe que se eu enlouquecer, posso fazer isso. - Ela mordeu o lábio inferior.

- Você? Me machucar? Nunca nem ganhou um duelo!

- Sempre deixei você e seu ego ganharem.

- Mentiroso. - Murmurou, ficamos em silêncio por alguns segundos. Até que Ellen me beijou, nunca pensei que daria meu último beijo nela. Normalmente, nunca sabemos quando iremos nos despedir de alguém. Sequei suas lágrimas enquanto puxava ela mais perto. Todos presentes descobriam agora nossa relação, e viam agora o fim dela. E novamente tive que afasta-lá.

- Você tem que ir. - Ela negou, mas Erick a pegou por trás, ela se esperniou, gritando desperadamente meu nome, quando viu que não conseguiria ficar, desistiu. Erick a colocou por baixo do braço, a apertando, ela olhou para trás enquanto se afastava. E quando eles sumiram por entre a mata, me encostei na árvore, deslizando até o chão.

Pelo menos morreria como herói.

Ou talvez morreria se aquela garota não tivesse aparecido.

Ela matou com facilidade o modificado que ainda estava vivo, ele teria me comido vivo se ela não tivesse chego.

Ela sorria para o céu, enquanto as gotas de chuva molhavam sua pele, um laço se formou entre nós, um laço amarelo ficou preso em meu pescoço e se amarrou em seu dedo anelar. Assim que terminou de se formar, ela olhou pra mim em um estalo, seus olhos brilhavam em um tom forte de amarelo.

- Quem é você? - Perguntei, ela puxou o capuz, se levantando.

- Alguém que você nunca viu. Ok? - Assenti, recebi suas palavras como um comando.

- Obrigado. - Ela virou para trás, com um sorriso de deboche no rosto.

- Pelo o que?

- Por ter salvo a minha vida.

- Não acho que estará tão grato pela manhã. Leandro Spencer. Adeus. - Ela se virou, fiquei em choque por alguns segundos.

- O que quer dizer? Ei! O que quis dizer com isso?! Quem é você?! - Mas ela ignorou, sumindo e me deixando sozinho. Um cansaço fora do comum tomou conta de mim, e meus olhos se fecharam por conta própria.

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O sol fez meus olhos arderem, passos me acordaram, e eu retesei os músculos, nervoso com quem poderia ser. Ergui a mão tentando tampar o sol, sem muito sucesso. Os passos se aproximaram cada vez mais, quando próximos o suficiente, um grito abafado. Um grito feminino.

- Oh, pelos deuses! Você está bem? - Uma humana se agachou do meu lado, senti o cheiro do seu sangue, senti minhas presas crescerem. Seu calor era tentador. - Um lobo te atacou? Consegue falar? - Levantei minha mão, levei até seu rosto, e a aproximei de mim. - O que está fazendo? - Ignorei e continuei puxando. Seu cheiro era delicioso. - Pare. - Ela tentou se afastar, mas a puxei com força. Então a mordi. O grito dela fora estridente, ela me socou e fez força para fugir. O que conseguiu. Mas logo ela já estava presa em uma arvore novamente. Dessa vez, mordi com veracidade seu pescoço pálido. Não percebi o que tinha feito até seu corpo escapar por entre minhas mãos, totalmente sem vida. Outro grito e eu me virei, uma menina, nos seus 14 anos estava ali. Ela me encarou cheia de medo, e enquanto minhas mãos apertavam seu pescoço, ela só sussurrou uma única coisa.

- Monstro. - Deixei que seu corpo caísse no chão. Também sem vida.

E entendi o que a garota disse na noite anterior. Eu não estava tão agradecido assim agora. O laço amarelo ainda estava preso no meu pescoço, eu não podia toca-lo nem remove-lo. Mas uma estranha magia crescia dentro de mim, uma magia quente, e que me fez sentir protegido.

A ideia de voltar para minha alcateia passou vagamente pela minha cabeça, mas a imagem de Ellen me vendo como monstro me fez recuar. Sem muita escolha, eu segui o laço.

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OI TUDO BOM? COMO VOCÊS ESTÃO?

Eu to bem. Voltei mais cedo dessa vez, ne? Então, e a vó, ta bem? O crush? Ta bem? Beijando outras bocas?

É só isso por hoje!
Um beijão e até mais!

Ao Lado Do Supremo (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora